XXIV.

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Harry Styles

A despedida na casa dos Tomlinson's foi um tanto acalorada, com várias promessas da minha parte de voltar o quanto antes e delas de trocarem mensagens comigo.

Jay fez até uma marmita para mim levar para casa. Tive que afastar o guloso do Louis de roubar minha comida (que foi feita por sua mãe) para que ele não devorasse tudo.

Ele me deixou em casa e me liga de trinta em trinta minutos para ter certeza de que está tudo bem. Por sorte, Ethan não está em casa.

Provavelmente está "traindo" eu e Louis com outra pessoa, já que ele não está no hospital, como Tomlinson disse, e muito menos em casa, já que eu estou aqui. Além do fato de ele não ter mandando mensagem para nenhum de nós dois por não termos passado a noite em casa, o que nos mostra que ele também não passou por aqui.

Não é como se nós estivéssemos fazendo diferente também.

Volto a trabalhar na segunda feira o que é um alívio, se eu ficar mais um mês em casa é capaz de eu matar alguém.

Envio uma mensagem no grupo que há eu, Niall, Menendes, Cara e Zayn:

Adivinha quem vai voltar para vida de trabalhador?

Guardo o celular e espero suas respostas. Eles tem sido ótimos amigos.

Depois que eu contei para Louis da briga que tive com Ethan e acabei desabafando demais sobre não sentir que há pessoas que realmente se importam comigo, ele fez o máximo para me mostrar o contrário; trazendo Niall aqui de surpresa, que acaba trazendo Zayn, Ian e Cara na maioria das vezes. Comprando sanduíches que ele sempre comprava para mim quando eu estava internado, mantendo uma tradição nossa.

Sempre discretamente, não deixando Ethan perceber nada.

São pequenos detalhes que estão fazendo eu me recuperar aos poucos, levando um dia de cada vez e acreditando que eu mereça ser amado da maneira certa. Permitindo que eu deixe Louis entrar em meu interior, tanto da forma carnal tanto da forma emocional.

E por falar nele...

Alguma ameaça pelo perímetro, querido? – diz assim que atendo a ligação.

– Negativo – afirmo entrando no jogo – e me chamar de "querido" acaba um pouco com seu disfarce.

– Droga! Sabia que estava fazendo algo errado – lamenta – mas estou quase tomando seu lugar na delegacia, admita.

Sim, você está, baby – sorrio pensando na expressão que ele deve estar fazendo agora.

– Baby, é? – provoca com a voz galanteadora.

– Não começa.

– Certo, certo – ri – preciso voltar para a emergência agora, tem certeza de que está tudo bem?

– Tenho sim. Vai salvar vidas.

– A sua é a mais importante para mim.

– Claro que é – digo – até mais tarde, baby.

Até, princesa.

Ele desliga a ligação e eu suspiro.

– Conquistadorzinho de merda.

Vou para o escritório e começo o trabalho pelo computador, aproveitando o silêncio da casa.

***

Duas horas depois eu acabo todo o trabalho do dia. Sinto minha bunda quadrada de tanto tempo em que fiquei sentado na cadeira.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora