Capítulo 15 - Um vampiro louco e impulsivo, apaixonado...

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"Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo

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"Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo."

O momento que estava vivendo era tão frágil e precário quanto o artefato sagrado colocado nos galhos mais alto da Stenocarpus sinuatus, conhecida pelos reinos de Roda de fogo. Nenhum dos dois queria pôr fim à maravilha que estavam vivendo, com medo de nunca mais serem capazes de vivê-la.

Fitando-a com um olhar que retratava sua necessidade de forma eloquente, Rigard puxou Scarlett.

Ela se reclinou contra o peito dele, seus gestos revelando sua rendição de forma mais clara que qualquer coisa que pudesse dizer. Aconchegou-se a ele, abraçando-o pelo pescoço, e, quando seus lábios se encontraram, sentiu as lágrimas arderem por trás das pálpebras fechadas. Lágrimas de sangue que expressavam sua alegria por ter se permitido, afinal, acabar com a luta que vinha travando contra as próprias emoções. As dúvidas e o medo haviam desaparecido, afastadas para um canto de sua mente de onde não tornariam a surgir, cada vez que pensasse no quanto queria aquele vampiro. Timidamente, insinuou as mãos pela abertura da camisa que ele estava usando, acariciando-lhe as costas, o que o fez estremecer e soltar uma exclamação abafada.

Rigard notou que estava começando a perder o controle. Logo, não teria mais domínio sobre si mesmo e seria incapaz de dominar Scarlett, como estava querendo.

Deixar as coisas irem longe demais, naquele estágio, poderia destruir tudo. Era preciso parar com aquilo. Levou as mãos à cintura dela, decidido a afastá-la, mas roçou-lhe os seios, sem querer, e quase voltou atrás.

Pelos Deuses, como ele a queria! Mais que o ar para respirar, ou alimentos para comer, desejava aquela vampira.

Interrompendo o beijo e enterrando o rosto nos fios sedosos dos cabelos de Scarlett, Rigard perdeu-se no caos atordoante que eram suas sensações. Estava intoxicado pelo tato, pelo gosto, pelo cheiro e pela visão dela. Se pelo menos ela se afastasse ou lhe dissesse que não o queria...

Quando os lábios de Scarlett pressionaram seu pescoço, e ele sentiu-lhe a língua, Rigard viu que não poderia mais aguentar.

- Scarlett... - Disse baixinho. - Você sabe aonde isso nos levará, se não pararmos por aqui.

A resposta de Scarlett foi um suspiro quase inaudível, que fez o estômago dele se apertar em um milhão de nós. Quase com rudeza, ele empurrou-a para longe.

- Meu controle terminou. Ou acabamos o que começamos ou saímos daqui. - Sem esperar resposta, virou-se e caminhou para o quarto. - Vou me vestir. Escolha um lugar para irmos jantar. Estou com sede e muita fome, e pelo que vejo você não está em meu Menu.

Scarlett contemplou-o, boquiaberta, incapaz de acreditar que Rigard a estivesse deixando livre. Não era o que havia esperado. Mesmo tendo lhe dado todas as indicações de que queria que fizesse amor com ela, ele a tinha rejeitado.

O Segredo de MarlóviaOnde histórias criam vida. Descubra agora