Capítulo 66 - O Gosto do beijo...

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Embora pouco tivessem dormido, na noite anterior, ambos pareciam totalmente descansados, quando chegaram a cidadela negra

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Embora pouco tivessem dormido, na noite anterior, ambos pareciam totalmente descansados, quando chegaram a cidadela negra. Para evitar perguntas ou chamar a atenção dos presentes, entraram separados. Scarlett sentou-se no fundo da sala, e Rigard, na frente, ao lado de mais três anciões.

Depois dos rituais preliminares, Rigard foi chamado e sentou-se no mesmo banco em que Scarlett se sentara, no dia anterior. Observando-o, ela balançou a cabeça, maravilhada.

Seria possível que menos de vinte e quatro horas tivessem se passado?

Por um instante, enquanto o ancião Zendar, preparava as perguntas de abertura, os olhos de Rigard se encontraram com os de Scarlett, e o amor que havia nos dele acabou com o medo dela. Por pior que fosse o fim daquilo, estariam juntos por toda a eternidade. E era o que importava. Se por algum erro dos anciões, Jack vencesse, ela e Rigard, juntos, superariam tudo.

Estava na hora.

Zendar aproximou-se das testemunhas e dos demais líderes que estavam atentos a cada palavra ou movimento, numa voz calma e indolente, que fazia muitos duvidarem de sua tão famosa reputação de inteligência e rapidez de raciocínio, começou o interrogatório.

— Rigard Dimitrescu, importa-se de dar a este concílio algumas informações a seu respeito?

Numa voz sem emoção, Rigard deu as informações pedidas. Mas foi só quando Zendar começou a interrogá-lo sobre seu relacionamento com os Nemesis que os demais líderes abriram seus olhos, muitos deles se recordavam de fatos acontecidos e que foram cruciais para os eventos narrados.

— Então... — Zendar disse devagar e com clareza. — Muito antes de ter quaqluer tipo de contato com Jack Nemesis, o filho, o senhor já conhecia Drako Nemesis, o pai.

— Já.

— Por que não nos conta alguns detalhes de seu relacionamento com ele?

As lembranças suavizaram o rosto de Rigard, e sua postura tornou-se mais

descontraída.

— Drako Nemesis foi um dos melhores vampiros que já conheci. Era gentil e um lorde, um vampiro que havia nascido num ambiente ao qual não pertencia. Ele uma vez me confessou que tinha sido infeliz a maior parte de sua vida por causa disso. E me contou que era uma tradição no clã Nemesis o filho mais velho dobrar a fortuna deixada pelo pai. Para ele, um vampiro que sempre havia desejado ser um intelectual, um vampiro letrado nas artes mágicas, isso se transformou num peso.

A voz de Rigard estava quase inaudível, agora. Percebendo, ele lançou um olhar

para o ancião Zendar, endireitou o corpo e prosseguiu mais alto.

— Quando o Drako descobriu que eu estava frequentando as aulas como ouvinte na academia real de Marlóvia, porque não podia pagar a matrícula, começou a me ajudar. E, durante os quatro anos que levei para conseguir um certificado de caçador de elite, ele se tornou a coisa mais próxima que já tive de um pai dentro do reino de Marlóvia. Mais tarde deixei o reino por razões pessoais, mas continuei em contato com ele. Cerca de um ano depois, minhas cartas começaram a voltar, sem serem abertas, e fiquei sabendo que ele e a filha tinham morrido num acidente, apesar dos boatos aformarem que haviam sido mortos por monstros.

O Segredo de MarlóviaOnde histórias criam vida. Descubra agora