Capítulo 16 - Uma Paz Inexplicável

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"Você é a noite, e só a noite me compreende!

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"Você é a noite, e só a noite me compreende!..."


Rigard parou para respirar fundo, enquanto Scarlett corria para rebater um dos seu contra ataques com suas duas espadas. Anteriormente ao golpe que havia a jogado contra as vigas reforçadas de ouro, fez um som assustador que vibrou pelos quatro cantos da arena assustando os corvos que haviam pousado nas figueiras negras e saboreavam o seu fruto agridoce. Scarlett tinha sido arremessada fora dos limites da arena. Riu baixinho, lembrando-se dos últimos treinos, em que só conseguira não perder por uma margem muito grande de pontos, lutando melhor do que jamais lutara em toda sua vida. Fizera um esforço sobrenatural, ao contrário de Scarlett, que lutara com a maior facilidade, rebatendo todos os seus pontos praticamente impossíveis, na opinião dele. Depois, tirando vantagem do ataque surpresa, ela o fizera correr por toda a arena.

Ela é magnífica, Rigard pensou, com admiração, contente por não ter sido tão tolo a ponto de apostar mais do que um jantar.

Scarlett empurrou os cabelos para trás das orelhas e preparou-se para mais um dos seus golpes. Estava usando uma calça de couro escuro com cortes estratégicos ao longo das pernas e uma blusa sem mangas, que deixavam seus braços e pernas nus. Durante a última hora Rigard a observara com atenção, encantado com seus movimentos. Cada gesto seu tinha a força e a graça dos gestos de uma assassina, e vê-la abaixar-se para pegar uma segunda espada ou correr através da arena, para assumir uma posição de defesa ou de ataque, dera a ele um prazer inesperado, totalmente novo.

Em cinco minutos, o terceiro round chegou ao fim. Scarlett foi ao encontro de Rigard

no centro da arena, os olhos brilhando, cheios de malícia.

— Quer continuar?

— Você deveria ter me avisado de que estava descansando entre os ataques simultâneos e a sua defesa calculada, antes de concordar em lutar. — Passando uma toalha pelo pescoço dela, Rigard beijou-a na testa.

Scarlett riu e, com tanta naturalidade quanto se fossem amigos de longa data, deu-lhe a mão enquanto caminhavam para fora da arena.

— Este é o único exercício para o qual tenho tempo, ultimamente. Descobri que é um jeito maravilhoso de acabar com as minhas frustrações. Combate corpo-a-corpo, além do mais sou filha do terceiro clã, foi treinada para ser uma guerreira também.

— Seu modo de lutar é um pouco mais que isso. Não quer me contar qual é o seu segredo?

— Autodefesa. Quando meu irmão entrou para o seu treinamento militar dentro do reino e eu... Bem, na verdade, ainda éramos pequenos, muito antes dele começar a participar do grupo de caça, eu era a vítima perfeita, para um pouco de treinamento. Ele vivia me arrastando para tudo quanto era arena. Afinal, eu me cansei de apanhar e aprendi a me defender a altura.

O Segredo de MarlóviaOnde histórias criam vida. Descubra agora