Capítulo 33

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(Sábado)

Sthef - a Amanda… ainda tá dormindo?

Gisele - uhum… ela parece estar muito cansada, ela… não costuma dormir tanto.

Sthef - uhum… sabe…

A tentativa de puxar conversa, chamou a atenção de Gisele. Ela se sentava no sofá após voltar do quarto de hóspedes…

Sthef - não… nada…

Mas logo Sthef perdeu a voz, não parecendo saber como continuar a conversa.

Gisele apenas assentiu, e as duas acabaram ficando ali, sem saberem muito bem como conversar.

O clima não parecia muito bom, não se dando ideia do que havia acontecido pra elas estarem tão quietas.

O silêncio então, começava a ser bem incômodo, afinal, não havia nada que ambas soubessem dizer uma à outra, nem as crianças estavam ali pra chamarem atenção…

Mas Sthef parecia bem agradecida quando seu celular tocou, se levantando rapidamente e se afastando de Gisele pra atendê-lo, claramente, Gisele prendeu seu olhar a ela por instantes.

Sthef - alô?... Ah, oi meu amorzinho…

Pela forma como ela falava, Gisele até poderia tentar imaginar com quem ela falava, mas logicamente, não era da conta dela, mas preferiu continuar observando…

Sthef - eu também tô com saudades, meu anjo, mas olha só… como foi a noite?... Uhum… que bom, e você tá se divertindo aí? Os pais da Alice estão sendo legais com você?... Deixa de graça Enzo…

Aquele nome era familiar a Gisele, mas… impossível, as chances de serem a mesma pessoa, eram muito baixas…

Sthef - eu sei… tudo bem, meu amor… quer que eu vá te buscar?... Bom… tudo bem então, se precisar de alguma coisa… eu sei, tudo bem… uhum… tá, tá bom meu amor… até mais tarde… eu te amo, se comporte… tchau… tchau… aí ai…

Gisele - hum hum…

Sthef - oi…

Gisele - tudo bem?

Sthef - uhum… era só… o meu sobrinho.

Gisele - tudo bem com ele?

Sthef - tá… tá sim…

Gisele - que bom…

[...]

O clima estranho na casa continuava, não era fácil entender tal silêncio ou a falta de palavras em certos momentos, o que se podia imaginar era que alguém havia dito ou feito algo, mas… o que exatamente?

Gisele até tentava se distrair com seus pequenos, mas apenas observá-los dormir, parecia monótono demais. E conforme a tarde se passava, deixá-los dormir poderia ser bem ruim, prejudicando a noite.

Sthef não sabia exatamente o que fazer pra passar o tempo, o trabalho já havia acabado pelo resto daquela semana, por certos momentos o home office parecia fácil demais… 

A única coisa que prendia a sua atenção era a máquina de café, que fazia seu funcionamento lento e contínuo, fazendo Sthef perder o raciocínio pelo escorrer do café…

Gisele - oi…

Gisele adentrava de forma lenta a cozinha, vendo o transe em que Sthef estava.

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