Capítulo 30

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(Sexta-feira)


Enzo - hum…

A noite ainda não tinha chegado ao fim, e não seria algo ruim, já que se podia aproveitar a brisa, fria, que soprava lá fora, o brilho do luar que iluminava os pensamentos, o silêncio extremo e tanto confortável…

Tais noites tinham o seu encanto, e claro, essa não era exceção, porém não parecia ser esse o motivo de Enzo caminhar pelo pequeno apartamento.

O caminhar pesado, porém silencioso, poderiam contar o que ele fazia, ou o que pretendia…

Enzo - hum…

A luz alaranjada batendo em seu rosto, mesmo nada exagerada, parecia incomodar seus olhos, levando ele a coçá-los.

A garrafa com água foi agarrada por ele, logo sendo derramada em um copo, e em seguida, bebida…

Enzo - humf… não… não…

Algo parecia vir a sua mente, algo que ele queria e muito rejeitar…

Enzo - não… remé… hum…

Devolveu a garrafa à geladeira e abandonou o copo na pia, seguindo de volta ao seu lugar…

Os passos deixaram de acontecer, e começaram a se arrastar pelo chão. O sono parecia ser grande.

Assim, acabava chegando a porta de seu quarto, quando segurou a maçaneta da porta…

Enzo - hm?

E olhou a porta que vinha a seguir naquele lado da parede.

Os pés continuavam se arrastando, e eles seguiram até aquela porta…

Novamente Enzo segurou a maçaneta, abrindo a porta, lentamente, tentando evitar qualquer ranger…

E o pouco que conseguia enxergar no meio da escuridão, não via nada de errado no quarto de Alice.

Enzo - hum…

Como nada pareceu estar errado, ele repetia o processo inverso, porém…

Um som conhecido chegou aos seus ouvidos…

Enzo - be… bebê?

A voz, extremamente baixa, chamava pela dona de tal apelido…

Nada além de um leve grunhido foi ouvido em resposta. Enzo até estranhava tal grunhido, e acendeu a luz, acabando por ver Alice sentada em sua cama, ela coçava os olhos.

Enzo - ei…

E Enzo caminhou até a cama, se ajoelhando ao lado dela.

Enzo - ei… que foi? Por que a bebê tá acordada?

Sua mão percorreu as costas da pequena Alice, acariciando a mesma.

Aos poucos, deixando de coçar os olhos, ele via de onde vinha tais palavras e carinhos, logo se lançando sobre seu pai com os olhos mais vermelhos que conseguia mostrar naquele momento.

Enzo agarrava, repentinamente, a pequena bebê, que parecia tentar parar de fungar com o nariz. E assim, abraçava a pequena pessoa…

[...]

Maisa - descansa no colinho da mamãe…

E Maisa alisava o cabelo e as costas de Alice, deixando ela relaxar sobre tal conforto inigualável.

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