Neteyam
- neteyam? Vamos. Acorde. - sinto uma mão balançar o meu ombro, me fazendo despertar. Sento na esteira estalando meus músculos, vejo kiri na minha frente junto com tsireya.
- rewon lefpom, neteyam. Eu colhi algumas frutas para você. - tsireya pega uma cesta cheia de frutas.
- rewon lefpom, meu filho. Não se apresse para levantar, trouxe algumas penas para suas flechas. - minha mãe entra com algumas coisas em seus braços, não sei definir bem o que era.
Fico confuso com toda essa atenção recebida.
- podem me explicar o por que dessa atenção toda? - pergunto confuso. Vejo elas se olharem e rirem um pouco.
- já chegou a semana do seu casamento, querido. E como você vai casar com o herdeiro, é normal que o clã queira agradar o noivo. - minha mãe se aproxima acariciando minha cabeça.
- agora fique quieto e me deixe arrumar seu cabelo. - ela senta por trás de mim, desarrumando minhas tranças - tsireya, pode fazer a pintura por mim? - minha mãe pergunta e a metkayina concorda, buscando as tintas na cesta que minha mãe trazia.
Elas não demoram muito para terminar.
Olho meu reflexo na água. Meu cabelo estava trançado com duas mechas puxadas para trás, uma concha segurava o penteado. Meu corpo estava coberto com tinta branca. Vejo minha mãe pegar um top de penas coloridas e colocá-lo sobre meu pescoço e peito.
- por quanto tempo tenho que andar assim?
- até o dia do seu casamento, querido. Você está lindo. - minha mãe fala e eu concordo, estava realmente muito bonito.
Vejo uma movimentação no meio da vila, forço minha visão para enxergar um aonung rodeado de guerreiros, meu irmão, meu pai, rotxo e tonowari.
Ronal entra no meu marui me impedindo de olhar mais.
- o que está acontecendo? - pergunto e ela levanta a mão me silenciando
- não se preocupe com nada além da sua saúde, neteyam. Eu e minha filha tsireya iremos ensinar a você a dança metkayina, a dança de agradecimento junto com as canções do nosso povo. - arregalo os olhos para sua fala.
- é uma grande honra, tsahik. Saber a história do seu povo. - ela me interrompe.
- do seu povo, agora. Você é um metkayina agora, haja como tal. - sorrio para sua bronca, ronal é dura na queda mas no fundo, estou feliz de ser de sua família.
As meninas me puxam em direção a praia, ronal e minha mãe seguindo logo atrás.
- neteyam, primeiro você tem que cantar para Eywa. Não se preocupe com o que cantar, ponha seu coração na canção e ela escutará. - ronal fala.
- depois, sinta o movimento da água nos seus pés, deixe seu corpo guiar você, sinta a presença de eywa. - dessa vez ouço tsireya falar.
Vejo minha mãe acenar para mim, com a tuk em seu colo.
Kiri aponta para o mar.
Caminho na direção da água, sentindo as cócegas no meu pé, sorrio com a visão.
Sinto minha voz sair sem que eu perceba.
Tompayä kato, tsawkeyä kato,
Trrä sì txonä
S(ì) ayzìsìtä kato,
Sì'ekong te'lanä,
Te'lanä le-Na'vi
Oeru teya si,
Oeru teya si.Katot täftxu oel
Nìean nìrim,
Ayzìsìtä kato,
'Ìheyu sìreyä,
'Ìheyu sìreyä,
Sìreyä le-Na'vi
Oeru teya si,
Oeru teya si.
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oel ngati kameie, Neteyam
Tiểu Thuyết Chung❝꒰ Sua família precisava de refúgio, o clã metkayina poderia ajudar. Só não esperava que fosse se interessar por um certo alguém. Mas como evitar? Olhos azuis intensos, sentimentos fortes enquanto olhava para ele, estou perdido e sinto que só ele po...