eu estou aqui.

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Acordo com minha cabeça em alguma superfície diferente, escuto um batimento acelerado. Finalmente abro os olhos, observando aonung dormindo ao meu lado.

Tiro esse tempo para observar, tiro uma mecha que estava na frente do seu rosto, quando escuto uma risada, me assustando.

- você fica lindo quando me admira, sabia?

- e você me assustou, skxawng - bato em seu peito. Ele pega a minha mão, dando um beijo na mesma.

- rewon lefpom, ma oare. - coro e beijo seus lábios.

- temos que voltar, nung.

- você tem razão

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Aonung mergulha chamando o seu ilu e me ajudando a montar atrás dele.

Chegamos na vila e vejo meu pai olhar irritado para nós dois.

- neteyam! Onde você estava? Precisava voltar no outro dia? - abaixo as orelhas para o meu pai.

- e você? Tinha que levar o meu filho e não trazer ele de volta? - meu pai rosna para o aonung, que apenas sorri.

- peço desculpas, senhor sully. Estava tão entretido com o neteyam que acabei perdendo o horário - escuto lo'ak dar uma risada junto com minha mãe da cara que meu pai fez, seu olho direito piscando em nervosismo. Minha cauda balança inquieta.

- ora seu... - meu pai iria continuar se minha mãe não tivesse posto a mão no seu peito, rindo para mim e aonung.

- ma jake, nosso filho já é adulto, ele sabe se cuidar. - ela pisca para mim, ainda sorrindo, puxando o meu pai para dentro.

- caramba, seu pai quase desmaiou - ele ri e eu bato no seu peito. Corando

- isso não é engraçado, seu idiota!

Ele segura minha bochecha, me beijando.

- você fica lindo quando está bravo, sabia? - ele ia voltar a me beijar se não fosse uma voz, me fazendo empurrar o aonung com força.

- ewww! - escuto a voz da minha irmãzinha próximo de nós.

- TUK! - kiri dá uma bronca nela.

- teyam estava beijando auynung! - coro com sua fala e aonung se abaixa.

- é bom ver você também, bebê sully. - aonung pega ela no colo, fazendo cócegas.

- TEYAM! ME AJUDA! - ela grita sorrindo. Me aproximo deles.

- seu irmão não poderá te salvar, pequena guerreira! Olha o que eu faço com ele. - como se ter uma pessoa no colo não fosse muito, aonung me pega com o outro braço numa facilidade impressionante, como se eu não pesasse mais que uma pena de flecha.

- nung! Me põe no chão. - tuk sorrir para mim e aonung anda em direção a água.

- primeiro você, por que você pediu ajuda. - minha irmã grita quando aonung joga ela na água. Vejo sua cabeça sair e ela sorrir mostrando os dentinhos, logo indo para o colo do rotxo.

- e você...

- aonung, se você fizer isso, eu juro... - não dá tempo de terminar minha frase, sinto meu corpo ser abraçado pelo frio do mar metkayina.

Escuto a risada da tuk e da kiri, olho para a cara de aonung bravo, vejo seu sorrisinho. Bingo!

Me aproximo do cais, próximo ao seu pé

- nung... - falo manhoso e ele se abaixa. Minhas orelhas se abaixando.

Levanto minha mão e ele agarra, o puxo mais para perto, meus lábios roçando nos seus. Tomo um impulso com meu corpo, puxando o seu para atrás de mim, jogando ele na água.

oel ngati kameie, NeteyamOnde histórias criam vida. Descubra agora