voltou

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Neteyam

Acordo mais cedo que aonung para colher algumas ervas e flores medicinais, sinceramente... Por que eu tinha que me casar com um Olo'eyktan? É muito trabalhoso ser tsahík.

Volto pro meu marui vendo aonung confuso procurando algo.

- procurando por mim? - falo e ele vira assustado. Sua feição surpresa passando assim que viu como eu estava vestido. Minha viseira de ikran estava na minha testa, meu cinto de quando cheguei a vila e um bracelete que ganhei do aonung.

- isso me trás lembranças de quando chegou aqui a meses atrás. Você estava tão lindo.

- e você me tratou como um idiota. - dou um tapa em seu braço, me afastando para guardar as plantas que havia colhido.

- nunca vai me perdoar por isso? Amor? Eu faço o que você quiser. - meu corpo trava, sinto beijos serem depositados pelas minhas costas.

- tudo o que eu quiser? - ele acena.

- eu quero ficar por cima um dia. - me viro sorridente, seu olhar completamente horrorizado em minha direção.

- está falando sério? - balanço a cabeça freneticamente fazendo um bico nos lábios. ele bufa um pouco mas concorda.

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Mais dias se passaram, aonung querendo.tudo de mim o tempo inteiro. Eu não sei como ainda estou de pé todos os dias.

- finalmente apareceu. - lo'ak brinca um pouco.

- estava ocupado com as funções de tsahík, skxawng! Estou feliz em ver vocês. - falo abraçando o meu irmão e minha irmã kiri.

- espero que essa felicidade não acabe agora..- fico confuso com o seu comentário - olha quem vem ali. - olho na direção do mar vendo alguns metkayinas vindo em direção a nossa vila.

- Tuk! Para trás de mim, agora. - falo quando vejo tuk começar a correr, ela me obedece, segurando minhas pernas.

Me aproximo devagar vendo o meu marido pousar o tsurak perto, caminhando na direção dos novos metkayinas.

- o que fazem aqui? - aonung pergunta direto.

- nossa vila está com uma conexão instável com eywa. - todos arregalamos os olhos. - sabemos da conexão do seu marido com a grande mãe. Permita-lhe dar uma olhada na nossa casa. - o Metkayina termina de falar, aonung acena com a cabeça.

Vejo tsu'kan sair do meio da multidão, caminhando na frente. Rosno na direção dele, aonung olha para mim segurando em meu ombro em um pedido mudo de calma. Sinto a cauda da tuk se entrelaçar em minha perna e a minha própria chicotear no ar, raivoso.

- só precisamos de um lugar seguro para ficar, Olo'eyktan, e sua vila é a principal das ilhas metkayinas. Rutxe. - ele pede suplicante. Meu olhar passeando por todos os estrangeiros, vejo expressões cansadas no rosto de algumas mães, mulheres com barrigas salientes e crianças.

Aonung me olha pedindo a minha decisão final. Escuto um pequeno bufo vindo do lado do tsu'kan.

Aceno levemente e aonung se põe a falar.

- levem o tempo que precisarem aqui como refúgio. Porém... Olo'eyktan e tsahík não terão poder algum aqui. - os mencionados acenando com a cabeça. - meu marido e eu olharemos o problema de vocês. Sintam-se em casa, minha irmã tsireya e seu esposo mostrarão as suas novas casas. - tsireya se aproxima animada junto com um lo'ak com uma feição de tédio.

Escuto um pequeno rosnado abaixo de mim. Vejo tuk rosnando para tsu'kan, sorrio com essa visão. Estaria tudo bem se ele não tivesse rosnado de volta, me ponho na frente da tuk, mostrando as presas para ele.

- atrás de mim, meu amor. - falo para tuk que concorda, se escondendo atrás do meu corpo.

Aonung se põe a frente, mostrando suas presas grandes, fazendo tsu'kan recuar as orelhas e dar alguns passos para trás.

- você está em minha casa, cuidado para quem ameaça aqui. Se eu ver você rosnando para minha filha e meu marido novamente, eu não terei tanta compaixão com você. - o Olo'eyktan do outro grupo pede desculpas em nome do metkayina, puxando ele e se afastando.

- esse ai vai dar trabalho. Se ele mexer com minha família ou com você, eu vou mata-lo. - falo irritado, aonung concorda beijando minha cabeça e pegando tuk no colo.

- papai, eu não gosto dele. - ela fala fazebdo bico.

- ah, é? Você é igualzinha ao seu irmão quando não gostam de alguém. - bato em seu braço levemente, caminhando irritado para o mar.

- viu? Eu disse que era igualzinho. - ouço ele falar assim que eu mergulho. - vem tuktuk, vamos ajudar o seu irmão a pegar as conchas.

Eles se aproximam na minha direção, aonung lança a pequena tuk em meus braços, caindo no mar.

- respira bem, meu amor. - aonung fala e a tuk concorda, tomando um grande fôlego. Sinto uma mão grande enconstar na minha a segurando e fazendo o mesmo com minha irmã.

Nadando rapidamente ao fundo para perto dos corais.

Nado em direção a alguns brilhantes para cura, olho pelo lado vendo aonung fazer algumas acrobacias e manobras com a tuk. Volto minha atenção para os corais vendo uma concha diferente das outras. Ela era roxa com brilhos azuis, direcionei para a pequena bolsa de ar que se fazia em uma pedra para avalia-la melhor, ela simplesmente ficou totalmente escura.

Chamo por aonung fazendo barulhos de cliques.

- o que é isso? - pergunto em sinais, olhando confuso para a pequena concha. Aonung prestando atenção, avaliando ela.

- deve ser uma pedra de eywa, da árvore das almas. Nunca tinha visto, só havia ouvido falar. - guardo a pequena concha na minha cintura. Aonung nada comigo e Tuk de volta para a terra.

- vou perguntar a ronal mais sobre essa concha. Cuida da minha irmã? - pergunto já sabendo a resposta.

Me afasto indo em direção ao marui dos pais do aonung.

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- é como aonung falou, é uma pedra da árvore das almas. Ela nunca acendeu antes, acho que por você ter uma conexão direta com eywa fez a pedra ativar. - ronal fala diretamente.

- vou guarda-la e depois irei tentar devolver para a árvore. Não posso deixar que nenhum metkayina ou povo do céu encontre. - falo com convicção e ronal assente.

Acho que isso vai ajudar a ilha dos estrangeiros.
























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O que será que vem por ai?

Continua?

oel ngati kameie, NeteyamOnde histórias criam vida. Descubra agora