Vejo aonung me observando enquanto chamo meu ikran, não demora muito até ouvir um bater de asas. Graças a eywa, ela não tinha ido tão longe.
Logo o grande animal majestoso pousa, ainda batendo suas asas. Aonung dá dois passos para trás e protege o rosto contra o vento.
Dou um longo sorriso para minha menina, faço um carinho no seu pescoço, enquanto me aproximo devagar.
— tam tam, tanhì — ela grunhe em resposta ao carinho, empurrando sua cabeça contra a minha, brincando. — também senti sua falta, minha menina — falo rindo. Olho para trás e observo a cara assustada e surpresa de aonung.
— não olhe nos olhos dela. Me dê sua mão. — ele estende a mão para mim, direciono ela para perto do ikran. — devagar, deixe ela sentir você. — ele fica com medo do resmungo e olho para ele, o encorajando a encostar.
Tanhì se anima com o toque e empurra sua cabeça contra a dele. Olho chocado para aquilo, só podia significar... Não, não é possível.
Desligo dos meus pensamentos quando ouço a risada de aonung, ele acaricia e conversa com ela.
— kaltxì, smon nìprrte' tanhì. — diz olhando para ela, ela grunhe em felicidades.
— estranho, ela nunca agiu assim com nenhum na'vi antes, só comigo. — afirmo, ele abre um sorriso debochado.
— ficaria surpreso com a facilidade que eu tenho de conquistar o amor dos animais. — debocha, reviro os olhos para sua informação desnecessária.
— por que deu esse nome a ela? — pergunta curioso
— no dia em que ela se tornou minha, o céu estava estrelado, achei que combinou com o momento, afinal... Ela quase me matou nesse dia — tanhì faz um barulho parecido com uma risada, talvez por se lembrar do momento.
Subo nela devagar, estendo minha mão, olhando nos olhos de aonung, ele hesita mas rapidamente aceita a ajuda.
Avalio se ele está preso corretamente, não quero que acidentes aconteça, meu tornozelo serve de apoio para o dele.
— segura.
— não deve ser tão difici- PORRA. — aonung grita, segurando na minha cintura para conseguir apoio e não cair. Dou uma gargalhada sincera, que idiota.
— eu disse para segurar, skxawng — ainda mantenho meu sorriso, quando sinto o aperto se intensificar, solto um pequeno gemido, aonung vendo eu inquieto com o seu toque, começa a provocar. Seus dedos percorrem minha cintura, vez ou outra chegando no quadril, onde mantém o aperto.
— eu sei que eu sou lindo, mas pode olhar para baixo e admirar algo, além de mim. — vejo ele ficar desconcertado e rapidamente desviar o olhar para qualquer canto, seu olhar muda para maravilhado.
— que maravilhoso.
Não ficamos mais que dez minutos no ar e descemos para a terra, aonung desce e oferece ajuda para mim, aceito.
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— não sabia que era tão legal lá em cima, irayo teyam.
Dou um sorriso tímido, acenando com a cabeça.
Vejo ele me analisar por completo, seu olhar parando no meu cabelo, passo a mão na direção que ele olhava e percebo que minhas tranças se desmacharam, faz um tempo desde que minha mãe trançou meu cabelo, acho que devido ao vento, elas tenham se desmanchado.
— posso te ajudar com isso? — ele aponta para o meu cabelo, hesito um pouco e ele insiste — eu sou bom com tranças, vem cá — concordo finalmente e vou em sua direção, sentando de costas para si.
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oel ngati kameie, Neteyam
Ficțiune generală❝꒰ Sua família precisava de refúgio, o clã metkayina poderia ajudar. Só não esperava que fosse se interessar por um certo alguém. Mas como evitar? Olhos azuis intensos, sentimentos fortes enquanto olhava para ele, estou perdido e sinto que só ele po...