2° temporada: visão

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Neteyam

Acordo sentindo beijos sendo destribuidos pelo meu torso e minha barriga.

- nung... - murmuro ainda de olhos fechados. Escuto uma risada acima de mim, sinto uma mordida ser depositada na minha orelha.

- rewon lefpom, ma neteyamur.

- rewon lefpm, ma nung - abro os olhos, abraçando o corpo acima de mim, ronronando com o carinho em minha cauda.

Aonung cola sua boca na minha, me beijando profundamente, sua língua entrelaçava na jóia que havia na minha língua.

- nung... Me deixa te chupar - interrompo o beijo para olhar o seu corpo.

- mais tarde, meu amor. Nossos filhos estão esperando lá fora - coro com a sua fala. Aonung se levanta, me ajudando a levantar em seguida, acaricio a barriga saliente de dois meses, sorrindo involuntariamente com a possibilidade de mais um filho ou filha.

Caminho para fora do marui, sendo recebido com os sorrisos da minha família.

Tonowari, ronal, tsireya e Naa'irì são os primeiros a abraçarem seu filho. Já havia passado alguns dias, mas estávamos muito em choque com tudo que havia acontecido.

Me aproximo dos meus filhos, abraçando e analisando cada um.

Ateyam não largava o Jake por nada, ver o estado do seu irmão, o deixou um pouco em choque. Principalmente que ele havia sentindo as dores do ferimento. Ainda lembro do seu choro desesperado quando sentiu o seu abdômen ser perfurado, seu corpo tentando correr para ajudar o seu irmão.

Jake ainda mancava um pouco, descobrimos um ferimento leve na sua perna direita, as vezes aonung o carregava de um lado para o outro, mesmo ele afirmando que conseguia andar por si mesmo, mas ninguém consegue convencer o meu marido a parar de tratar seus filhos como bebês.

Minha doce tuk... Todos ficamos preocupados com o seu estado. Ela ainda se recuperava dos tiros que havia levado, estava com faixas no seu corpo. Rìkean não deixava de estar ao seu lado em nenhum momento, aonung não falava nada, estava mais preocupado com a recuperação da sua filha para surtar de ciúmes. Rìkean segurava tuk pelos ombros, em um abraço, só se afastando quando eu mesmo a abracei.

E por fim, a mais nova. Estava tão assustada, dormiu com minha mãe e meu irmão por conta do medo que teve. Assim que aonung acordou, ela sempre andava atrás dele, agarrada na sua cauda. Era até engraçado ver ela pendurada na cauda forte do meu marido por ai.

- como está, meu filho? - seguro o rosto do gêmeo mais velho, virando para os dois lados, vendo o pequeno corte em sua sobrancelha já cicatrizado.

- mãe... Eu já disse que estou bem, já tenho 15 anos. Por que me trata como um bebê? - ele emburra cruzando os braços.

- só pelo fato de você estar reclamando que não é um bebê, te faz um bebê, skxawng. Deixe a mamãe ver se está bem, ele teve medo de perder você - tuk se pronuncia antes que eu conseguisse falar, se aproximando de mim e encostando sua testa na minha.

- fico feliz que esteja se recuperando bem - sorrio para ela, seu sorriso devolvendo o meu. Ergo minha mão na direção de Rìkean e ele se aproxima, abraçando a cintura da minha irmãzinha - obrigado, Rìkean. Obrigado por cuidar da nossa tuk - ele acena.

oel ngati kameie, NeteyamOnde histórias criam vida. Descubra agora