Extra: a felicidade é simples

715 67 15
                                    

Neteyam

ATEYAM TE SU'LI TEYUN'SKA! PARE DE BRINCAR COM O SEU IRMÃO DESSE JEITO! — grito a plenos pulmões irritado quando vejo o meu filho mais novo jogar o pequeno de 3 anos no mar, este que sorria infantil.

Ateyam com o descuido do susto, não consegue soltar o pequeno na água, suas mãos tremem, fazendo o Ney'ung ir em direção a areia.

Isso se não fosse o jake, se jogando a tempo para segurar a criança antes que ela atingisse o solo.

— Ateyam, seu skxawng... — jake bufa enquanto o ateyam abaixa as orelhas, sua cauda omaticaya balançando lentamente.

Respiro fundo enquanto caminhava com passos duros na direção deles, minha mão direita indo automaticamente para a sua orelha, puxando com força.

— o que eu disse sobre brincar assim com o seu irmão? — deixo minha voz irritada sair. Jake olhava a cena segurando a risada.

— ai mãe, solta... Isso dói!

— é para doer! Se o seu irmão tivesse se machucado? Você pensou nisso? — finalmente solto a sua orelha, ele esfrega em cima da vermelhidão, como se quisesse aliviar.

— o que está acontecendo aqui? — uma voz conhecida se pronuncia. Meu corpo inteiro se arrepia com o timbre falado, enquanto meu corpo se vira lentamente, um sorriso aparecendo no meu rosto involuntariamente.

— PAPAI! — os gêmeos correm na direção do meu marido. Ateyam pula no seu pescoço enquanto o Jake abraçava levemente, tomando cuidado com o pequenino em seus braços.

— tolätxaw nìprrte' sempul — Jake falava um pouco emocionado.

— irayo, ma'itan — aonung fala, beijando a cabeça dos gêmeos, pegando o Ney'ung nos braços para dar uma "chuva" de beijos pelo seu rosto infantil, devolvendo logo após para os braços do ateyam.

Finalmente sua atenção para em mim, meus filhos sorriam pela nossa situação, se afastando para nos dar espaço somente para nós dois.

Aonung estava afastado fazia algumas longas semanas devido a temporada de caça, todos os guerreiros haviam voltado, exceto o meu marido nessas semanas. Graças a grande mãe eu tinha meus filhos para me acalmarem.

Minha vista estava embaçada devido as lágrimas. Aonung levanta sua mão direita para minha bochecha, limpando meus olhos.

— Eu vejo você — ele sussurra enquanto eu ofegava.

— Ma Nung, eu estava tão preocupado... Fiquei com medo que nunca mais voltasse para nós! Para mim... — seus braços me envolvem em un abraço forte, me confortando. Fungo em seu pescoço, sentindo seu cheiro de mar que eu tanto amava.

— estou aqui, muntxa. Não se preocupe, estava apenas procurando isso... — me afasto para observar suas mãos indo para a pequena bolsa de couro que carregava sua faca e retirar um colar. Ofego surpreso, sorrindo emocionado.

— lembra disso? Fui buscar no fundo do oceano, somente para você. O melhor para o meu companheiro — ele me vira para si, amarrando o novo colar no meu pescoço. Ele era formado por um dente de akula com várias pérolas azuis ao lado da presa. Era comum fazer presentes de cortejos para seus companheiros, mas fazer isso durante uma caçada e fora dos recifes era algo maravilhoso.

oel ngati kameie, NeteyamOnde histórias criam vida. Descubra agora