Capítulo 3

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ALEMÃO

Subi pra por meu muleke no berço e fui pro sofá, meu pai veio trazer o Matheus que tava todo cansado e dormiu no sofá mermo, já meu pai parecia diferente. Parecia feliz e fiquei pensando no que a novinha falou, não era possível depois de mais de 10 anos eles voltarem.

- é melhor eu ir, se não sua mãe tranca a porta - meu coroa diz

- ela já te perdoo é?

- ainda não mas tá quase

- vocês dois não tão.... Não né

- tão o que Felipe?

- tu tá ligado do que eu tô falando

- não é da sua conta filho

- não posso saber não é?

- não

- tô ficando mole mermo - falei - se tu entrar na vida da minha mãe de novo é melhor tu não sair, tá ouvindo?

- tá me ameaçando Felipe? Tá esquecendo que eu sou seu pai é independente do que voce é pra esses vapor no morro, você é meu filho e vai me respeitar

- vou mas tu não vai machucar minha mãe de novo, na primeira eu até relevei mas é bom você pensar melhor no que tá fazendo... pai

- sei o que eu estou fazendo, e eu e a sua mãe somos adultos e não precisamos da sua permissão - ele diz firme

Depois disso ele vai embora e eu acabo pegando o menor da Larissa no colo e levando pro quarto. O muleke era daora e nem de longe parecia aquele menino que ficava na rua, tinha engordado bem, já não tinha quase nenhuma das cicatrizes, era inteligente pra caraio e educado. Levei ele pra cama porque se não tem onde dormir, tem meses que tô nesse sofá na minha própria casa.

~❤️~

- quer mais algum baguio alemão? - o menor novo da boca pergunta

- não, tô suave - falei - se precisar eu chamo no rádio

- firmeza então

O JP tinha colocado uns cara novo no morro, e dividiu entre a boca e os plantão na entrada. Os que ficaram por aqui eram daora, remelavam as vezes mas eram suave menos um né, o tal de cobra, ele era quieto na dele mas fazia os bagui certinho. O único que ele trocava ideia assim era o JP e o VN, não me colocando em b.o aqui na boca era suave.

Fiquei ali na frente da boca conversando com os cara quando a Larissa parou ali, ela ficou olhando pros manos até porque só tinha vapor novo e ela não conhecia ninguém mas me chamou de canto.

- eu preciso sair - ela diz - tu vai ter que ficar com ele

- agora? - perguntei - da pra ser depois

- depois tu não vai sair?

- vou né

- caralho, você também não quer olhar hora nenhuma - ela diz estressada - vê se cuida um pouco do seu filho em vez de ficar deixando ele com a sua mãe

- e eu não cuido dele não?

- não!

- eu tô saindo - ela diz - e pelo que entendi a sua mãe vai sair também

- minha mãe vai sair sair?

- com seu pai - ela diz - então as crianças estão na sua responsabilidade, boa sorte

- volta aqui, tá loka? - falei puxando ela pelo braço - aquele monte de criança?

- que longe de criança? É só o Rafael, o Matheus e o Henrique.. - ela diz e saí andando - você cuida desse monte de macho, vai dar conta relaxa

Fico ali puto, caralho, se bem que os muleke é mais suave pra cuidar. Falei com o JP e fui direto pra casa, e não demorou muito tempo pra minha mãe deixar eles lá. Tava toda arrumada e só me deu um beijo antes de sair. Minha salvação foi que a Larissa, deixou literalmente uma instruções e uma mamadeira.

Mas meu muleke era quietinho só ficava observando tudo e chorava quando tava com fome. Quando ele pega no sono dou graças a Deus. Mas a porra de um grito lá fora no portão acorda o menino, sai puto e vi a Bianca lá.

- a gente não ia sair? - ela pergunta

- não vai dar não - falei

- cadê a mãe dele?

- saiu

- e é você que tá cuidando?

- tá cega? - perguntei - e a tua boca de sandália acordou ele

- posso entrar pelo menos já que ela não tá ai?

- melhor não, os meninos tão aqui - falei - depois nois conversa

A.N.A.R.C.O.S III: ASCENSÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora