LARI
Cheguei em casa a tempo de ver o alemão deitado no sofá com nosso bebê em cima do peito dele e os meninos no tapete com cobertas e travesseiros. Noite dos meninos né. Subi direto pro quarto, tomei um banho quente e fui ver se estava tudo bem com meu baby.
Peguei meu filho no colo e fui direto pra cozinha, fazer um suco de laranja natural, nesse meio tempo fiquei pensando no cobra. É óbvio que ele era um gato mas talvez não fosse uma boa ideia ficar com ele. Quer dizer, eu estava adorando a ideia de ter me cobiçando já que tudo que ouvi desde que tive meu filho foi que eu tava horrível.
Eu tava meio inchada e desleixada também, não nego, mas porra precisa ficar me lembrando que eu não tô mais como antes? Mas como sempre o alemão é um idiota né e sempre me diz que tô acabada, mas lógico né, eu fico aqui sem dormir enquanto ele tá lá com a miss favela.
Além do mais, ficar comigo ia causar muitos problemas pro cobra. E ele não tem nada ver né porém não seria má ideia ficar com ele . Só uma ficada, se bem que as últimas pessoas pra quem eu disse isso, uma me engravidou e a outra me pediu em casamento então pelo amor de Deus chega.
- tá rindo sozinha por que? - alemão pergunta me tirando do transe
- não tô rindo - falei
- e como tá a Dani?
- ruim, tô tentando convencer ela e vir morar aqui - falei - você podia ver uma casa com o JP pra ela
- ela não vem não
- vem, certeza que vem
- por que tu acha que ela vem?
- ela tá morando com a mãe dela - falei - tudo ali lembra o Yuri, você tem que fazer ela vir
- tenho nada
- a Dani é sua amiga, para
- não enche não hein Larissa
Chato. Isso que o alemão estava, extremamente chato. Subi pro quarto com meu bebê que por incrível que pareça dormiu uma noite inteira, no outro dia eu acordei sentindo coisas estranha e eu senti no coração que eu deveria ir no meu antigo apartamento. Não sei por que mas então eu resolvi ir.
Tomai um banho e e arrumei a bolsa do Henri, assim que cheguei em frente ao prédio fiquei parada no portão encarando e logo o Walter aparecer sem acreditar no que estava vendo. E já veio correndo me abraçar e ver meu filho.
- mas que criança linda Larissa
- é igual ao pai - falei
- qual o nome dele?
- Henrique
- é uma graça, que Deus abençoe vocês - ele diz
- amém Walter - eu falei - ela tá aí?
- acho que sim, não vi ela sair não querida - ele diz - mas ela nem sai de casa então deve estar
- posso subir?
- claro que pode Larissa
Depois de conversar com ele, subi o elevador e fui direto pro nosso andar. Fiquei relutante em bater na porta mas eu não tinha vindo aqui atoa não é? Então depois de bater três vezes e ninguém atender pensei em ir embora mas então ouvi um barulho de porta se abrindo e dou de cara com uma mulher totalmente diferente.
Cansada, deprimida, magra parecia outra pessoa.- oi mãe - falei
- oi Larissa - ela diz e olha pro meu colo - ele é o Henrique?
- é - falei - quer segurar?
- vem entra - ela diz
A casa então nem se fala, a vida que tinha ali foi embora e até entendo por que perder a Emilly deve ter sido pesado demais pra ela. Não tinha muitos móveis como antes só o essencial. Minha mãe se senta no sofá e eu entrego meu filho, ela segura ele e chora. E eu como uma boa chorona, choro também.
- ele não parece nada com você - ela diz - esse cabelo clarinho e esse olho verde, nada ver com a gente né
- não, nada a ver mesmo
- quanto tempo ele tem?
- 6 meses e meio - falei - já vai fazer 7
- não acredito que perdi você grávida, devia estar insuportável
- é eu tava mesmo - falei rindo - e enorme, você tem que ver as fotos
- você casou?
- não, não poderia casar sem a minha mãe né
- estão namorando pelo menos? - ela pergunta ainda brincando com ele
- não - falei - separados!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A.N.A.R.C.O.S III: ASCENSÃO
Ficção AdolescentePassada toda aquela loucura com Yuri e depois de ver alemão seguindo a sua vida, Larissa tenta ao máximo que pode focar em si mesma e nos seus filhos. Entre todas as pessoas que ela conhece, uma disperta sua curiosidade comprometendo as alianças no...