Capítulo 6

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LARI

Cheguei em casa a tempo de ver o alemão deitado no sofá com nosso bebê em cima do peito dele e os meninos no tapete com cobertas e travesseiros. Noite dos meninos né. Subi direto pro quarto, tomei um banho quente e fui ver se estava tudo bem com meu baby.

Peguei meu filho no colo e fui direto pra cozinha, fazer um suco de laranja natural, nesse meio tempo fiquei pensando no cobra. É óbvio que ele era um gato mas talvez não fosse uma boa ideia ficar com ele. Quer dizer, eu estava adorando a ideia de ter me cobiçando já que tudo que ouvi desde que tive meu filho foi que eu tava horrível.

Eu tava meio inchada e desleixada também, não nego, mas porra precisa ficar me lembrando que eu não tô mais como antes? Mas como sempre o alemão é um idiota né e sempre me diz que tô acabada, mas lógico né, eu fico aqui sem dormir enquanto ele tá lá com a miss favela.

Além do mais, ficar comigo ia causar muitos problemas pro cobra. E ele não tem nada ver né porém não seria má ideia ficar com ele . Só uma ficada, se bem que as últimas pessoas pra quem eu disse isso, uma me engravidou e a outra me pediu em casamento então pelo amor de Deus chega.

- tá rindo sozinha por que? - alemão pergunta me tirando do transe

- não tô rindo - falei

- e como tá a Dani?

- ruim, tô tentando convencer ela e vir morar aqui - falei - você podia ver uma casa com o JP pra ela

- ela não vem não

- vem, certeza que vem

- por que tu acha que ela vem?

- ela tá morando com a mãe dela - falei - tudo ali lembra o Yuri, você tem que fazer ela vir

- tenho nada

- a Dani é sua amiga, para

- não enche não hein Larissa

Chato. Isso que o alemão estava, extremamente chato. Subi pro quarto com meu bebê que por incrível que pareça dormiu uma noite inteira, no outro dia eu acordei sentindo coisas estranha e eu senti no coração que eu deveria ir no meu antigo apartamento. Não sei por que mas então eu resolvi ir.

Tomai um banho e e arrumei a bolsa do Henri, assim que cheguei em frente ao prédio fiquei parada no portão encarando e logo o Walter aparecer sem acreditar no que estava vendo. E já veio correndo me abraçar e ver meu filho.

- mas que criança linda Larissa

- é igual ao pai - falei

- qual o nome dele?

- Henrique

- é uma graça, que Deus abençoe vocês - ele diz

- amém Walter - eu falei - ela tá aí?

- acho que sim, não vi ela sair não querida - ele diz - mas ela nem sai de casa então deve estar

- posso subir?

- claro que pode Larissa

Depois de conversar com ele, subi o elevador e fui direto pro nosso andar. Fiquei relutante em bater na porta mas eu não tinha vindo aqui atoa não é? Então depois de bater três vezes e ninguém atender pensei em ir embora mas então ouvi um barulho de porta se abrindo e dou de cara com uma mulher totalmente diferente.
Cansada, deprimida, magra parecia outra pessoa.

- oi mãe - falei

- oi Larissa - ela diz e olha pro meu colo - ele é o Henrique?

- é - falei - quer segurar?

- vem entra - ela diz

A casa então nem se fala, a vida que tinha ali foi embora e até entendo por que perder a Emilly deve ter sido pesado demais pra ela. Não tinha muitos móveis como antes só o essencial. Minha mãe se senta no sofá e eu entrego meu filho, ela segura ele e chora. E eu como uma boa chorona, choro também.

- ele não parece nada com você - ela diz - esse cabelo clarinho e esse olho verde, nada ver com a gente né

- não, nada a ver mesmo

- quanto tempo ele tem?

- 6 meses e meio - falei - já vai fazer 7

- não acredito que perdi você grávida, devia estar insuportável

- é eu tava mesmo - falei rindo - e enorme, você tem que ver as fotos

- você casou?

- não, não poderia casar sem a minha mãe né

- estão namorando pelo menos? - ela pergunta ainda brincando com ele

- não - falei - separados!

A.N.A.R.C.O.S III: ASCENSÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora