Capítulo 73

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LARI

Eu me encontrava paralisada, não sabia nem como reagir só fiquei ali parada sem saber se ouvi certo o que ele disse.

- Felipe... - falei - você...não é sério né, para de graça eu preciso ir

- tô falando sério Larissa, não é k.o - ele diz - não quero que tu vá

- eu tô indo embora - falei

- então deixe eu ir com tu, vamo deixar isso pra trás - ele diz - to entendendo tudo o que tu me disse agora...

- agora é tarde alemão - falei - eu quero uma vida nova, eu quero esquecer o meu  passado

- tu não pode esquecer de mim, eu só o pai do seu filho e eu vou ser presente na vida dele

- ta bom...

- eu te amo Larissa, tô falando namoral

- Felipe, eu quero alguém honesto e arregaca arregaça as mangas e vai pra cima do que quer! Alguém que tenha suas próprias conquistas do jeito certo, alguém que sirva de exemplo pros meus filho e convenhamos, você tá longe de ser tudo isso - falei - eu admiro você querer deixar isso tudo pra trás, mas esse é quem você é e se um dia você mudar de verdade, eu possa tentar te dar outra chance mas essa pessoa que você é hoje, não quero pra começar uma vida nova

- demoro, eu vou me e esforçar pra ser o cara que tu sempre quis - ele diz - e vou atrás de tu aonde ce tiver, vou merecer minha chance

- ta bom então - falei sem acreditar - eu preciso ir

Logo depois eu me despedi do Rafa, e o menino me abraçou apertado. Ele me abraçou e me pediu pra dar um abraço na minha irmã, eu ia sentir saudade deles. O que me surpreendeu mesmo foi ver o alemão se despedir do Matheus isso era demais ate pra mim. Ainda sim, nao conseguia acreditar tão facilmente.

Quando as despedidas acabaram dei as costas, e fui andando com meus filhos até o ônibus. Eu não era aquela pessoa que olhava pra trás igual nos filmes, eu fazia o que era preciso e funcionava assim. Mas se eu dissesse que não fiquei nenhum um pouco balançada com tudo que ele me falou, seria mentira.

O ônibus demorou uma eternidade pra sair pois tinha muito passageiro atrasado o que me dava mais tempo pra pensar em tudo. Mas ainda bem que o sono bateu depois de uma longa noite cansativa né, e eu consegui tirar um cochilo. Na verdade, eu estava dando umas pescadas pois ficava preocupada com Henrique o tempo todo.

Foram horas naquele ônibus sem fazer nada, só olhando pela janela tentando esquecer tudo que tinha acontecido. Eu precisava me focar no meu futuro e como eu iria conseguir um emprego, como eu iria conseguir alguém pra cuidar das crianças e era tanta cobrança que eu nem sabia o que pensar mais.

Quando a viagem acabou era tarde e eu estava super cansada, mas logo assim que pego minhas bolsas e entrego logo Matheus puder me ajudar reparo em uma menina correndo na minha direção. Emilly. Minha irmã estava enorme e bem parecida comigo quando tinha a idade dela.

- Oi Lari, que saudade! - ela diz me abraçando - Você tá linda.Posso ver o Henrique?

- pode sim Emilly, você tá enorme - falei e ela sorri orgulha

- papai disse que eu cresci 3 centímetros - ela diz fazendo carinho no Henrique que está quietinho

Olho mais um pouco e vejo meu pai se apaixonar com a Marta e o filho deles andando ao lado. O Lucas estava enorme. Eu estava me sentindo igual aqueles parentes distantes que nunca se vem e acham que todos cresceram. Logo meu pai me abraça apertado e eu me derreto toda, que saudade do meu paizinho!

- oi paizinho, que saudade!- falei

- oi filha, você está ótima! - ele diz me dando um beijo no rosto - e esse meninão aqui?

- ta aqui quietinho - falei entregando o menino pra ele e indo abraçar a Marta - oi Marta!

- oi Lari, como você está?

- ótima e você?

- estou ótima também - ela diz e sorrimos

Logo depois eu vou direto abraçar meu irmãozinho, e só de olhar aquele menino lembro como se fosse o dia que ele nasceu e dia corrido foi aquele hein. Mas ele estava lindo, depois de matar a saudade, meu pai nos levou até o carro e colocou as bolsas lá. A Marta foi de Uber até o local que ele me levou, e jurou surpresa.

Assim que descemos do carro ele me entrega as chaves e eu paro em frente a um portão grande e branco. Uso as chaves que ele me deu para entrar e vejo uma garagem grande quadrada e um corredor lateral. Vou andando pelo corredor até ver uma porta e assim que abro dou de cara com uma sala. Linda.

Tinha dois sofás espaçosos, uma hack com tv, quadros na parede, uma janela transparente tampada pela cortina e um lustre de cristais.

- pai, mas o que é isso? - falei - isso é incrível!

- agradeça ao Felipe - ele diz

- por que agradecer ao Felipe?

- digamos que ele tenha ajudado a pagar a casa - meu pai diz e eu olho morrendo de raiva

-  a mano, eu não acredito nisso - falei respirando fundo e tentando manter a calma

A.N.A.R.C.O.S III: ASCENSÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora