Capítulo 8

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LARI

parei em frente ao guarda roupa e fico ali decidindo qual vou escolher, o que eu usaria pra sair com o cobra. Uma roupa que diga eu não sou galinha mas também não sou Virgem - pensei comigo mesmo e dei risada. Fui entrando logo pro banheiro.

Coloquei um corset preto que tava realçando bem meus peitos, e uma calça jeans clara rasgada, escovei bem o cabelo e fiz uns cachinhos com o baby liss. Fiz uma maquiagem bem caprichada e passei perfume, fiquei em dúvida se eu ia de salto ou de tênis mas acabei escolhendo um tênis baixinho mesmo. Faltava uns minutos pra dar o horário então assim que desci pra sala fui ver meu baby.

- tu vai pra onde - alemão pergunta mas eu pego meu filho no colo e não respondo - tá surda Larissa?

- eu pergunto pra onde você vai por acaso?

- vai sair com quem?

- não enche meu saco não - falei dando um beijo no meu filho e entregando ele

- Larissa caralho, responde

- tô atrasada alemão, não enche

Peguei as chaves e saí de lá, fui devagar e com cuidado pra ver se ninguém vinha atrás né. Quando cheguei na rua vi o carro estacionado perto de uma árvore que tinha ali então fui andando até lá e o mesmo destravou o carro. Era um civic preto cromado, lindo!

O cobra tava mexendo no celular e quando me viu abriu um sorriso lindo e eu só pude fazer o mesmo. Tava muito lindo com uma polo preta da Nike e de calça jeans preta também, o cabelo na régua e bem cheiroso.

- pensei que tu ia me dar bolo - ele diz

- jamais faria isso - falei sonsa

- e tu quer ir pra onde?

- não tenho nada em mente não, pensei que você ia me dizer

- por minha conta então?

- sim, esse b.o é todo seu - falei e ele ri

- quantos anos tu tem mesmo? 

- 23 - falei - e você?

- 18 - ele diz e eu olho sem acreditar

- 18? Ah para né

- papo reto, 18tão - ele diz e eu faço que não

- você não tem 18! Tá querendo me fazer parecer velha

- ué, não dizem que panela velha que faz comida boa? - ele diz e eu dou risada

- quantos anos você tem cobra?

- olha aí - ele diz tirando as mãos do volante e me entregando a habilitação

- Gustavo Cobreloa, 18 anos - repeti o que estava escrito ali

- papo reto to falando - ele diz e eu olho incrédula - o que foi? Não gosta de mucilon?

- nunca provei - falei

- interessante

Ele continua dirigindo e eu fico ali chocada, 18 anos como assim? O cara é literalmente um homem feito, eu me sinto uma veia. Depois de um tempo ele para num prédio ali na parte alta do Rio, e sei exatamente aonde ele tava me levando. Pra jantar em um lugar bem caro.

Ficamos sozinho no elevador e a cara dele não negava nem um pouco o que ele queria, mas ainda era cedo pra saber se eu queria também então continuei olhando pra frente enquanto a gente conversava. Levaram a gente pra uma mesa com vista para praia e era nem chique.

- o que tu tem?

- nada - falei e eu estava nervosa por algum motivo - achei bonito o restaurante

- porra, achei que tu ia falar de mim

- pouco convencido graças a Deus!

- pouco mesmo - ele diz

- você não é muito novo pra tudo isso?  - perguntei assim que pedimos os pratos

- na real, não ! Tem gente que entra mais cedo

- e por que tu entrou?

- pelo motivo mais óbvio? Bom, eu descobri o lado ruim da vida muito cedo então quando vi que não tinha mais escolha acabei parando aqui

- não tinha escolha ou...

- peguei o caminho mais fácil - ele admiti - não vou negar

- é imaginei..

- e tu entrou como pro morro?

- alemão...

- o cara do morro conseguiu te tirar o condomínio, já li isso antes - ele diz

- pois é, melhor tomar cuidado com a cabeça - falei e ele ri

- vou precisar mesmo quando ele souber que eu saí com a ex dele - cobra diz - se bem que ele não precisa saber né

- ninguém precisa - falei e ele concorda

- ele costuma cortar a cabeça de muitos caras?

- só dos que se aproximam de mim - falei mordendo o camarão

A.N.A.R.C.O.S III: ASCENSÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora