capítulo um

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No quarto mal iluminado e extremamente quente de Emma, uma brisa fria e suave entrou arrancando um sorriso da garota. Se remexeu na cama em busca da melhor posição, para voltar a tirar seu cochilo, afinal não irá demorar para seu despertador tocar e ter que ir para a universidade. Aproveitou cada minuto que podia dormir. Emma não era fã de ir para a universidade, não porque não gostava de estudar, já que seu curso era cinema, mas sim pelos comentários maldosos pela sua aparência ou até mesmo por a garota ser "nerd".

Um barulho ecoou pelo quarto. Emma esticou o braço esquerdo  desligando seu despertador que estava no criado mudo. Levantou totalmente sem ânimo e caminhou para o banheiro, tirou suas roupas e foi para debaixo do chuveiro. A água quente caindo no seu corpo foi a melhor sensação que sentiu a dias, suspirou fundo e desligou assim que ser banho foi encerrado. Saiu enrolada na toalha abrindo a janela, o inverno estava chegando na Califórnia, sua estação favorita. Correu para o closet pegando uma calça legging preta com uma blusa de manga comprida simples branca e um moletom amarelo quentinho

Arrumou sua cama. Foi até o banheiro novamente, escovar seus dentes; fez uma maquiagem leve; e foi até seu gatinho que dormia calmamente em sua caminha. Emma se agachou até ele fazendo um carinho em seus pelos macios brancos e cinzas. Colocou comida em seu potinho e no outro água fresca.
Pegou sua mochila e desceu as escadas.

— Bom dia mãe - Emma sorriu. Sua mãe estava preparando seu café da manhã.

— bom dia filha, dormiu bem? - mãe de Emma a lançou um sorriso fofo e simpático, esse clima familiar que as duas tinham pela manhã era incrível. Emma se sentia feliz ao saber que sua mãe estava bem, o sorriso meigo de sua mãe a fazia querer lhe abraçar e nunca mais soltar. Emma nunca se cansaria de se sentir assim. Única.

— dormi sim, hoje eu vou ter um trabalho para apresentar - Emma soltou no ar, não falava muito com sua mãe sobre sua vida na universidade.

— espero que vá bem filha - Marta sorriu. Abraçando a filha por trás assim que deixou seu prato com panquecas em sua frente. Emma não recusou o abraço e passou as mãos pelo braço de sua mãe.

Assim que terminou sua refeição, correu para o banheiro escovar seus dentes. Pegou sua mochila que estava no sofá ao lado da sua mãe.

— posso te pedir uma coisa mãe? - Emma falou um pouco receosa, mas confiante que receberia um sim ou pelo menos um tanto faz.

Sua mãe que lia um livro o tirou de frente de seus olhos e encarou a garota em sua frente

— será que pode comprar para mim tinta e pó descolorante
? - ela balançava seu corpo freneticamente, a ansiedade e nervosismo tomava conta do corpo de Emma. Ela não era muito fã de pedir as coisas para sua mãe, se sentia uma folgada,  sua mãe trabalhava duro em um emprego nada confortável e relaxante, e sair assim, pedindo tudo que sentia vontade a deixava... Entranha.

— claro filha, está querendo voltar para o loiro? - Emma tinha seu cabelo naturalmente castanho? Loiro escuro? Ela mesma não entendia a tonalidade dele. Quando seus quinze anos fizeram presente em sua vida, descoloriu o cabelo  deixando o loiro ela tinha amado, loiro combinava com ela. lá pelos seus dezessete anos voltou ao cabelo natural, e por fim aos dezenove beirando aos vinte anos de idade, deixou a preguiça de lado, e irá voltar com tudo para seus cabelos igual ouro.

— sim, eu não aguento mais.
Sinto saudade dos meus fios de "ouro" - Emma havia ganhado de sua mãe um apelido fofo e totalmente brega, fios de ouro. Marta assim que via Emma gritava "oi minha fios de ouro", "como vai fios de ouro?". Sempre era fios de ouro, quando ela fazia cachinhos em seu cabelo, marta a chamava de cachinhos dourados.

— assim que voltar da escola, seus produtos estarão aqui, e boa sorte com o trabalho - marta deu um beijinho da testa de Emma, que soltou um sorriso meigo e envergonhado.
Emma saiu de casa, caminhando lentamente até sua universidade, não tinha pressa para chegar. Tirou seu celular do bolso do moletom junto ao seu fone de fio preto, lá estava marcado que era exatamente 06:35, se Emma continuasse né ritmo só chegaria às 07:40. Acelerou um pouco os passos quase tropeçando a cada elevação ou pedrinha que tinha na calçada.

so se vive uma vez (jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora