capítulo vinte e sete

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Emma acordou de madrugada cansada, ela não tinha o costume de acordar esse horário, já que seu sono era pesado. Se levantou indo até a cozinha e bebendo um pouco de água, ela andava de um lado para o outro com o copo de vidro na mão, com a água até a metade. Finalmente parou e tomou o resto, foi no banheiro e tentou dormir novamente.

Mas sem sucesso.

Se revirava e até tentou ler mais capítulos de seu livro, mas o mesmo não foi encontrado. Se deu por vencida se levantando novamente, e encarando a porta. Com cuidado foi até o bloco de chaves, encaixou na porta e a abriu cuidadosamente, a deixando sem querer aberta. Andou um pouco sentindo o vendo no seu rosto levantar seu cabelo de leve, a brisa fria era extremante boa naquele momento. Apenas o barulho do vento e de alguns cachorros a tranquilizava.

Se sentou no gramado igual indiozinho, fechando seus olhos e respirando fundo. O silêncio ensurdecedor se fez, o vento parou por um estante, foi quando Emma se sentiu incomodada com o silêncio entranho, abriu seus olhos e viu corvos na árvore mais próxima, naquela região não era comum esse tipo de pássaro, porque eles estavam ali?...

Emma escutou um barulho entranho vindo atrás da mesma.
Seu coração começou a acelerar no mesmo instante, era ruim para Emma demostrar medo, mas a mesma não tem a habilidade de guardar seus sentimentos assim.

Se virou rapidamente e um suspiro de alívio a mesma soltou, era apenas a jenna. Ela estava com uma camisola branca de cetim, apenas uma das alças segurava, já que a outra, estava caída em seu ombro

Se sentou ao lado de Emma, a garota loira apenas se virou para o lado e encarou o nada, era visível até para um cego que jenna a encarava.

— porque está aqui, e não dormindo? - jenna perguntou

— acordei de madrugada e não consegui voltar a dormir - Emma foi direta e seca, não estava afim de falar com jenna naquele momento.

— porque está sendo assim? - jenna perguntou colocando a mão no ombro de Emma.

— ainda pergunta jenna? Você é uma idiota que não tem amor pela própria vida, me trata como se eu fosse um nada, com isso eu não fosse um humano - Emma falou tirando a mão de jenna, e respirando fundo. Ela não queria ter falado isso, mas esse seria o único jeito de jenna acordar para vida.

Jenna ficou em silêncio por um instante, as únicas coisas que eram possíveis escutar eram, o vento balançando as árvores em uma bela valsa, as respirações de ambas que pareciam se como os ventos que formam aquelas lindas ondas nas aguas mais cristalinas e limpas dos oceanos, e seus corações que pareciam estar em conjunto batendo rapidamente.

Jenna abriu a boca para falar algo, mas a mesma foi interrompida por Emma, que falou algo que jenna nunca jamais escutou, não do jeito que Emma disse.

— eu não tenho nada a ver com o seu passado sabe, o jeito que você foi criada não me interessa, mas porque sempre trata as pessoas assim? Porque tem que pisar tanto nos sentimentos das pessoas? Só porque você foi machucada uma vez, não significa que pode fazer o mesmo com as pessoas. Agora eu e você estamos noivas e infelizmente vai ser assim até você não quiser mais me ter, então porque não abre o jogo? Eu não sei nada sobre você, e eu não me importo com isso, mas agora eu faço parte disso, e eu quero saber sobre tudo. Apenas me conte, de qualquer forma eu estou presa a você, para sempre.

Jenna sentiu seu coração despedaçar quando aquela olhos azuis cheios de vida, estavam com um rio de lágrimas no canto dos olhos, aquilo doeu em sua alma, aqueles malditos olhos sempre cheios de alegria, paixão, bondade, inocência e pureza, se tornaram em um olhar cansado, triste, sem vida,.deprimente e solitário. Doía mais ainda quando jenna lembrava que tudo aquilo era culpa dela, que tudo isso é culpa dela, mas jenna já estava perdida. E apenas Emma poderia a salvar...... Mais ela não sabia como...

Emma limpou os olhos encarando as estrelas perfeitamente bem alinhadas, ela respirou fundo, após soltar todo o fôlego que segurava. Se levantou as pressas, mas o braço de jenna a segurou a puxando para baixo.

— oque quer agora? - Emma falou ainda em pé, já que soltou a mão de jenna de seu braço.

— oque você mais odeia em mim? - jenna perguntou baixinho, fazendo com que Emma não escutasse.

— oque disse?

— oque você mais odeia em mim? - jenna perguntou novamente.

Emma se espantou com a pergunta, olhou de um lado para o outro e se sentou novamente ao lado de jenna.

— oque eu mais odeio em você? Quer mesmo que eu responda, porque eu iria ficar a noite inteira falando - Emma riu fraco, fazendo jenna soltar uma risada nasal.

— idiota - jenna falou, dando um leve soco no braço de Emma.

— eu odeio esse seu jeito fechado, sabe eu não sou alguém tão importante pra saber sobre a sua vida inteira, mas agora querendo ou não eu preciso saber de tudo, já que eu estou correndo perigo. E eu também odeio sua bipolaridade, mas isso se resolve de outro jeito - Emma falou abraçando sua perna, e encarando jenna.

— tudo começou quando eu finalmente fui instalada na mafia, com apenas 15 anos, nesse tempo eu comecei a participar dos planos, frequentar festas e sempre estar envolvida com o errado. Em uma dessas noites eu conheci a Judy, ela tinha 20 anos na época, acabou que eu comecei a beber e beber, e então já com as pernas bambas e vendo tudo dobrado eu acidentalmente derrubei meu copo nela, ela se estressou e começamos a discutir. Sem paciência eu peguei a faca que levava na minha bota e fiz um corte grande e profundo em seu ombro, hoje ele é coberto com uma tatuagem de cobra. Depois disso chamaram a polícia, eu fiquei presa por algumas noites lá, já que era de menor, se não fosse por William eu nem sei oque seria de mim, já que minha mãe e meu pai não se importaram - Emma prestava atenção em tudo, ela sorriu para jenna após o término de sua fala, ela viu o quão difícil é para jenna falar sobre isso, se abrir era seu pior inimigo. Foi reconfortante e único saber que ela é a primeira pessoa a ter Jenna Ortega se abrindo assim.

— então é por isso da rivalidade?

— de certa forma sim, com o tempo coisas surgiram fazendo com que nós  odiamos mais uma a outra - jenna se levantou estendendo a mão para Emma se levantar. As duas caminharam para dentro, jenna foi diretamente para o sofá tirando tudo.

— porque está fazendo isso?

— agora você vai dormir lá em cima, e nem tente reclamar.

Emma soltou uma risada nasal, observando a morena subir as escadas. Agora sim ela percebe o porque de a amor tanto, não era pelo seu físico perfeito, e nem pelo seu jeito de agir ou ser, e sim pela sua alma, por mais que seja difícil, era visível ver a verdadeira jenna lá.

— mais que droga...... Eu realmente a amo.

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Oi leitores

"Meus Deus depois de anos você postou liza"

Sim.

"Mais oque aconteceu? Você está bem?"

Sim, tomei vergonha na cara e vim escrever, eu tava colocando meus livros físicos em dia, fiquei com preguiça de escrever. Sorry.

Mais está aqui.

Bjs, até leitores

so se vive uma vez (jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora