capítulo vinte e quatro

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Todos dizem que o ciclo da vida é nascer; crescer; viver; achar o amor de nossas vidas; ter filhos e morrer. As nossas lindas protagonistas estão na fase de viver, mas hoje vamos nos aprofundar no passado, onde tudo começou. Sabemos até agora sobre o presente, um pouquinho do futuro, e nesse momento iremos aprender sobre o passado.

Ele não era uma coisa feliz tenho que admitir, a vida dos pais de nossas protagonistas não foi das melhores. Se você quiser saber mais, fique aqui comigo, deite ou se sente em algum lugar confortável e aconchegante, pegue algo para comer e se sinta a vontade. Meu nome é Elizabeth, mas pode me chamar de liza ou de Beth, eu não me importo. Chega de formalidade, vamos nos aprofundar nessa leitura, escrita cuidadosamente, e bem pensada...

*Marta 30 anos atrás*

Me levanto sem ânimo para ir a escola, caminho até meu armário pegando meus pertences, e saindo para o corredor. Chego na porta do banheiro e giro a maçaneta cansada. Adentro o pequeno e escuro banheiro, acendo a luz e corro para debaixo do chuveiro.

Esse é o melhor momento para virar uma estrela da música e me soltar enquanto canto, esse ê o único momento onde realmente paramos para refletir sobre a vida, onde achamos as melhores respostas para ocasiões que já se foram, onde nós pegamos imaginado o futuro. Onde realmente podemos nos soltar e nos propriamente julgar sem medo. Onde pelo menos eu Marta Miller sou verdadeiramente eu.

Saio embolada na toalha de algodão branca, e corro para meu quarto novamente, pego em meu armário meu uniforme e visto rapidamente, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto e desço as escadas, minha mãe e meu pai estavam conversando com o jornal na mão. Me sentei ao lado da minha mãe e comecei a comer, nem puxei assunto, não estava afim de apanhar.

Levantei indo para o banheiro e escovei os dentes, estava com a cara péssima, mas vou apenas para a escola não em um desfile de moda. Peguei minha mochila e sai de casa, logo fechando a porta escutei meu pai gritar com minha mãe, já sabia que teria que passar na farmácia comprar faixa e remédios para dor.

Caminhei vagamente para a direção da escola sem pressa, quanto mais tarde chegar menas aula vou ter.

— marta, marta, me espere - escutei um voz doce mais ao mesmo tempo grave que conhecia muito bem. Me virei na direção da linda voz e me deparei com a garota mais linda do mundo.

— ainda bem que saiu agora, não queria ir para a escola sozinha - Jacqueline disse, após me dar um selinho demorado em meus lábios.

— jamais deixaria minha rainha sozinha - sorri novamente para a morena que fazia meu coração saltitar toda vez que a via, seus olhos me hipnotizam toda vez que os encarava, e sua voz que quando cantava era a coisa mais linda de se ouvir. 

— ficou sabendo que Augustus conseguiu nota para passar em matemática? - sua voz me tirou daqueles pensamentos.

— não, ele é péssimo nessa matéria, mas oque ele fez? Limpou o carro do professor? - perguntei pegando um chiclete na bolsa e oferecendo para a morena ao meu lado que aceitou logo em seguida.

— ele pediu para o filho dele o ensinar, e então o professor lhe deu outra prova e bum, ele passou - Jac falou abrindo o chiclete e o colocando na boca seguidamente. Fiz o mesmo após escutar o barulho do papel sendo amassado.

— está me dizendo que ele conseguiu aula particular com Wiliam Myers? Tipo aquele Wiliam Myers... Nossa, eu tinha um puta crush nele - joguei o papel do chiclete na lixeira logo a frente, e Jac parou de andar.

— está falando que já teve crush nele para a sua namorada? Que babaca - ela riu empurrando minha cabeça de leve para o lado.

— isso foi quando eu tinha 9 anos, já passou amor, e me desculpe achei que você não  fosse ligar - me aproximei puxando Jac pela cintura colando nossos corpos, e iniciando um beijo lento e cheio de paixão.

so se vive uma vez (jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora