Capítulo 24 •Desculpa

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Rebecca Antonelli |

Acompanhei o jogo inteirinho aqui da arquibancada

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Acompanhei o jogo inteirinho aqui da arquibancada. Eu insisti muito a minha mãe para virmos mais cedo para não perdermos nada, e ela aceitou.

Foi um jogão e eu nem preciso dizer sobre…

O que posso dizer é que chorei muito, de raiva e depois de felicidade. Deu tudo certo!

Vibrei muito com os gols do verdão, inclusive do Raphael. Ele joga no meu time, não tem como não comemorar.

Acredito que ele não tenha me visto aqui na arquibancada e não vou negar que fiquei feliz e aliviada com isso. Eu e o Raphael na frente de todo mundo não vai ser legal. Eu não quero que isso aconteça.

—Vamos para o campo. —Minha mãe disse.

—Não vamos não. —Digo.

—Como não vamos, Rebecca? Você se esqueceu que está com o Raphael?

—Não estamos definitivamente juntos.

—Já já estarão. Vamos para o campo.

—Mãe, não tira minha alegria, por favor.

—Você ficará mais alegre ainda quando estiver comemorando com os outros jogadores.

—Eu estou muito bem aqui. —Digo, a olhando.

—Becca?

Olho para frente e acabo tendo uma "surpresa".

—Raphael. —Sorri forçado.

—Fico tão feliz que vocês estejam aqui. —Sorriu.

—É muito bom ver você. —Minha mãe disse.

—Venham para o campo. —Disse ele.

Não, Raphael, não cometa essa loucura.

—Podemos? —Minha mãe pergunta mesmo já sabendo a resposta.

—Mas é claro. —Disse ele.

Ele foi até o segurança e pediu para que ele nos liberasse para descer.

Fomos para o campo e uma emoção tomou conta de mim.

Estou no campo onde meu time é campeão!

—Parabéns pela conquista, meu genro. —Minha mãe disse e o abraçou.

Meu Deus! Onde tem um buraco?

—Muito obrigado. —Sorriu entre o abraço.

Ok, eu vou parabenizá-lo. Mas só porque ele merece.

—Parabéns por mais essa conquista e pelos gols. Vocês merecem, são gigantes! —Sorri, sincero.

—Muito obrigado, Becca. Estou muito feliz que você está aqui neste momento tão especial. —Sorriu e me abraçou.

Fomos para o meio do campo e eu tive a honra de conhecer os jogadores do Palmeiras. Cumprimentei e dei os parabéns a cada um deles.

Zerei a vida quando conheci nada mais que Abel Ferreira. Que homem incrível!

Todos eles são muito atenciosos.

Raphael anda de um lado para o outro e isso já está me deixando irritada. Qual o problema desse cara?

—Becca, eu preciso te falar umas coisas. —Disse.

—Aqui? —Pergunto.

—Sim. Acredito que é o melhor lugar agora. —Sorriu nervoso.

—Pode falar.

—Rebecca, eu sei que quando nos conhecemos, não foi um encontro nada legal. Sei que me achou chato, insuportável, sei que não gostava nem um pouco de mim.

Continuo sem gostar, amigo.

—O nosso reencontro no Allianz também não foi legal e quando fomos para a casa dos meus pais no final do jogo, acredito que tenha sido pior ainda para você. —Riu fraco. —Rebecca, depois que nossos encontros se tornaram frequentes, depois que pude conhecer mais de você, sentimentos inexplicáveis começaram a surgir dentro de mim. Eu sei que eu deveria esperar mais, sei que deveríamos conversar mais, sei também que eu estou sendo antecipado demais, mas espero que me entenda. Eu pensei nisso durante duas semanas e acho que o dia de hoje seria um dia adequado para fazer isso, porque é um dia especial. Eu quero que me dê uma chance para provar a você que o que eu sinto é verdadeiro. E por isso eu pergunto…

Ele se ajoelhou no chão e abriu uma caixinha com dois anéis dentro.

—Quer namorar comigo?

Eu não acredito, Raphael Veiga! Não, não e não. Não pode ser.

Senti um olhar pesado sobre mim, e eu já imagino quem é.

A única pessoa que veio à minha mente agora foi o meu pai. Eu sei que ele nunca me obrigaria a namorar uma pessoa que eu não gostasse. Mas ele precisa de ajuda e no momento só eu posso ajudá-lo "sem ter problemas". Eu preciso dele comigo e agora que muito provavelmente eu terei a oportunidade de salvá-lo, preciso aproveitar ela.

—Sim, Rapha, eu aceito. —Sorri forçado.

Ele me olhou aliviado e muito sorridente. Colocou o anel na minha mão e eu coloquei o outro anel na mão dele.

—Minha linda! —Sorriu e me beijou. —Eu amo você.

Eu sorri e o abracei.

Lágrimas começaram a escorrer no meu rosto. E infelizmente não é de felicidade, é de dor. Dor porque uma hora a verdade sempre vem à tona e eu sei que machucarei muito o Raphael.

Me desculpa Raphael, me desculpa por colocar você nisso.

|| Continua ||

Mais um porque passou de 4 mil reads e de 600 curtidas.

Obrigada, leitores lindos! Amo vocês!

Espero que estejam gostando

Eu não mereço você | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora