Capítulo 35 • Infarto

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Raphael Veiga |


Tudo ao redor de mim parou quando a becca disse que me ama…

Depois de um mês de namoro, eu ouvi isso da boca dela pela primeira vez.

Estou parecendo um adolescente bobo que ouviu um "eu te amo" pela primeira vez de alguém que está apaixonado.

—Raphael. 

—Raphael?

—Anh? O-oi. —Digo, me recompondo.

—Posso conversar com você enquanto a Rebecca dorme?

—Desculpe, mas, não quero deixá-la sozinha.

—Mas quando acordar, nós já estaremos aqui. —Disse ela.

—Esta bem. 

—Podemos conversar no restaurante daqui? —Pergunta.

—Sim. —Digo.

Fomos para o restaurante, pegamos um café e sentamos.

—Raphael, quando eu vi meu marido caído no chão, me vi desesperada e sem saber o que fazer. Eu não sabia o que havia acontecido com meu marido e, para um melhor atendimento a ele, eu o trouxe para cá. Só que tem um problema. —Disse.

—Qual? —Pergunto.

—Como houve mais de um atendimento, o hospital cobrou trezentos reais. 

—Entendo.

—Só que, eu não sei ao certo o que aconteceu, mas o médico disse que não liberará ele hoje. 

—É algo grave? —Pergunto.

—Não sei, genro. O problema é que com isso, será mais de  mil reais. E não temos esse dinheiro para pagar. —Disse, chorando.

—Calma, sogra, vai ficar tudo bem. Eu pago, sem problemas. —Digo.

—Mas não é pouco dinheiro, Rapha. —Disse.

—Não importa, eu sei o quão importante meu sogro é para a Becca. Eu não me importo em pagar.

—Muito, muito obrigada, Raphael. —Me abraçou, chorando.

—Não tem que agradecer. —Digo, no abraço.

Rebecca Antonelli |


Acordei e vi que estavam apenas as recepcionistas.

Será que o Raphael foi embora?

Meu Deus, e se ele não estava aqui? E se o que eu falei pra ele foi apenas um sonho?

Ah, Rebecca! 

Me encostei na parede e levei minhas mãos à minha cabeça.

Meu pai. Será que ele já acordou?

Ajeitei meu cabelo e fui falar com a recepcionista.

—Com licença, você tem alguma notícia do meu pai? —Pergunto.

—Ainda não. —Disse.

Agradeci e me sentei novamente.

Será que minha mãe já foi embora?

Depois de um tempinho pensando, respirei aliviado quando vi o Raphael vindo pelo corredor.

—Rapha. —O abracei.

—Oi, linda. O que foi? 

—Você acabou de chegar?

—Não, só fui tomar um café enquanto você dormia.

—Ah sim. 

Não foi um sonho. Ainda bem.

—Trouxe para você. —Me entregou um copo com café.

—Muito obrigada. —Sorri.

—Notícias do seu pai? —Pergunta.

—Infelizmente não. Estou agoniada com isso. —Digo.

—Familiares do senhor Luis? —Pergunta um médico. 

—Aqui. —Digo.

—Vocė é?

—Filha, Rebecca Antonelli. —Digo.

—Posso conversar com você?

—Claro.

Fomos até a sala dele e ele fechou a porta.

—O que o meu pai tem? —Pergunto.

—Ele sofreu um infarto. 

|| Continua ||

Oi, leitores lindos :)

Eu não mereço você | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora