Capítulo 77 • Disposto

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Rebecca Antonelli | 

Raphael e meu pai já foram a Madrid

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Raphael e meu pai já foram a Madrid. Agora estou na clínica, terminando de escrever a receita médica do meu pequeno paciente.

—Pronto. —Sorri e entrego o papel à mãe dele.

—Muito obrigada, doutora. —Sorriu.

—Estou aqui pra isso. —Sorri. —Logo logo você vai ficar bem, viu, garotão.

Eles sorriram e saíram.

Meu celular começa a vibrar e eu logo o pego da mesa.

—Oi, amor. —Raphael diz.

—Oi, amor. —Sorri.

—Acabamos de chegar aqui em Madrid. 

—Ah, que bom. 

—Vou desligar porque meu celular já está descarregando. —Riu. —Bom trabalho, linda.

—Obrigada. Manda um beijo para o meu pai e se cuidem.

—Pode deixar. —Diz e desliga.

Espero que dê tudo certo lá.

—Becca! 

—Ai, que susto! —Ponho a mão no peito. —O que foi, Mari? 

—Tem uma pessoa na recepção que quer falar com você.

—Quem é?  —Pergunto.

—Não sei, mas está te esperando. Vem logo.

Tomara que não seja quem eu estou pensando.

Fecho a porta da minha sala e vou até a recepção.

—Doutor Carlos.

—Oi, Rebecca. —Diz.

—O que você está fazendo aqui? —Pergunto.

—Eu preciso falar com você. 

—Seja breve.

—É sobre a Fernanda.

O olho atentamente.

—Será que pode ser em um lugar mais reservado? —Pergunta.

Assinto com a cabeça e vamos para minha sala.

—Provavelmente você já sabe que ela está em Madrid, não é?

—Como sabe que ela está lá? —Pergunto.

—Nós tínhamos tudo combinado. —Diz.

—O quê? 

—A Fernanda é a pior pessoa que existe, Rebecca. Eu e ela íamos juntos a Madrid, estava tudo combinado. Mas ela foi sozinha, com meu dinheiro e mais o do seu namorado Raphael.

—Então eram cúmplices… 

—Sim, Rebecca, éramos.

—E você tem coragem de vir me dizer isso na maior tranquilidade? —Pergunto, incrédula.

—Eu vim dizer o tipo de mãe que você tem. E eu lamento muito por isso.

—Como meu pai foi parar no hospital? 

—Ela deu um remédio muito forte pra ele, consequentemente o fez extremamente mal. E foi proposital.

—E o infarto? —Pergunto.

—Era mentira. 

—E por que você cobriu isso? Por que foi cúmplice dela? —Levanto, irritada.

—Eu não resisti a ela, Rebecca. E os planos dela eram ótimos. Sabe o colar que você ganhou do Raphael? Ela penhorou. 

—Ela disse que

—Não, Rebecca, ela não vendeu. Aquela história só foi para você ficar com pena.

—Não é possível. —Sussurro.

—E sobre a quantia para pagar o hospital, seu pai já pagou. A história que ela inventou para o Raphael para pagar o hospital, só foi um pretexto. O dinheiro sempre foi pra ela.

—E você não disse nada antes por quê? —Pergunto, em alto tom.

—Eu já disse, Antonelli, eu estava envolvido.

—Quando vocês se conheceram? —Pergunto.

—Na segunda semana que vocês vieram pra São Paulo.

—Então vocês planejaram isso a meses?

—Sim.

—Qual é a sua intenção de me contar? Quer se vingar dela? —Pergunto.

—Não. Não quero me vingar de ninguém.  Eu só quero pedir desculpas por tudo. 

—Suas desculpas não vão cobrir o que vocês fizeram.

—É de coração, Rebecca. Desculpe, de verdade. E eu estou disposto a pagar pelo menos a metade do que não era meu.

—Não é só a mim que você deve desculpas. —Digo.

—Eu sei. E eu quero que vocês saibam que eu estou disposto a ajudar no que for preciso.

—Sai da minha sala. —Digo.

—Eu entendo sua raiva, e eu vou respeitar. Mais uma vez, desculpa. —Diz e sai.

Ponho a mão em meus cabelos e bufo.

Quando vou ter paz com esse assunto? Quando?

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Hoje tem Palmeiraaaassss!!!💚

Eu não mereço você | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora