Capítulo 18 • Decisão

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Rebecca Antonelli |

Eu não consegui dormir à noite

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Eu não consegui dormir à noite. Estava pensando muito sobre as coisas que minha mãe falou. 

Infelizmente eu não posso ajudar meu pai com o dinheiro que tenho porque é muito pouco. Comecei a pouco tempo a trabalhar na pediatria, então será muito difícil conseguir dinheiro para pagar o tratamento do meu pai. 

Isso não pode estar acontecendo. Meu pai não pode ficar mal, não pode ficar doente. Ele não tem noção do tanto que eu preciso dele comigo.

E sobre o que minha mãe falou primeiro ontem, é algo que está mexendo muito comigo.

A vida do meu pai e a minha felicidade estão em jogo…

Não, Rebecca, você não pode fazer isso, não pode.

Você não é assim! 

—Filha, pensou no que falei a você ontem? —Minha mãe pergunta.

—Eu não posso fazer isso. 

—Lembre-se que a vida do seu pai está em risco. E só você pode ajudá-lo. Você sabe que pode fazer isso. —Disse.

—Você não percebe que eu posso machucar alguém que não tem nada haver com isso? —Pergunto.

—Melhor do que matar seu pai. —Levantou da mesa.

Coloquei meus cotovelos na mesa e apoiei minha cabeça nas minhas mãos.

—O que aconteceu, meu amor? —Meu pai pergunta.

—Pai? —Enxugo as lágrimas. 

—Por que está chorando? O que aconteceu? —Pergunta, preocupado.

—N-nada. Eu estou bem. Só estou com sono. —Ri, fraco.

—Tem certeza? 

—Tenho, não precisa se preocupar. —Digo.

—Ok. Mas se estiver com algum problema, sabe que pode contar para mim, né?

—Claro que sim. —Sorri sem mostrar os dentes.

E foi aí que me deu mais vontade de chorar…

Depois do café, saí da mesa e fui para o meu quarto.

Eu já tomei uma decisão.

Eu sei que vai doer, eu vou me machucar e principalmente, machucar quem menos merecia isso (mesmo não o suportando). 

Fui onde minha mãe estava e a encontrei lendo uma revista.

—Espero que tenha boas notícias. —Disse.

—Eu volto a dizer que isso é um absurdo! 

—Então aguente as consequências. —Disse.

—Eu vou fazer o que disse.

—É assim que se fala, filha! —Me abraçou. —Já começaremos hoje mesmo.

—Hoje? Assim, do nada?

—Não é do nada e você sabe disso, minha linda. —Disse e eu saí.

Uma parte de mim implora para que o Raphael não tenha um pingo de interesse por mim.

|| Continua ||

Eu não mereço você | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora