Onde os pais de Rebecca Antonelli precisam de dinheiro para pagar suas grandes dívidas e então, a mãe dela a obriga a se relacionar o mais rápido possível com o filho dos melhores amigos do casal, o jogador de futebol bem sucedido, Raphael Veiga.
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Estou cansado, mas feliz.
Cansado da longa viagem, mas feliz pela partida e pela vitória. E mais ainda de já estar em casa e logo poder ver a Becca.
Abro a porta lentamente para não fazer barulho, e deixo minha mala em um cantinho.
Já é 02:30, e eu só preciso da minha cama…. e da Becca.
Entro no quarto e vejo a Becca lendo um livro.
—Princesa. —Sorri. —Acordada a essa hora?
Vou até ela, mas ela se esquiva.
—O que aconteceu? —Pergunto.
Ela permanece olhando para o livro.
—Ei, que olhos inchados são esses? Você está bem, meu amor? —Começo a ficar preocupado.
—Até quando ia esconder de mim? —Pergunta, finalmente olhando para mim.
—Esconder o quê?
—Você ia esperar seu filho nascer pra me contar que vai ser pai?
—O quê?
—Ia esperar ele nascer pra me largar e voltar pra Bruna? É isso? —Pergunta, com a voz embargada.
—Eu não estou entendendo…
—Por que não me contou que a Bruna está grávida de um filho seu? Por quê?
—Quem disse isso? —Pergunto, incrédulo.
—Ela veio aqui ontem, disse que queria falar com você, mas eu pedi pra que ela deixasse o recado comigo. E ela me contou da gravidez. Que por sinal é de cinco meses, Raphael. —Uma lágrima escorre do seu rosto.
—Ela está mentindo! —Digo.
—Não nos conhecíamos há cinco meses atrás, Raphael. —Sussurra. —Por que escondeu isso de mim?
—Eu ia contar
—Ia contar? Quando? E por que disse que é mentira?
—Me deixa explicar, por favor. —Digo, nervoso.
—Então explica, Raphael. Porque minha cabeça está explodindo com isso!
—É verdade, antes de eu e você nos conhecermos ela já estava grávida. E em breve íamos nos casar.
—Meu Deus, Raphael! E por que deu em cima de mim? Por que você fez isso sendo que ia se casar e ia ser pai!
—Porque eu não soube mais de nada! Do nada a Bruna sumiu. Eu não tive mais notícias dela, nenhuma. Eu não sabia do bebê, nem dela, nem de nada a respeito. Ela disse que eu deveria seguir minha vida.
—E você deixou ela ir mesmo estando prestes a se casar?
—Ela foi sem eu saber. E eu conheci você, Rebecca. A única pessoa que eu mais amei.
—Não faça esses joguinhos, não diga essas mentiras. —Limpou suas lágrimas.
—Não é mentira, Rebecca. Eu juro. E então eu segui minha vida com você.
—Uma hora ela ia voltar, e possivelmente com a barriga à mostra. E o que restaria de mim? Eu sairia nas páginas de fofoca como sua amante? Como a pessoa que destruiu sua família, sem saber de nada?
—Mas é claro que não, Rebecca! Eu nunca permitiria que falassem assim de você.
—Então por que não me contou nada?! Por quê? Qual era o seu intuito?
—Ela me procurou e disse que tinha perdido o bebê.
—Quê?
—Eu ia contar no mesmo dia que ela me procurou. Mas ela me disse o que aconteceu, então eu pensei que não faria mal não te contar.
—Não mente pra mim. —Sussurra.
—Eu juro que é verdade, meu amor. Por favor, acredita em mim. Eu não ia mentir pra você. —Pego em sua mão.
—Raphael.
—Eu não sei porque ela disse que está grávida, sendo que ela me disse que havia perdido o bebê. Desde aí, eu não soube de mais nada.
—Está falando sério? —Pergunta.
—Sim, meu amor. Acredita em mim, por favor. —Digo. —A intenção dela é nos separar. É tudo o que ela quer. Por isso disse isso a você.
—Eu fiquei tão triste quando ela me contou. —Disse.
—Por que não ligou pra mim? Eu falaria tudo.
—Eu não queria encher sua cabeça um dia antes de um jogo.
—Você deveria ter me ligado, meu amor. —Digo.
—Agora tá tudo bem. Desculpa por isso.
—Não tem que se desculpar. A culpa foi minha minha de não ter falado nada pra você.
—Eu te amo. —Disse e me beijou.
—Eu te amo, princesa. E já estava com muita saudade de você. —Sorri e a beijei.
—Me promete que agora em diante não teremos mais segredos? —Pergunta.
—Prometo… mas, segredos bons que não prejudicam em nada, é válido? —Pergunto.
