Onde os pais de Rebecca Antonelli precisam de dinheiro para pagar suas grandes dívidas e então, a mãe dela a obriga a se relacionar o mais rápido possível com o filho dos melhores amigos do casal, o jogador de futebol bem sucedido, Raphael Veiga.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sento no sofá e levo minhas mãos à cabeça.
—Por que, Deus? Por quê?
—Por que eu escolhi ela? Tinha tanta gente…
Eu fui tão ruim assim pra você, Rebecca?
Olho para o lado e só agora percebo o que ela fez…
"Bem vindo novamente, meu seleção"
Doces, salgados e um vinho…
Pego o vinho e abro, bebendo na garrafa mesmo.
[...]
Bebo o último gole da garrafa e pego meu celular, olhando a nossa foto.
—Quem vê esse rosto não imagina a grande traidora que há por trás dele. —Digo, com as palavras enroladas.
—Se o seu grande objetivo era me fazer sofrer, parabéns, Rebecca Antonelli, você conseguiu. —Digo, ainda olhando a foto.
Largo o celular e soco o nada.
Mais uma vez eu fui decepcionado.
Rebecca Antonelli |
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Bato na porta pela terceira vez, e ela finalmente é aberta.
—Becca?
—Eu magoei ele. —Digo chorando, e ela me abraça.
—O que foi, Becca? Você magoou quem?
Ela me puxou para dentro de seu apartamento e me ajudou a sentar no sofá.
—E-eu não consigo falar. —Digo, chorando.
—Calma, respira fundo. Eu já volto.
Parece que qualquer palavra me faz chorar mais ainda.
—Toma. —Disse, me entregando um copo.
—O que é isso? —Pergunto.
—Suco de maracujá. Vai acalmar você.
—Nada consegue me acalmar agora. —Digo.
—Bebe, Rebecca.
Pego o copo e tomo o suco que havia.
Fico em silêncio por alguns minutos e a Mari me olha.
—Agora conta, o que aconteceu?
—Eu perdi o Raphael. —Sussurro.
—O que? Como? O que aconteceu?
—Ele me mandou embora.
—Por nada?
—Não, Mari, por um lado eu mereci.
—O que você fez, Becca? —Pergunta, triste.
—Eu, querendo ou não, acabei usando ele. —Digo, e várias lágrimas escorrem.
—Por que?
—Meu pai estava doente, e aquela mulher… A Fernanda, me forçou a namorar com o Raphael, mesmo eu não gostando dele. Só pra poder salvar a nossa empresa.
—A Fernanda fez isso?
—Sim, ela fez.
—Eu não sabia que tinham uma empresa.
—Temos em Madrid, mas está falindo porque meus pais gastaram muito dinheiro. Já deve ter falido.
—Você não deveria ter aceitado isso, Rebecca.
—Eu sei, mas eu aceitei e agora estou pagando por isso. E ainda fui acusada por uma coisa que eu não fiz.
—Tem mais coisa ainda?
—Ele me acusou de traição.
—O quê? Espera, não, isso você nunca faria, eu tenho certeza disso. Ou estou errada?
—Não, Mari. Eu nunca trairia o Raphael! —Digo chorando.
—Por que ele acusou você sem provas?
—Ele tem uma foto.
—Que foto? —Me olha estranho.
—Quando eu estava conversando com o Yuri na festa ontem.
—Ele acha que isso é prova?
—Acha. —Olho para baixo.
—E quem falou pra ele sobre aquilo?
—Eu não sei. —Sussurro.
Começo a lembrar de 3 dias atrás e levanto.
Eu não acredito.
Não pode ser.
—Mari, eu preciso sair. —Digo, limpando as lágrimas.
—Onde vai?
—Eu preciso resolver um problema. — Digo.
—Rebecca.
—Não é nada demais. —Digo.
—Eu não vou deixar você sair assim, Rebecca.
—Mari, por favor.
—Não, Rebecca. Você não tem condições de dirigir, você não está bem.
—Eu vou dirigir com cuidado, Mariana.
—Por que faz isso com meu coração, Rebecca?
—Mari.
—Está bem, Rebecca Antonelli. E pode deixar sua mala aqui porque vai ficar aqui.
—Muito obrigada, Mari. —A abraço.
—Estou aqui pra isso. Só espero que não faça nenhuma besteira.
—Fica tranquila. —Pisco o olho e saio.
Vou para o estacionamento e respiro três vezes, ao entrar no carro.
—Isso não vai ficar assim. —Limpo minhas lágrimas.
