Capítulo 8 • Tapinha

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Raphael Veiga |

Mais umas semanas se passaram e ontem a Bruna completou 2 meses e meio de gravidez

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Mais umas semanas se passaram e ontem a Bruna completou 2 meses e meio de gravidez. Sim, quando ela descobriu, já estava com um mês.  A levei para jantar para comemorarmos. Após o jantar, ela insistiu muito em dormir aqui e então eu aceitei. Mas só dormimos mesmo.

—Bom dia, lindo. —Me beijou.

—Bom dia. —Sorri sem mostrar os dentes. —Dormiu bem?

—Perfeitamente. —Disse se sentando.

Durante a semana, uma coisa ficou martelando na minha cabeça. Pensei em perguntar a Bruna ontem, mas preferi deixar para perguntar hoje, mais especificamente, agora.

—Aconteceu alguma? Parece estar inquieto. —Pergunta ela.

—Bruna, você está grávida a dois meses, certo?

—Sim.

—Por que sua barriga ainda não cresceu? Sua barriga continua a mesma de sempre.

—É-é isso é normal. —Gagueja.

—Olha, pelo o que vi, a barriga da maioria das mães já está "grandinha" , digamos assim, com dois meses.

—Você disse a maioria, não é? Não são todas.  Então, é provável que a minha cresça mês que vem, não sei. 

—Você não sente nada?  —Pergunto.

—Não, eu deveria?

—Você está grávida, Bruna. 

—Não são todas as grávidas que sentem tudo, Raphael. Quer saber, vou subir. 

—Você nem comeu. Você e o bebê precisam se alimentar. —Digo.

—Tchau, Raphael.

Eu só fiz uma pergunta, que por sinal era extremamente simples! 

Terminei meu café e fui para o treino.

[...]

—Pique! —Digo e o abraço.

—E aí, RV!—Retribui o abraço.

—Como vão as coisas?

—Ótimas. —Disse. 

—Que bom.

—Bora conversar em outro lugar? —Pergunto.

—Bora.

Fomos até um restaurante que havia aqui perto da Academia Palmeiras.

—Fiquei sabendo que vai ser pai. —Disse o Uruguaio.

—Quem te falou? O Zé?

—Não, a Bruna disse.

—Como assim? Ela falou com você?

—Ela foi no treino hoje. Você não viu?

—Não, não vi. 

—Cara, com assim? Ela passou por vários corredores para chegar à sala da Martina.

—Eu não vi. Talvez eu estivesse no vestiário. Espera, o que ela foi fazer na sala da Martina?

—Foi dizer que estava grávida e que o seu caminho não está mais livre para ela. —Riu. —Disse também que irão se casar.

—O que deu nela para falar isso a Martina? Será que ela esqueceu que vocês estão muito bem casados? 

—Relaxa, Rapha. Eu e a Martina não ligamos para isso. Mas, o fato de você ser pai e se casar com ela, é verdade?

—Sim.

Pique acabou se engasgando com o copo de suco dele.

—Quer um tapinha nas costas? —Pergunto, rindo.

—Quer vergonha na cara? —Pergunta ele.

—Oi? 

—Cara, é sério que depois de ela ter traído você e ainda te fazer infeliz, você vai se casar com ela? E ainda por cima, a engravidou! 

—Eu sei que eu errei, mas aconteceu. Já era. E me casar com ela é minha única escolha! 

—Você sabe que não é. —Disse.

—É sim.

—Não, não é. Acorda, Raphael. Não é porque ela terá um filho seu que vocês devem se casar.

—A Bruna não vai aceitar isso. Ela quer que nos casemos, do contrário, ela não vai deixar eu ver o bebê! —Digo.

 —Vocês devem chegar a um acordo. Não simplesmente deixar ela decidir tudo. Assuma o filho e seja sempre presente. Cumpra seu dever de pai.

—Não, Joaquín. Não é tão fácil assim. Se eu não puder ver meu filho, vou entrar na justiça sobre isso. E infelizmente eu não vou ganhar, porque ela é a mãe e tem que ficar com o filho até não sei quando. E só após isso, eu poderei entrar novamente na justiça e etc. É uma burocracia e tanto!

Digo e ele ficou calado.

—Agora me entende? —Pergunto.

—Entendo. Mas, você tem certeza mesmo que ela está grávida e que o filho é seu? 

—Por que ela mentiria? 

—Você conhece ela melhor que muita gente.

—É, eu sei. Mas não há porque mentir.

—Não, imagina, ela só quer te obrigar a casar com ela por causa disso. —Disse e eu bufo.

—Está bufando por quê? Essa é a verdade, Raphael Veiga. —Disse.

—Por que todos dizem que ela está mentindo? 

—Cara, isso é um assunto muito sério. Eu sei que ela é a mãe e pode estar falando a verdade mas, você conhece ela muito bem e só você está acreditando nisso, ninguém mais. Tanto é que você havia me dito que não se relacionava com ela a um bom tempo.

—Eu prefiro acreditar do que pensar que ela possa ter chegado a esse ponto.

—Desconfie, procure saber mais, procure os médicos, sei lá, porque você está colocando a sua própria felicidade em jogo.

|| Continua ||

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