Capítulo 27 • Corpo

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Rebecca Antonelli |

Acordei com um pouco de dor na cabeça

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Acordei com um pouco de dor na cabeça. Me mexi e senti um corpo colado no meu. 

Olhei para cima e dei de cara com o Raphael dormindo. Não…

Olhei para meu corpo que está sem roupa alguma.

Ah não!

Saí rapidamente daquela cama e fui catando minhas roupas no chão.

Aonde eu estou?

—Becca? —Pergunta.

—R-Raphael?

—O que aconteceu? Por que saiu tão rápido da cama? —Pergunta, coçando os olhos.

—Você viu seu corpo?  —Pergunto.

Ele olhou e sorriu de canto.

—O que tem? 

—O que têm Raphael? —Pergunto indignada.

—Você não queria? 

—Não! —Digo mas logo me arrependo.

—Meu Deus, Rebecca, me perdoa. —Disse.

—Não foi o que eu quis dizer… —Digo arrependida.

—Me desculpa mesmo. E-u não consigo lembrar de nada. —Disse um pouco nervoso.

—Eu me expressei errado, Raphael. É que, eu não consigo lembrar de nada, entende?

—Não precisa se justificar, Becca. —Disse e levantou, pegando suas roupas.

Enquanto ele pegava suas roupas, deixei escapar alguns olhares sobre seu corpo. E que corpo!

—Raphael, onde estamos? —Pergunto.

—Na casa do Dudu.

—Meu pai deve estar muito preocupado comigo, eu preciso voltar logo. —Digo.

—Você já está pronta? —Pergunta.

—Sim.

—Então vamos. —Disse e nós descemos.

Encontramos a Paula, esposa do Dudu. Agradecemos pela festa e por ter nos emprestado o quarto e fomos embora.

Durante o caminho de volta para minha casa, o clima entre eu e o Raphael não foi nem um pouco legal. E eu não tenho o que dizer para acabar com esse clima.

—Becca, você ficou brava comigo? —Pergunta ele.

—Não. —Digo olhando para baixo.

—Tem certeza? 

—Tenho. É, obrigada pela carona e por ter me levado a festa ontem. Até o que eu me lembro, eu me diverti muito. —Ri fraco e o olhei.

—Primeira de muitas. —Sorriu.

—É melhor eu entrar… Tchau, Raphael. Mais uma vez, obrigada.

—Tchau, linda. —Ele se aproximou mas eu recuei.

Sorri sem mostrar e saí do seu carro e fui para minha casa.

—Rebecca! —Meu pai me abraçou.

—Oi pai. —Sorri no abraço.

—Sua mãe disse que você foi a uma festa na casa do Dudu do Palmeiras.

—É.

—Quando ia me contar do Raphael? —Se sentou.

—Eu ia contar ontem, mas, eu não vi o senhor. —Digo.

—Não era você quem não gostava dele? 

—Aconteceu, pai. —Sorri sem graça.

—Olha, eu gosto muito do Raphael, inclusive acho ele uma pessoa ótima para você. Mas, isso aconteceu repentinamente…

—Vê só como são as coisas, não é? Aconteceu sem eu mesma perceber.

—Eu espero muito, muito mesmo, que vocês sejam muito felizes. —Beijou minha cabeça e saiu.

—Dificil. —Sussurro e vou para o meu quarto.

|| Continua ||

Eu não mereço você | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora