Onde os pais de Rebecca Antonelli precisam de dinheiro para pagar suas grandes dívidas e então, a mãe dela a obriga a se relacionar o mais rápido possível com o filho dos melhores amigos do casal, o jogador de futebol bem sucedido, Raphael Veiga.
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Fiquei observando os presentes e uma "dor" se instalou sobre mim.
Ele gastou com coisas caras comigo…
Eu não mereço um terço do que ele faz para mim.
—Eu não mereço você. —Sussurro.
—Bom dia. —Ouço uma voz. —Que coisas lindas! São para você? —Minha mãe pergunta.
Enxugo as lágrimas e apenas concordo com a cabeça.
—Foi o Raphael que mandou?
—Sim. —Digo olhando para o nada.
—Agora eu entendo o fato de você estar chorando… Quem não iria chorar em ter um namorado tão maravilhoso assim? —Riu.
Eu não disse nada e apenas fiquei observando os presentes.
—Eu não acredito que você está triste. —Riu desacreditada.
—Eu não posso ficar feliz com isso. —Digo.
—Você recebeu essas coisas caras do seu namorado ainda fica triste? Não, né, Rebecca.
—Será que você não entende? É exatamente pelo fato de receber essas coisas do Raphael que eu fico triste.
—Ele é seu namorado, Rebecca!
—Ele é meu namorado, mas eu não sou a namorada dele.
—Oi?
—Eu não sou um terço do que ele é pra mim. Eu não faço um terço do que ele faz por mim. Você acha que eu posso ficar feliz em receber presentes dele e eu não ser capaz de sequer dizer um "eu te amo" para ele? Você acha justo isso? —Digo chorando.
—Se você não faz essas coisas, é porque não quer.
—Eu fui obrigada por você a namorar com ele.
—Não é possível que nesse um mês de namoro você não sinta um pingo de amor por ele, Rebecca.
—Mesmo se sentisse, não é justo o que eu estou fazendo com ele.
—Ele nem vai saber.
—A mentira tem perna curta. —Digo.
—Que seja. Se você fizer tudo certo, ele não vai descobrir. E se descobrir, já vai ser tarde demais.
—Exatamente, tarde demais para retribuir o que ele é para mim. No momento ele e descobrir o que nós fizemos, vai ser horrível.
Pego os presentes e vou para meu quarto.
Eu não posso ficar com essas coisas…
Será que eu devolvo?
Raphael Veiga
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—Ela amou os presentes. —Sorri.
—Fico feliz. —Gabriel sorriu. —Bom, já está na hora de irmos.
—Biel, talvez seja coisa minha, mas não estou com uma sensação muito boa. —Digo.
—Por que?
—Não sei explicar, é estranho.
—Relaxa, você deve estar nervoso. Vai dar tudo certo.
Hoje meus amigos irão se casar e eu serei padrinho deles, só que ainda não sei quem será a madrinha comigo. E isso é o que está me incomodando muito.
