Capítulo 6 • Guarda

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Raphael Veiga |

Raphael Veiga |

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-Pode falar. -Digo.

-É verdade que a Bruna está grávida? -Pergunta.

-Sim, pai, é verdade.

-Você não havia dito que fazia tempo que não a via?

-Disse, mas ela apareceu a pouco tempo e me contou.

-Você ainda gosta dela?

-Pra ser sincero, não.

-E por que irão se casar?

-Porque eu quero ver meu filho crescer. Não quero ele longe de mim.

-Por que diz isso?

-A Bruna mora no Rio de Janeiro, pai. Ela não vai levar o bebê para eu poder ver. E muito menos me deixar vê-lo.

-Como assim? Você é o pai, tem o direito.

-Eu sei. E para evitar qualquer tipo de confusão, o que me resta é casar com ela.

-Você não é obrigado a fazer isso, Raphael.

-Nessas condições, eu sou sim. -Digo.

-Já ouviu falar de guarda compartilhada?

-Pai, por favor, não insista.

-Estou falando por você e pela sua felicidade, filho. Eu sei que não quer casar com ela.

-Não quero mesmo, pai. Mas é o que me resta. Eu não tenho outra escolha.

-Olha, eu sei que um filho é a coisa mais preciosa que temos, mas, você tem certeza que esse bebê é seu mesmo?

-Eu sei que é.

-Você não irá fazer o exame de DNA?

-A Bruna não seria capaz de criar uma mentira dessas.

-Você sabe que eu não confio nela, não é?

-Eu sei.

-Raphael, você pode mentir pra qualquer um, menos para mim.

-Sobre?

-Você não está convencido da sua resposta e dá para ver na sua cara.

-Estou.

-Não, não está.

-Está bem, pai. Eu tenho dúvidas também, porque o tempo não bate. Mas ela não pode ter chegado a esse ponto. -Digo.

-Você já tem minha opinião. Agora irei descansar, estou precisando. -Sorriu.

-Está bem. Boa noite, pai.

-Boa noite, filho. Você sabe que tudo o que precisar, pode contar comigo.

-Sei sim. -Digo e o abraço. -Obrigado.

Ele subiu e então eu me ajeitei no sofá, para assistir algum filme.

Alguns minutos se passaram e meu celular tocou.

-Oi, amor. -Disse do outro lado da tela.

-Oi.

-Está bem? -Pergunta.

-Sim, e você?

-Melhor agora. Vamos sair hoje?

-Da pra ser outro dia? Estou cansado.

-Então vou aí.

-Bruna, é melhor não.

-Por que? Eu quero ver você.

-Meus pais estão aqui e eu não quero nenhuma confusão. -Digo.

-Está bem, Rapha. Mas, a partir de amanhã quero que você comece a sair comigo.

-Para onde?

-Para vários lugares.

-Para?

-Para ajeitarmos tudo para o casamento.

-Será que não dá para ser daqui a alguns meses?

-Não, Veiga. Nós já esperamos demais.

-Mas antes não estávamos juntos.

-Por isso mesmo. Não quero desculpas amanhã, Raphael.

-Amanhã tem jogo treino do Palmeiras.

-Joga depois você me busca.

-Ok Bruna.

-Depois que você terminar de jogar, toma um banho primeiro depois me busque. Não estou afim de sair com você sujo.

-Eu nunca saí assim com você, Bruna.

-Você está muito rebelde, Raphael, vai que do nada você apareça desarrumado para me buscar.

-Boa noite Bruna.

-Até amanhã, meu bem.

Por que meu caminho cruzou com o dessa mulher?

Eu poderia me casar com qualquer pessoa, menos com ela!

|| Continua ||

Eu não mereço você | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora