Raphael Veiga |
-Pode falar. -Digo.
-É verdade que a Bruna está grávida? -Pergunta.
-Sim, pai, é verdade.
-Você não havia dito que fazia tempo que não a via?
-Disse, mas ela apareceu a pouco tempo e me contou.
-Você ainda gosta dela?
-Pra ser sincero, não.
-E por que irão se casar?
-Porque eu quero ver meu filho crescer. Não quero ele longe de mim.
-Por que diz isso?
-A Bruna mora no Rio de Janeiro, pai. Ela não vai levar o bebê para eu poder ver. E muito menos me deixar vê-lo.
-Como assim? Você é o pai, tem o direito.
-Eu sei. E para evitar qualquer tipo de confusão, o que me resta é casar com ela.
-Você não é obrigado a fazer isso, Raphael.
-Nessas condições, eu sou sim. -Digo.
-Já ouviu falar de guarda compartilhada?
-Pai, por favor, não insista.
-Estou falando por você e pela sua felicidade, filho. Eu sei que não quer casar com ela.
-Não quero mesmo, pai. Mas é o que me resta. Eu não tenho outra escolha.
-Olha, eu sei que um filho é a coisa mais preciosa que temos, mas, você tem certeza que esse bebê é seu mesmo?
-Eu sei que é.
-Você não irá fazer o exame de DNA?
-A Bruna não seria capaz de criar uma mentira dessas.
-Você sabe que eu não confio nela, não é?
-Eu sei.
-Raphael, você pode mentir pra qualquer um, menos para mim.
-Sobre?
-Você não está convencido da sua resposta e dá para ver na sua cara.
-Estou.
-Não, não está.
-Está bem, pai. Eu tenho dúvidas também, porque o tempo não bate. Mas ela não pode ter chegado a esse ponto. -Digo.
-Você já tem minha opinião. Agora irei descansar, estou precisando. -Sorriu.
-Está bem. Boa noite, pai.
-Boa noite, filho. Você sabe que tudo o que precisar, pode contar comigo.
-Sei sim. -Digo e o abraço. -Obrigado.
Ele subiu e então eu me ajeitei no sofá, para assistir algum filme.
Alguns minutos se passaram e meu celular tocou.
-Oi, amor. -Disse do outro lado da tela.
-Oi.
-Está bem? -Pergunta.
-Sim, e você?
-Melhor agora. Vamos sair hoje?
-Da pra ser outro dia? Estou cansado.
-Então vou aí.
-Bruna, é melhor não.
-Por que? Eu quero ver você.
-Meus pais estão aqui e eu não quero nenhuma confusão. -Digo.
-Está bem, Rapha. Mas, a partir de amanhã quero que você comece a sair comigo.
-Para onde?
-Para vários lugares.
-Para?
-Para ajeitarmos tudo para o casamento.
-Será que não dá para ser daqui a alguns meses?
-Não, Veiga. Nós já esperamos demais.
-Mas antes não estávamos juntos.
-Por isso mesmo. Não quero desculpas amanhã, Raphael.
-Amanhã tem jogo treino do Palmeiras.
-Joga depois você me busca.
-Ok Bruna.
-Depois que você terminar de jogar, toma um banho primeiro depois me busque. Não estou afim de sair com você sujo.
-Eu nunca saí assim com você, Bruna.
-Você está muito rebelde, Raphael, vai que do nada você apareça desarrumado para me buscar.
-Boa noite Bruna.
-Até amanhã, meu bem.
Por que meu caminho cruzou com o dessa mulher?
Eu poderia me casar com qualquer pessoa, menos com ela!
|| Continua ||
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Eu não mereço você | Raphael Veiga
RomantizmOnde os pais de Rebecca Antonelli precisam de dinheiro para pagar suas grandes dívidas e então, a mãe dela a obriga a se relacionar o mais rápido possível com o filho dos melhores amigos do casal, o jogador de futebol bem sucedido, Raphael Veiga.