TUDO POR ELA - Livro 2 Duologia "IRMÃOS FONTANA"

DESESPERO

MATTEO FONTANA GONZÁLEZ

Ele pedi para eu sentar, mas caralho eu não vou sentar eu quero ver ela logo.

Ela tem que estar bem, ela tem que estar.

- por favor Dr seja breve - falo o encarando ainda em pé, ele me encara e vê o pesar em meus olhos e  suspira fundo antes de começa a falar.

- certeza que não quer se sentar - pergunta pela última vez.

- já disse que não - falo áspero - ou você me fala logo como minha esposa está, ou eu passo por cima de quem for e vou atrás dela - digo e ele acena a cabeça, sabendo que eu farei isso.

- bem, - começa - A Aurora tinha tido uma melhora significativa no início do tratamento que o senhor a proporcionou - suspira - mas o estágio dela estava no um indo para o dois quando você começou com o tratamento correto - fala e sinto um ódio crescer em minhas veias em saber que agora ela está assim por conta do lixo do pai dela - infelizmente senhor Fontana, o caso da sua esposa não é mais simples - diz - ela não reage mais ao tratamento - fala e sinto minhas pernas falharem.

- como assim ? - pergunto com a voz falha.

- o caso dela agora será apenas cirúrgico, senhor - diz e sinto Paulo me ajudar a manter em pé - ela se encontra agora infelizmente no estágio 3 do câncer, e a única coisa que podemos fazer no momento é infelizmente um transplante de rim.

- mas vocês tem meios de consegui não tem ? - pergunto alterado - tem meios de colocar ela na lista, eu pago o que for dou todo meu dinheiro...

- infelizmente senhor dinheiro não é algo que a salvará no momento - fala sério - já a colocamos na lista de espera por um rim e infelizmente ou felizmente não sei como dizer, tem casos bem piores que o dela e ela não está numa posição de vantagem.

-. Então você está dizendo que ela vai morrer - falo com a voz alterada e falha.

- eu estou dizendo senhor que ela terá que ter um transplante urgente de rim para que seu caso não avance - suspira - nenhum de seus rins está funcionando perfeitamente, e agora se não fizermos um transplante com urgência  ela pode correr o risco de apresentar metástases - diz e minha respiração parece falhar-  pode apresentar metástases nos ossos, pulmão e outros órgãos e nesses casos infelizmente não temos o que fazer.

Olho para lados e meus homens estão com olhos cheios de lágrimas, eu não vou perder ela não vou mesmo, seco rapidamente uma lágrima que cai, não quero abaixar a guarda, mas ser sério o tempo todo não consigo.

- se o tratamento tivesse acontecido antes a chance dela seria maior ? - pergunto e ele me olha aceno em confirmação.

- esse câncer se encaixam em uns que tem a mortalidade menor, porém deve-se começar no início como qualquer outro para ter sua chance de cura maiores.

Suspiro sabendo que hoje eu irei matar esse fila da puta do pai dela por a ter negligenciado nesse nível.

- Poderia me levar até ela ? - pergunto ao médico que se dispõem em me acompanhar.

- eu acompanho o senhor.

Seguimos até um quarto particular e entro devagar olhando o ambiente.

A vejo deitada desacordada provavelmente dopada de remédios para dor e para dormi.

Lucy está do lado dela chorando em silêncio, quando me vê e vem em minha direção.

Eu a abraço e a aperto enquanto ela fala algo baixo.

- eu não pude fazer nada menino...

- não diga isso Lucy, você fez o certo, infelizmente não tinha outra coisa a se fazer - a corto consolando.

Ela olha em meus olhos e sorri triste afagando meu rosto.

- ela vai ficar bem - diz e seca uma lágrima minha - eu vou ver vocês juntos construindo sua família, felizes - sorrio e minhas lágrimas caem.

- você poderia informar tudo que aconteceu aqui hoje para Ettore - falo e ela me encara confirmando - precisarei da ajuda dele - digo e ela confirma indo ligar para meu irmão.

Caminho até a cama do hospital e a olho ligada a inúmeros aparelhos, essa cena seria uma que nunca gostaria de ver na vida.

Me aproximo mais dela até estar em seu lado e lhe dou. Beijo na testa tendo uma de minhas lágrimas caindo sobre seu rosto.

Limpo a lágrima e acaricio a observando, me aproximo mais do seu rosto e a afago.

- eu vou te salvar meu amor - digo baixo para ela - eu e você ficaremos juntos - digo - eu te amo.

Me levanto com meu semblante triste e decidido.

Ando em passos pesados até a porta onde o médico se encontra, paro e viro meu rosto para ele que me observa.

- quanto tempo ela tem - pergunto e ele me encara.

- diria que no máximo dois meses, para começar as pioras - fala me encarando - mas como eu disse...

- desculpe pela grosseria Dr, mas não quero saber de nada além de quanto tempo eu tenho - falo e ele me olha confuso.

Passo pela porta e avisto Lucy.

- ligou para meu irmão Lucy.

- sim senhor, ele está vindo para cá agora mesmo - diz e sorrio.

- fique com ela por favor - falo e ela acena.

Saiu do hospital rapidamente e meus guardas vem atrás de mim.

- senhor ! - um deles grita tentando me parar enquanto correm em minha direção.

- senhor - outro fala bem próximo a mim  que já estou ao lado do carro, e me viro para ele andando em direção do banco do motorista com um expressão assassina no rosto.

- o que foi - pergunto e os três param.

- para onde o senhor vai ? - Paulo pergunta e eu  entro no carro travando as portas.

- o médico disse que ela precisa de um rim não disse - engatilho minha arma e coloco entre minhas pernas - pois bem ela terá esse rim - ligo o carro e acelero.