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MATTEO FONTANA GONZÁLEZ

Paro o carro em frente da mansão com a minha arma em punhos, dois guardas param em minha frente e me cumprimenta como seu chefe.

- onde está Alexandre - pergunto e eles se olham.

- bom senhor Alexandre está no fundo da mansão nesse momento entrando em seu helicóptero, ele disse que o senhor proporcionou uma viagem a ele.

- só se for para os quintos dos infernos - digo e escuto a aeronave decolar.

Ao escutar eu começo a correr para dentro com todas as forças possível, passo pela entrada e pela sala, corro como se a minha vida ou melhor a vida de Aurora dependesse disso.

Quando finalmente entro no quintal onde tem um local de pouso para helicóptero, vejo a aeronave na sobrevoando o local.

Engatilho minha arma e começo a disparar na aeronave.

Disparo uma, duas, três, quatro, cinco vezes até minhas balas acabarem.

- Seu figlo di una puttana ! - grito - Ti troverò e ti ucciderò ( eu vou te achar e te matar) - grito e vejo já inúmeros funcionários vindo para fora ver o que está acontecendo.

Alexandre então olha para fora da aeronave e da um sorriso nojento, voltando para dentro, esse filha da puta não perde por esperar.

Jogo a arma no chão em meio a uma crise de nervosismo e vejo alguns guardas chegarem, entro para dentro e puxo e pego meu celular ligando para Paulo.

- alô chefe - ele fala mais ainda estou meio desnorteado.

- Paulo arrume a sala de reuniões - digo - meu irmão esta vindo de jato para cá então ele chegará umas três horas mais rápido que o esperado - falo com a voz falha - quero que chame o máximo de soldados também  - digo firme - a cabeça de Alexandre está a prêmio - falo já saindo da casa indo em Direção do portão de entrada.

Respiro fundo e coloco as mãos em minha cabeça.

- faça o que mandei - digo.

- sim senhor, considere feito - fala e desligo a chamada.

Caminho ate meu carro desolado comigo, se tivesse chegado um pouco mas cedo.

Entro no carro e me permito chorar pela primeira vez desde que cheguei aqui.

Soco o volante do carro descontando toda minha raiva e angustia, até minha mão começar a sangrar.

Respiro fundo e começo a discar o número de Diandra.

O telefone chama, chama e no último toque ela atende.

- sabia que me ligaria um dia desses - fala com tom sensual e eu reviro os olhos de raiva.

- não estou para brincadeiras Diandra preciso de sua ajuda.- digo firme.

- você está com voz de choro ? - pergunta séria - você nunca chora...

- vai me ajudar ou não ? - pergunto.

- é sobre sua esposa né - fala séria.

- sim - digo sério pensando se ela vai me ajudar, até ouvir ela suspirar.

- o que precisa ? - ela diz e sinto finalmente um alívio em minhas costas.

- você é a única que já teve contato com o Rodrigo - falo - todos querem fazer negócio com ele e falar com ele mas nunca conseguiram alem de você.

- eu tenho o poder né meu bem - diz risonha, mas percebo que seu sorriso diminui quando ela começa entender o que vou pedir.

- eu quero entrar em contato com ele - digo e ela suspira.

- MATTEO, Rodrigo não funciona assim - diz suspirando - você nunca entra em contato com ele, ele entra em contato com você.

- você sabe o poder que temos - digo sério.

- sim sei muito bem e ele admira para um caralho você e seu irmão - mas os negócios dele é mais obscuros que os nossos - diz - tráfico de gente matteo, armas, ele não pode sair dando as caras por aí - fala e suspiro.

- diga que eu faço o que ele quiser - falo e então ela fica em silêncio.

- você deve amar ela demais para dar a sua vida de bandeja para o Rodrigo - fala e permaneço sério.

- eu daria minha vida em troca da dela - falo e posso a escutar resmungando, como se em seus cabeça lutasse para decidir se falaria ou não.

- tá - ela diz e sinto meus ombros leves - eu vou entrar em contato com ele e implorar para ele te ver - diz e sorrio finalmente de alívio - se ele quiser ele o encontrará entre esse mês...

- não - a corto - por favor eu tenho apenas dois meses no máximo, tem que ser breve - digo e ela bufa no outro lado da ligação.

- Afs cara você só me dá problema - suspira e continua - legal, vou dar um jeito de ele te ver essa semana, o fato de dar o que ele quiser em troca o deixará bem disposto a te ajudar.

Sinto meu corpo relaxar no carro, suspiro tentando manter a racionalidade e continuo a conversa.

- obrigada Diandra estou te devendo uma - digo e ela suspira falando.

- receba isso como um presente de casamento que eu não fui convidada - fala e posso sorrir com o seu humor ácido. - mas cá entre nós Matteo, quem você quer achar.

- como sabe que quero achar alguém ? - pergunto.

- o Rodrigo é igual um cão farejador, geralmente ou você quer algo no mercado negro ou quer encontrar alguém, apenas esse motivo para entrar em contato.

- meu sogro - digo e ela ri.

- desculpa mais isso soa engraçado -  ri baixo - deixa eu ver se adivinho o cara era um fila da puta de um carrasco e fugiu, e para sua infelicidade por ser pai dela, na teoria seria o único compatível - diz e eu concordo - que sorte em Matteo - fala e bufo.

- por favor fale com ele o mais rápido possível - digo e ela diz na maneira confiante de sempre.

- pode deixar comigo - fala rindo - eu vou te ajudar a achar e matar o teu sogro.

TUDO POR ELA - Livro 2 Duologia "IRMÃOS FONTANA"Onde histórias criam vida. Descubra agora