CONFRONTO

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MATTEO FONTANA GONZÁLEZ

Desço do carro engatilhando minha arma, olho para o lado e vejo Pedro e Paulo saindo de outros dois carros, nos aproximamos enquanto os vejo se armando e ficando próximo a mim.

- André me ligou - Paulo diz - acha que pode ser mesmo o Alexandre pergunta desconfiado e vejo Pedro o olhando como se compartilhasse do mesmo sentimento.

- André é muitas coisas, mas algo que eu admiro é seu campo de visão - falo - se ele disse ser aquele verme - falo dando uma pausa - então é aquele verme.

- como pretendente fazer ? - Pedro pergunta e olhamos para as ruas lotadas de turistas aproveitando uma tarde carioca.

Varro o local com o olhar e vejo apenas obstáculos.

Vários prédios próximos, local repleto de pessoas e para finalizar, ele escolheu o único prédio que permite a entrada de pessoas facilmente.

Suspiro analisando as formas de entrar.

Entrar será fácil, mas desviar das demais pessoas não, esse sera nosso obstáculo maior, tentar não matar ninguém inocente.

- o negócio é o seguinte - suspiro - você sobre pela direita - apontei para Paulo - você fica aqui na entrada e sobe pela escadaria de trás - falo para Pedro.

Escutamos os passos de André apressados até nos e ele né encara .

- o que precisa que eu faça? - ele pergunta parando em minha frente.

- você vai ficar na entrada - olho firme para ele - quando entrarmos, não deixe ninguém mais entrar e ninguém mais sair - digo e o vejo olhar desesperado para a porta que tem inúmeras pessoas passando ao mesmo tempo.

- mas como vou fazer isso - diz ainda encarando a porta.

- eu não sei - digo sério - só quero que o faça - falo e ele assenti com a cabeça.

Eu mais meus guardas seguimos até a porta do prédio.

Antes de entrar vejo Pedro dando a volta pela lateral para entrar pelos fundos.

Eu mais Paulo entramos e ele segue pelo corredor da direita.

Continuo andando até passar pela recepção aqui no térreo, olho para os dois lados e puxo a ficha sobre a bancada para mais perto.

Agradeço a Deus por ter o nome com inicial A que assim facilitou a busca por seu nomes, passo sós dedos pela prancha com os nomes escritos e avisto três Alexandre, bufo de raiva e me viro rapidamente em direção do elevador que fica em frente da entrada.

Entro olhando para a entrada e vejo André perdido sem o que fazer, seguro a porta para tentar pensar em algo para falar a ele até que o vejo ele para colocar a mao sobre o peito e se jogar no chão.

- eu não tô vendo isso - sussurro para mim mesmo, enquanto André está estirado no chão chamando o máximo de atenção possível, travando a entrada do prédio.

Solto um sorriso e retiro a mão da porta.

O elevador se fecha e bom, eu acho que isso pode segurar por tempo suficiente.

Alguns segundos depois, saiu do térreo e estou no primeiro andar.

Saiu com as armas em punho e apontando para minha frente, passo sussurrando os números do quartos para fixarem em minha mente.

Paro em frente do número 15 e olha para a porta do quarto, me preparo respiro fundo e chuto a porta com força quebrando a trança em seguida.

Entro e tem um homem com uma mulher sobre a cama mais não é ele.

Saio do quarto que está repleto de gritos deles pelo susto.

Dou mais uns passos e paro em frente do outro número que havia visto, vejo o número 19 e chuto também a porta vendo nela um homem com pó sobre a mesa cheirando.

- você está louco - cata um objeto e vem para cima de mim e então atiro em seu peito.

- fique quieto seu lixo - grito e o vejo agonizando no chão.

Saiu da porta olho para os dois lados e volto para o elevador apertando o quinto andar, onde está o terceiro número daquela lista.

Chego no terceiro andar e respiro fundo, apertando a armas em punho.

Ando até o quarto 53 e chuto a porta.

Entro e aparentemente não tem ninguém, dou passos tranquilos e cuidadosos até ver um reflexo correndo para fora.

Corro em sua direção e sinto um disparo passar próxima a mim de maneira bruta.

Me abaixo e observo ele Alexandre correndo para o topo do prédio.

- Alexandre - grito atrás dele e o vejo sair no pátio do teto do prédio.

Aqui estamos só eu e ele, eu estou armado e ele não, mas infelizmente não posso mata-lo.

- é melhor você se entregar Alexandre.

Digo e ele se aproxima da beira da estrutura rindo.

- me aproximar para que, para me levar com você e me matar depois.

Cuspe as palavras me olhando com ódio.

- Alexandre - falo quando eu vejo na beira da estrutura - podemos negociar - minto querendo apenas o ter em minhas mãos.

- acha que eu sou idiota - fala alto - eu não viverei, mas a sua esposa também não - sorri e eu o olho em irá.

Ele se coloca sobre a estrutura mostrando que ira pular, mas eu não posso atirar de todo jeito ele irá cair.

Quando vou tentar convencer Alexandre de não pular, eu vejo André saindo da lateral do térreo.

Ele segue em Direção de Alexandre, que mantém os olhos fixos em mim.

Tento controlar meu sorriso até na hora que André pega a arma e aponta.

Mas para minha surpresa não é para Alexandre.

- André - sussurro e ele me encara com a arma apontada ao lado de Alexandre.

- você achou mesmo que não mandaria ninguém fiel a mim para estar ao seu lado no comando - diz sorrindo e eu o encaro perplexo ainda - aaah Matteo você foi muito inocente para o mafioso esperto que afirma ser.

Continuo encarando André que para mim estava acima de qualquer outro guarda, tinha minha confiança, até Demais pelo que vejo.

Andre me encara levanta mais a arma e eu o encaro o tempo todo.

- André você está indo para o lado errado...

Começo falar e ele me corta.

- acho que é você que está em desvantagens aqui - diz sorrindo.

Quando vou voltar a falar André dispara e sinto a bala me atingir, olho os dois sorrindo e Paulo aparecendo na lateral do prédio abismado.

Ele aponta em André e dispara, na cabeça, fazendo ele tombar para cima de Alexandre.

O corpo de André vai no chão, Alexandre perde o equilíbrio e despenca do quinto andar.

Sinto meu peito doer, sinto meu corpo ficar fraco.

Paulo corre em minha direção desesperado e coloca a mão por cima controlando o sangue enquanto com a outra pedi socorro.

- Paulo - digo e ele continua desesperado, falando com a ajuda - Paulo - torno chamar tendo sua atenção.

- sim chefe - diz o melhor que pode.

- se eu não sobreviver - falo tossindo sangue o vendo me encarar - salve minha família - digo fraco - por favor.

TUDO POR ELA - Livro 2 Duologia "IRMÃOS FONTANA"Onde histórias criam vida. Descubra agora