Para a minha querida professora de Francês, por ter me ensinado que a vida não é um conto de fadas.
OBS: Leiam essas obras na ordem que quiserem, mas o aconselhável é ler Meraki primeiro.
OBS: PLÁGIO É CRIME!
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Quando o sinal tocou para segunda aula, levantei em um pulo e corri para a minha sala. Após colocar os pés para dentro, observei a professora Francesa arrumar suas coisas com o intuito de ir embora para lecionar sua próxima aula.
— Ei, professora Francesa! — Lhe chamei atraindo sua atenção de imediato.
— O quê a senhorita deseja? — Voltou a atenção no que estava fazendo.
O próximo professor apareceu na porta esperando que Anna saísse. Revirei os olhos.
— Jura que hoje não tem duas aulas seguidas sua? No meu antigo colégio eram duas aulas de cada professor.
A mesma franziu a testa.
— Nós não estamos no seu colégio. — Relembrou. — E só dou aula na sua turma duas vezes por semana. Segunda e na sexta-feira.
Ouvindo suas palavras, meu queixo caiu. Como assim a professora Francesa só me daria aula 2x por semana? E logo nos dias mais chato!
Era óbvio que o destino estava contra nós.
— E não tem mais aulas sua?
— Não. Só dou uma aula por dia em cada sala. — E finalmente me olhou. — Mas posso saber o motivo de todo esse interrogatório? Não pode simplesmente olhar a lista de aulas colada do lado da sua porta? — Apontou para fora. — Vá e veja. Não terá mais aulas de Francês por hoje, mas em compensação terá duas aulas seguidas de matemática com o professor Elijah.
Fechei a cara. Duas aulas seguidas de matemática? Céus, eu quero morrer.
O professor Elijah entrou na sala, cumprimentou a Anna antes dela sair da sala e pediu para que eu fosse me sentar. Eu estava morrendo de raiva. Aquela Anna também é uma cavala!
Fui até o fundão da sala e me juntei com alguns meninos, afinal de contas, eu me dava melhor com eles em questão de amizade.
— A senhorita pode se levantar e se apresentar para a sala. — Elijah proferiu.
Sorri ironicamente.
— Não, obrigada.
— Isso não foi uma pergunta, e sim, uma ordem!
— Acontece que eu sou uma moça muito tímida... — Fiz bico. — Me dá até crise de ansiedade, só de pensar em falar em público! — Menti.
Elijah assentiu meio contragosto. Ofereci um sorriso de lado e passei a me concentrar na aula.
Se passaram horas até que o sinal para o intervalo tocasse. Fiz amizade quase que de imediato com os meninos do fundão, eles eram bem legais até. Seus nomes eram: Asher, Xavier, Noah e Jun-Seo. O último era coreano e estava de passagem nos EUA para realizar o intercâmbio. Estranhei, achei que os estudos na Coreia fossem muito melhor, mas ignorei esse questionamento.
Asher havia perguntado o motivo pela a qual eu queria tanto as aulas da professora Anna. Segundo ele, a mesma era extremamente chata e suas aulas maçantes. Sorri de lado, isso realmente não me importava. Apenas inventei uma desculpa, contei que francês era uma das minhas matérias favoritas, só por isso, e felizmente eles me deixaram em paz.
— Você quer almoçar com a gente, Rebecca? — Jun-Seo pergunta com tanta educação. Ele deixou claro desde o começo que era um fofo, diferente dos outros que eram mais virados nos duzentos e trinta.
Sorri.
— Sim, é claro. — E fomos.
No intervalo observava todo aquele movimento, esperando até que meus novos amigos fizessem os seus pedidos. Aqui nós possuíamos uma conta com um saldo para o mês inteiro, literalmente tudo nesse colégio era pago.
— Um hambúrguer e uma coca-cola, por favor. — Peço assim que chega minha vez.
— Se eu fosse você pediria outra coisa. Os hambúrgueres daqui são aqueles industrializados, e o pão é horrível. — Noah avisa.
— Credo. — Fiz uma careta. — O quê você me sugere então?
Noah pensa um pouco.
Enquanto isso noto a presença dos professores no refeitório. Não sabia que eles se juntavam com a gente para almoçar. O mais curioso era o fato da professora Francesa estar sentada sozinha, como se fosse uma aluna solitária que os colegas deixaram para trás. Todos os professores estavam reunidos, apenas Anna que não.
Nesse momento nossos olhares se encontraram, já não ouvia mais nada que Noah dizia, ao invés disso tive uma brilhante ideia!
— Noah! Me diz qual é a melhor sobremesa daqui?
— Sobremesa? — Questiona. — Você não queria uma indicação para o almoço?
— Sim, mas não custa nada dizer...
Ele assente.
— Certo, a melhor sobremesa é a salada de frutas gourmet ou a torta de chocolate com morango.
— Hum, vou querer os dois então! — Peço voltando a minha atenção para Anna que agora mexia em seu celular.
