Doze

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A semana passou voando

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A semana passou voando. Já era sexta-feira e teríamos aula com a professora Francesa. Depois daquele episódio na biblioteca nós quase não conversamos, parece que a ficha não estava caindo. Havíamos prometido apenas um beijinho uma na outra, depois ela me masturba na biblioteca do colégio... Não sei até onde essa relação chegaria, não sei nem se eu posso chamar isso de relação. Anna ainda é uma mulher casada, ela não costuma usar aliança, mas seus status no Facebook mostra o contrário. Fora que ela confessou uma vez em uma de nossas conversas. Hum, só acho que agora as coisas não devem estar indo tão bem entre eles.

Fico até triste com uma notícia dessas... Só que não.

— Terra chamando, Rebecca! Terra chamando, Rebecca! — Xavier me sacudia.

— Você por acaso ouviu alguma coisa do que eu disse? — Noah quis saber.

Apenas assenti com a cabeça.

— Então do que se tratava o assunto?

— Sério, Asher? Eu só me distrai por alguns segundos e por isso não me recordo. Mas juro que eu estava ouvindo!

Os meninos murmurou um “sei.” Jun-Seo me encarou com aqueles olhos curiosos, ele devia ter notado que havia algo de estranho em mim.

Em falar nele, lembrei daquele episódio com a Emma e a Monique. Juro que foi um tormento para fugir delas. Conversei até mesmo com Emma e avisei que não queria mais ficar com ela, a mesma concordou de imediato, afinal ela já havia encontrado outra ficante.

— Acho melhor a gente ir para sala de aula.

— Boa ideia, Jun-Seo! — Exclamei com um sorriso largo, afinal ele me livrou de um sermão dos outros meninos. Tentei entrelaçar meu braço ao redor do seu pescoço para zoar, mas ele era uns trinta centímetros mais alto.

Chegando na sala foi inevitável não contar os segundos para ver a professora Francesa. Infelizmente sua aula era só no último horário, isso causava até uma dorzinha no meu coração.

Mas não importa, daqui a pouco ela tá aqui.
 

[...]

 
— Gostaríamos de informar que a professora Anna Laquintinie não poderá comparecer. — A diretora Forbes avisou.

Meu queixo caiu.

Como assim eu me sacrifiquei vindo no colégio em plena sexta-feira e ela não está aqui? Me perguntava. A diretora não falou o motivo pela qual a professora Anna não poderia vir. Suspirei pesadamente.

— Melhor notícia de todos os tempos!

— Cala boca, Asher! — Lhe lancei um olhar de reprovação.

— Nossa, calma! — Colocou a mão no peito. — Vocês viram gente? Viram como ela me trata? — Dramatizou.

— Deixa ela quieta, Asher. As aulas de Francês são as favoritas da Rebecca, respeite isso, por favor.

Olhei na direção de Jun-Seo e sorri como uma forma de agradecimento. O restante das aulas eu passei meio cabisbaixa, odiava não saber o quê estava acontecendo.

Assim que deu o horário para ir embora, guardei minhas coisas correndo e sai da sala. Não esperei ninguém, apenas inventei uma desculpa esfarrapada.

E vocês não sabem. Meu pai devolveu o meu carro! Isso era uma das coisas que me consolavam nesse momento. Então depois de entrar no veículo, peguei meu celular de dentro da bolsa e entrei nas redes sociais, mandando uma mensagem via inbox para a professora Anna.

“Oi, sinto muito te incomodar, mas não vi outra alternativa. Só queria saber como a senhora está, se puder me responder eu agradeceria muito. É isso, beijos.” — E finalmente enviei a mensagem.

Após voltar para casa, guardei as minhas coisas e fui tomar um banho demorado. Sai cerca de algum tempinho depois e fui escolher uma roupa para passar o dia. Optei por um shorts jeans e uma camiseta larga. Sentei na cama e enquanto secava o cabelo, entrava no Facebook para ver se a professora Anna havia me respondido.

E felizmente havia uma resposta dela, além disso, ela ainda me enviou uma solicitação de amizade. Sorri feito boba.

Anna: “Oi, minha querida, obrigada pela mensagem e a preocupação. Só precisei tirar o dia e o final de semana para organizar umas coisinhas aqui no meu apartamento, mas segunda nos vemos no colégio. Beijos para você também.”

— Mas nem ferrando eu vou esperar até segunda. — Falava comigo mesma. Resolvi enviar uma mensagem de voz dizendo: — Se a senhora quiser eu posso ir até seu apartamento e ajudar com as coisas. — Enviado.

Anna visualizou e ouviu o áudio assim que recebeu, mas até então ela não me respondeu mais. Desci para a cozinha em seguida com o intuito de comer alguma coisa, já que a minha barriga não parava de roncar, assim eu daria um tempo para que a minha querida professora responda as minhas mensagens. Enfim fui avisada que a comida não estava pronta, Guilhermina a responsável por isso teve que sair por causa de uma emergência. Era o que o bilhetinho sobre a mesa, dizia.

Resolvi comer fora então. Infelizmente meus dotes na cozinha eram horríveis.

Peguei meu carro e fui até o restaurante mais próximo.

Enquanto comia o que havia pedido, meu celular vibrava indicando que alguém havia me mandando uma mensagem... E pasmem, era finalmente a professora Anna Laquintinie enviando sua localização por GPS. Dei um sorriso e revirei os olhos só de imaginar nós duas no seu apartamento. Até esqueci que estava com fome, só paguei a conta e fui embora.

A Tout de Suíte?Onde histórias criam vida. Descubra agora