Vinte e Um

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— Pode me dizer o quê aconteceu? Você voltou muito rápido

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— Pode me dizer o quê aconteceu? Você voltou muito rápido. — Foi a primeira coisa que saiu de sua boca assim que estacionamos o carro. — Estou preocupado.

Abaixei a cabeça com o intuito de esconder meu rosto. Estava morrendo de vergonha por ter pagado de idiota indo até lá para descobrir que independente de qualquer coisa, Anna sempre escolherá o seu marido.

— Eu não sou nada para ela, não passei de uma simples aventura e um capricho seu. — Dei uma risada amarga. — O marido da professora praticamente abandonou ela sem se importar com nada. Agora ele volta e ela se joga nos braços dele de novo! — Havia raiva e tristeza na minha voz.

— Isso poderia ter acontecido a qualquer momento... Pensei que você estivesse preparada pra isso.

Voltei a minha atenção para ele.

— Como?

— É isso, achei que você estivesse preparada para qualquer coisa que viesse por ai. — Comprimiu os lábios. — O fato da professora Laquintinie não usar aliança e estar saindo com você, não anula o seu casamento. Você sabia disso, Rebecca.

Balancei a cabeça para os lados.

— Sim, eu sei disso. — Comecei a chorar sem parar. — Mas por quê ainda dói? Por quê eu sinto como se tivesse sido traída, sendo que ela nunca deixou claro que gostava de mim ou que se separaria do seu marido? — Escondia meu rosto entre as mãos. — Por quê eu sinto como se meu coração tivesse sido arrancado do meu peito? — Minha voz vinha falhando. — E por quê eu tenho a sensação de não conseguir respirar?

Jun-Seo me abraçou forte.

— Porque você está apaixonada.

Levantei o rosto.

— O quê?

— Você gosta da professora Anna Laquintinie mais do que gostaria. Isso é amor, e apesar de toda beleza que esse sentimento carrega... Ainda tem a parte feia. — Passava a mão pelo meu cabelo. — Tudo tem dois lados.

Me afastei. Tentei enxugar as minhas lágrimas, estava em completa negação agora.

— Não... Isso... Isso é ridículo, Jun-Seo. — Balancei a cabeça para os lados. — Eu só estou magoada porque meu ego foi ferido, é só isso.

— Por quê insiste em mentir para si mesma?

— Porque é a realidade. Nós duas sempre conversamos sobre isso. Ela é casada, eu sou uma mulher livre. — Olhei em seus olhos com um sorriso forçado. — Palavras dela inclusive.

— Rebecca...

— Afinal de contas, posso ter a mulher que eu quiser e isso vai passar. Só estou puta por ter sido trocada por alguém como aquele tal de Ferdinand. — Fiz uma careta.

— Rebecca, aposto que você nunca se sentiu dessa forma por qualquer outra pessoa. Você está apaixonada pela a Anna e qualquer um é capaz de enxergar. Ninguém sente que vai morrer só porque um “ficante” resolveu terminar. — Fez aspas.

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