A Tout de Suíte?

Vinte e Quatro

Agora não temos uma Gif-Imagem aqui, mas a letra dessa música que estava ouvindo acho que faz todo o sentido para o capítulo em si... Entt é isso, escutem e dêem uma olhadinha na tradução<3
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Depois daquele dia em diante, precisei me afastar de Jun-Seo e a possibilidade de chegar no colégio segunda-feira e receber o comunicado de que a professora Anna Laquintinie não daria mais aula, doía. De repente eu havia pedido duas pessoas muito importantes para mim. Independente da minha amizade com Xavier, Asher e Noah, eles nunca seriam capazes de preencher o vazio que Jun-Seo iria deixar. Não importa quantas mulheres eu me relacione daqui em diante, ninguém chegará aos pés da Anna.

Eu a amava.

O primeiro amor a gente nunca esquece e mesmo que passe mil anos, ainda seríamos capazes de encontrar vestígios daquela pessoa no nosso coração. O primeiro amor nunca vai embora cem porcento, e depois dele, nunca mais somos os mesmos.

Era o que eu sentia agora.

— Filha, levanta um pouco dessa cama... — Minha mãe se sentou na beirada.

— Eu não quero, estou um pouco indisposta.

— Desde sexta? Então precisa ir ao médico, porque já é domingo e você continua no mesmo estado de quando chegou do colégio.

— Mãe, só me deixa descansar.

— Quer que eu ligue para o Jun-Seo? Ele pode te animar um pouco.

— Não precisa. Só quero ficar esse final de semana tranquila. — Cobri meu rosto com o lençol. — Pode sair do meu quarto agora?

Minha mãe concordou meio relutante. Se levantou da minha cama e se retirou sem dizer mais nada. Eu ainda não comentei sobre o fato de Jun-Seo estar indo embora dos Estados Unidos, também não fazia questão de dizer nada por enquanto. Enfim, eu só queria descansar.

Dessa forma tentei pegar no sono, era inútil... Meus pensamentos não paravam de funcionar um só segundo! Simplesmente não conseguia silenciar essa voz na minha cabeça e às vezes chegava a ser cansativo.
 

[...]

22:30

Ouvi meu celular tocar sem parar. Pensei que seria um dos meninos querendo falar comigo, mas quando fui checar, se tratava nada mais e nada menos que Anna Laquintinie. Franzi a testa visivelmente confusa. O quê ela queria há uma hora dessas?

Atendi no último toque, não fiz questão de proferir uma palavra sequer. Só ouvia sua respiração no começo até que finalmente ela formulasse as palavras que gostaria de dizer.

— Rebecca, é a Anna... Eu estou do lado de fora, meu carro está estacionado á uns dois quarteirões da sua casa. Será que podemos conversar?

Arregalei os olhos.

Acaso ela se arrependeu das coisas que me disse? Será que ela se enganou e quer me dizer que sente o mesmo por mim? Me perguntava, sentindo meu coração acelerar a cada segundo que se passava.

— Estou indo. — E desliguei.

Levantei da cama e fui correndo até o banheiro para me olhar no espelho. Minha expressão fácil não era uma das melhores, meus olhos estavam inchados e meu nariz vermelho de tanto chorar. Apenas prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo e resolvi ir assim mesmo, afinal, não há nada que eu possa fazer para esconder essa minha cara de enterro.