Capítulo 20

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Chego em caso por volta das onze da noite eu não consigo simplesmente deitar e dormir, minha mente está cheia de muitas informações, então resolvi me arrumar e ir pra balada. Mesmo minha mãe desaprovando mais uma vez a minha decisão.

Maiara está aparentemente bem com alguém, então eu mereço aproveitar o resto da minha noite como eu bem quiser.

...

Nada está do meu agrado aqui, a música não está uma das melhores mas ainda dá pra curtir. Me dirigi até o bar pra pegar mais uma bebida, até que sinto uma mão em minha cintura.

— Me diz, como uma mulher como você está sozinha sozinha aqui? — Ouço uma voz feminina ao pé do meu ouvido.

Me viro pra me certificar de quem é, mas não reconheço. Apesar de toda a beleza que ela exala, não me é familiar, mas, como não tenho nada de mais importante pra fazer, abro espaço pra que ela possa se ajeitar ao meu lado.

— Quer beber alguma coisa? — Falo próximo de seu ouvido, ela me olha e sorri confirmando com a cabeça.

Peço dois drinks pra gente e não demora pra chegar. Ela me encara sem dizer nada e sorrio, ela da uma leve mordida nós lábios e volta a me olhar. Bebemos o drink e assim que terminamos ela segura em minha mão e me puxa pra pista de dança. Eu já havia tomado algumas antes e no momento tudo que eu queria era aproveitar.

A música era agitada, apesar e não ter motivo algum pra dançarmos juntas, ela fazia questão de sempre deixar seu corpo em contato com o meu.

O estilo musical muda, as batidas são um pouco mais sexy, ela mostra todo o seu talento enquanto dança olhando em meus olhos, não percebo quando acontece, mas só me dou conta quando já estava acontecendo.

Nossos lábios já haviam se encontrado, o beijo era intenso, não era ruim e de alguma forma servia. Não havia pensado em consequência alguma que poderia rolar no outro dia, já que estava num lugar cheio de gente que poderia me reconhecer e simplesmente jogar nas redes sociais. Mas, não estava em condições pra ser racional naquele momento. Eu só estava focada em uma coisa, e era: Ela vai terminar essa noite na minha cama.

— Vamos sair daqui? — Falo próximo de seu ouvido.

— Agora! — Ela segura em minha mão e me arrasta pra fora daquele lugar.

Eu posso não ser tão responsável as vezes, mas como sabia que iria beber mais do que deveria, vim com um motorista que já nos esperava na porta.

Entro no carro e o informo a localização. Apesar de querer terminar a noite com ela, não seria louco de levá-la até a minha casa. Conheço a minha mãe e sei que ela me colocaria pra fora e não seria diferente com a minha companhia.

Chegamos no hotel que havia perto da balada, faço o check-in e subimos pro quarto. Foi questão de segundo pra que toda a roupa que estava em seu corpo fosse parar no chão. Me deito na cama a puxando pra cima de mim sem pensar em absolutamente nada ou eu queria que minha mente de fato estivesse vazio.

Ela começa a beijar o meu pescoço, da mordida em meus lábios e começa a deslizar a mão pelo meu corpo.

— PARA! - Falo segurando a sua mão e a afastando de mim.

— O que foi? Fiz algo errado? — Ela me olha ainda em cima do meu corpo sem entender absolutamente nada.

— Isso não ta certo! Eu não quero mais, não posso fazer isso com você! — Deslizo por de baixo de seu corpo e me afasto se sentando na cama.

— Para Marília, já estamos aqui, acabamos de chegar. Não precisa ficar assim. Só relaxa que eu cuido do resto.

Ela engatinha pala cama em minha direção e passo o braço pelo meu pescoço. Começa a beijar o mesmo, mas eu a paro no mesmo instante e me levanto.

— NÃO! Eu não vou fazer isso! Você pode por favor pegar as suas coisas e ir embora. Me equivoquei quando achei que daria certo.

— O que te impede de fazer isso? Você não está solteira? Não tava bom enquanto estávamos trocando alguns beijos na balada? O que mudou agora?

— Desisti! Não é você o problema, você é linda, tem um corpo incrível é legal e muito interessante.. — Eu a olho. — Mas tem apenas um defeito que faz toda a diferença.

— Qual?

— Você não é ela! — Caminho até a porta e paro em frente dela. — Não queria ter feito você perder o seu tempo, mas não posso me enganar e nem te enganar. Sinto muito!

Ela me olha extremamente brava, mas um sorrio surgem em seus lábios. Ela começa a pegar as suas roupas pelo chão com raiva. As coloco em seu corpo e volta a me olhar, caminha em minha direção e para na minha frente.

— Sabe Marília, eu sempre achei que você fosse uma mulher mais decidida, mais esperta e que soubesse aproveitar as oportunidades da vida. Mas te vendo assim cancelando uma foda por uma pessoa que não liga pra você, porque sinceramente se ligasse estaria com você agora mas não, provavelmente deve  estar com outra e pior ainda, pelos rumores que ando vendo por aí, ela está até construindo uma família com essa pessoa. Mas tudo bem, Marília não dá pra ser esperto sempre. Canta bem, tem talento, tinha fama de que fazia as mulheres gamar e sofrer, mas pelo jeito são só boatos. O quão burra você está sendo hoje não tá escrito. Mas, eu não vou continuar perdendo meu tempo com você, já que decidiu passar a noite sozinha enquanto provavelmente outra pessoa está deitada na cama da sua ex mulher fazendo com ela o que você deveria está fazendo comigo.

— SAI AGORA! — Esbravejo! — Se continuar na minha frente eu não irei me responsabilizar pelos atos que posso vir a cometer. Por favor... sai da minha frente!

Abro a porta e espero ela passar pela mesma. Antes de sair por completo ela me olha e da um sorriso.

— Quer um conselho Marília? Supera! — Ela ri com deboche e eu bato a porta com raiva.

Sento na cama e respiro fundo tentando não pensar  nas palavra que ela havia me falado. Eu quero muito acreditar que nada do que ela falou seja verdade, quero acreditar que a Maiara está sozinha em sua cama, dormindo nesse exato momento e não esteja construindo família com ninguém. Apesar de que chega a ser difícil acreditar já que ela parecia diferente quando a vi hoje.

Não me recordo de vê-la usando tantas roupas largas como as que ela tem usado ultimamente. Pela forma que o Mioto falou ela parece continuar passando mal como da última vez. Se ela não estiver doente nada explica a não ser uma possível gravidez. Que merda, Maiara!

Me deito na cama tentando afastar os pensamentos , mas chega ser impossível. Minha cabeça gira mais pelas coisas que estou pensando do que pela bebida que havia ingerido mais cedo.

É demais mesmo querer que ela esteja sofrendo e sentindo minha falta como eu estou? É demais quer que ela esteja também pensando em mim? Eu devo estar ficando doida. Deveria ter pensando nisso antes de ter deixado chegar onde chegou.

Juro que todas as noites mal dormidas numa balada qualquer eu desejei demais que eu a esquecesse pelo simples fato de achar que ela está seguindo a sua vida, mas não consigo explicar, ainda existe algo que me prende, que me faz querer voltar e isso está acabando comigo.

Só de imagina-lá nos braços de outra pessoa faz meu sangue ferver, imaginar ela chamando outra pessoa de amor que não seja eu me destrói por dentro.

Depois da tempestade. - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora