Capítulo 46

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Maiara

Acordo e olho pro lado e a vejo ali. Não é como a última vez, mesmo sabendo que nos pertencíamos, não havíamos nomeado o que estava acontecendo. Já agora, nomeamos, oficializamos e decidimos que NUNCA mais deixaremos de 'ser' uma da outra.

— Mal consigo raciocinar tendo você em minha cama. — A olho de cima a baixo sorrindo pra mim, completamente nua sobre os lençóis claros da nossa cama. — Mal consigo acreditar que é tudo completamente e exclusivamente meu.

— Nunca deixei de ser sua!  A distância entre nós JAMAIS mudou isso. Sempre foi e sempre será você, meu amor! — Ela se aproxima e m m beija meus lábios. — A  noite foi incrível, eu queria muito continuar aqui por longas horas, mas eu preciso comer, preciso recuperar minhas forçar.

— Justo! — A olho sorrindo. — Vamos tomar banho e logo descemos pra tomar café.

Não demorou pra que ela se colocasse de pé me puxando com ela pro banheiro. Entramos debaixo do chuveiro e tomamos um banho rápido, ela realmente parecia estar com fome, mas eu também não estava diferente dela. Gastamos todas as energias possíveis na madruga, precisamos com urgência recuperá-las. Terminamos o banho, nos trocamos e logo saímos do quarto descendo as escadas.

— Que estranho! — Falo observando a sala.

— Que foi amor? — Marília diz me abraçando por traz e depositando um beijo em meu pescoço.

— A sala não tá diferente? — Olho em volta tentando identificar o que está diferente. — Parece que falta algo.

— Aparentemente tudo igual pra mim. — Ela diz se afastando e indo até a cozinha.

—  Não parece! — Falo a acompanhando.

Entramos na cozinha e já vemos a cena mais linda. Maraisa dando a frutinha da manhã pro Léo. Embora ele mais a engana do que come, é lindo de se ver. O tanto que eu sonhei com esses momentos em família, poder viver isso agora é indescritível.

— O que não parece, metade? — Maraisa diz me olhando.

— Maiara cismou que a sala tá diferente, que está faltando algo. Pra mim parece  normal. — Marília diz se sentando na mesa e se servindo um pouco de café.

— Irmã, você não percebeu nada de diferente?

— O tapete! — Ela diz sem nos olhar.

Eu apenas olho pra Marília e ela me olha de volta também sem entender.

— O que tem o tapete?

— Mandei lavar!

Me viro e vejo a Marília se engasgando com um gole de café enquanto eu tento ao máximo prender um sorriso. Maraisa sempre foi uma peste. Embora, ela pode ter simplesmente pedido pra lavar o tapete  por ter brincado com o Léo e eles terem derrubando algo sobre ele.

— P-por que? — Marília pergunte timidamente.

— Não precisa ser um gênio pra saber. Acordei de madrugada achando que estava tendo festa na parte de baixo da casa de vocês. — Ela nos olha. — De certa forma estava, quando me dei conta de onde estava rolando e o que estava rolando. Quando acordei a única coisa que pensei foi preciso mandar esse tapete pra lavanderia. O Léo brinca ali, e vocês não tem limites!

— Foi só uma comemoraçãozinha, irmã! — Falo me levantando e indo até ela, grudando em seu pescoço e a enchendo de beijos.

— Vocês parecem estar sempre comemorando algo. — Ela diz rindo.

Depois da tempestade. - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora