Capítulo 40

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Marília

Seis meses do Léo...

Acordo como de costume e vou até o quarto do Léo. Assim que entro vejo ele abrir um lindo sorriso e estender os braços pra que eu o pegue. Caminho até seu berço e o pego nos braços, o levo até seu trocar e tiro seu pijama, troco sua fralda e o deixo ainda mais lindo.

Como já está quente em Goiânia escolho um look fresco, nada como uma jardineira de alça. O visto, o pego nos braços novamente e saímos do seu quarto indo em direção do quarto da Maiara. Abro a porta com cuidado, pois pela madrugada que tivemos ontem com o Léo, acredito que ela ainda esteja dormindo.

A olho ainda deitada na cama, com as luzes apagadas e dormindo um sono tão gostoso, que não penso nem na possibilidade de acorda-lá. O Léo resmunga tentando chamar a sua atenção, então logo me prontifico em sair dali, pra não acorda-lá.

Passo pela porta e a fecho novamente com cuidado, olho pro Léo e deposito um beijo e seu rosto.

— Café da manhã na cama pra mamãe? — Falo o olhando, enquanto ele faz uma festa. — Pela animação, acredito que a resposta seja sim.

Ele sorri e bate uma mãozinha na outra. Descemos as escadas e seguimos até a cozinha pra preparar algo pra ela.

O coloco sentado em sua cadeira de alimentação, próximo da bancada onde estou separando as coisas. O olho e o vejo balançando as perninhas, animado e prestando atenção em cada movimento que faço.

— Que tal panquecas, meu amor? — O olho e ele levante os bracinhos em festa, como se realmente entendesse tudo que estava sendo dito. — Perfeito!

Vou até o armário e separo as coisas, leite, ovos, farinha, manteiga e fermento. Coloco tudo na bancada, me afasto um pouco pra pegar um bowl pra colocar todos os ingredientes.

Coloco ingrediente por ingrediente e começo a misturar tudo, já estava quase pronto a massa quando ouço o barulho de algo colidindo com o chão. Olho preocupada pois tudo podia acontecer naquele lugar.

Quando olho pro lado vejo o pequeno Leãozinho da mamãe completamente coberto por farinha e o resto todo no chão. Começo a rir, pois é impossível manter a pose de durona, já que ele está gargalhando em minha direção.

— Igual a mamãe. — Falo referindo a mim. — Foi só um descuidando, meu amor!

Ele continua sorrindo enquanto tento tirar toda farinha possível de cima dele. Me abaixo pra poder limpar o chão quando ouço passos pela casa.

— Que bagunça é essa? — Ela diz parando atrás de mim. — Não e nem dez horas da manhã.

— Foi o Léo. — Falo me levantando e paro em sua frente.

— Até hoje, Marília? — Ela diz rindo. — Colocando a culpa no seu filho?

— Explica pra mamãe, Léo. — Falo o olhando e começo a rir.

Deslizo a mão com cuidado sobre a bancada a encarando, tentando não deixar ela
Prestar atenção no que estou fazendo. Alcanço um punhado de farinha que tem ali e a seguro na mão. Pego a Maiara pelo braço e a puxo pra perto de mim a segurando pela cintura. Ela me olha assustada.

— O que você tá pensando em fazer? — Ela diz tentando se afastar do meus braços.

— Nada! — Falo a olhando e rindo.

— Eu conheço essa cara!

— Não adianta tentar se afastar de mim! — Falo a apertando ainda mais contra meu corpo.

Depois da tempestade. - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora