Capítulo 28

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Marília

As coisas foram esquentando, fomos perdendo o sentido e o nosso corpo não parecia responder a comando nenhum contrário do que ele estava pedindo. Por um breve momento de sanidade me afasto um pouco e a olho.

— Acho que não podemos fazer isso! — Falo preocupada contra a minha vontade.

— Por que não?

— Você tá grávida!

Achei que fosse meio óbvio o que eu queria dizer, mas pela cara que ela me faz parece que falei a coisa mais absurda que existe no planeta.

— O que uma coisa tem a ver com a outra?

Ela me puxa pra mais perto e beija os meus lábios. O beijo se intensifica mais uma vez, o ar condicionada que antes deixava todo o ambiente gelado, agora não parece fazer efeito algum. Tudo em mim queima e tudo em seu toque intensifica ainda mais o que sinto.

Aperto meus dedos em sua cintura enquanto seus dedos estão entrelaçados ao cabelo da minha nuca. O fôlego começa a faltar, vou diminuindo a intensidade do beijo, dou uma leve mordida em seu lábio e a olho novamente.

— Mai...a-acho que não é uma boa!

— Você... — Ela beija meus lábios. — Diria não pra um desejo de grávida? — Ela me olha de uma forma sapeca e da um leve sorriso.

— Você sabe que não!

— Estou com desejo... — Ela me puxa pela nuca e encostas seus lábios nos meus. — desejo de você!

Eu não negaria, apesar do único motivo que me fez pensar algumas vezes era por ela estar grávida. Eu tenho receio se pode ou não ser prejudicial pro bebê, de certa forma isso me deixa um pouco preocupada. Mas a forma que ela me olha cheia de desejo e tesao me faz esquecer por alguns minutos o que estava me impedindo de entregar o que ela tanto queria.

Beijo seus lábios mais uma vez, desço até seu queixo e deposito uma pequena mordida. Vou até seu pescoço e deixo ali algumas marcar que sem dúvidas ficaram bem visíveis.

Estávamos tão envolvidas no momento que quando nos demos contas já estávamos completamente nuas.

Desço até seu ponto de maior prazer e deslizo um de meus dedos. Logo aproximo meus lábios e abocanho seu clitoris. Seus gemidos se intensificam a cada passada de língua que eu deposito ali.

Deslizo meus dedos até a sua entrada e o introduzo com cuidado, começo a movimentar com um pouco mais de intensidade. Naquela altura eu já estava preste a chegar no meu ápice sem nem ao menos ser tocar.

Continuo-a chupando e estocando meus dedos num vai e vem. Sinto sua respiração mais pesada, seus gemidos mais longos, intensos e mais alto... sei que não falta muito pra que ela tenha um orgasmo.

— CONTINUA...eu...vou...gozar!

Mal termina sua frase e já sinto meus dedos serem tomados pelos seu líquido. Os retiro de dentro dela e levo até a minha boca.

Saio do meio de suas pernas e me deito ao seu lado olhando em seus olhos. Ela me olha de um jeito que já não me olhava a muito tempo. Pode ser só o efeito de um orgasmo. Mas eu posso acreditar que não? Posso me iludir com isso? Porque pra ser sincera tudo em mim implora pra que de alguma forma ainda exista um espaço pra mim mais uma vez em sua vida.

— Por que está me olhando assim? — Ela diz me tirando de meus pensamentos.

— Eu sinto a sua falta! — Confesso. — De todos os dias longe de você, não teve um sequer que eu não senti a sua falta.

Ela faz um carinho em meu rosto e da um sorriso. Eu a conhece e sei o quão segura ela quer se sentir pra poder dizer o que realmente sente. Eu não a julga, hoje exergo onde errei e não vou cobrar nada além do que ela pode me dar no momento.

— Vamos tomar um banho. — Ela diz levantando da cama. — Vem! — Ela estende a mão e eu a seguro.

Seguimos até o banheiro, ligamos o chuveiro e entramos debaixo do mesmo. Eu a admiro de todas as formas possíveis, tento piscar o menos possível pra poder eternizar em minha mente cada detalhe, cada coisinha que ela faz.

Ela me olha e sorri e então eu a abraço. Ficamos por longos minutos apenas sentindo a água cair em nossos corpos enquanto ficamos envolvidas uma na outra.

Saímos do banho e voltamos pro quarto, enquanto ela troca de roupas eu apenas pego as minhas do chão e as coloco em meu corpo.

Me sento na cama pra colocar o sapato, ela volta pro quarto e para próxima de mim me olhando.

— Tá colocando o sapato pra que? — Ela fala como se fosse um absurdo o que estava fazendo.

— Preciso voltar pra casa.

— Desde quando você é assim? Umazinha e rala? — Ela me olha seria.

— Mai.. — Me levanto e vou até ela, seguro em sua cintura e olho em seus olhos. — Não sabia que queria que eu ficasse.

— Perguntasse antes. — Ela retira minha mas mãos da sua cintura e segue até a cama. — Mas já que você quer ir e quer me deixar aqui sozinha sem ninguém.. pode ir! — Ela fala toda dengosa e com carinha triste.

— Como eu falo não pra você desse jeito? — Aponto para seu rosto! — Faço um esforço.

Retiro o sapato, que foi a única coisa que coloquei pra ficar mais apresentável, já que o pijama eu nem sequer pensei em trocar antes de sair de casa.

Me deito na cama e a puxo pra deitar em meu peito. Ela da um sorriso daqueles que se dão quando se consegue algo.

— Não vou retrucar sobre seu esforço, pois estou cansada agora. — Ela diz se ajeitando em meu corpo. — Obrigada por sair de madrugada atrás de algo pra nós. — Ela me olha e da um sorriso.

— Qualquer coisa por vocês!

Apago a luz que ainda estava acessa, me ajeito e começo a fazer um carinho em suas costas..

— Eu te amo! — Eu sussurro..

— Disse algo? — Ela fala com voz de sono.

— Nada, apenas um pensamento. Durma bem, meu am... — Paro, antes mesmo de finalizar a frase.

Espero que ela saiba até mesmo sem eu falar a palavra sequer que ela nunca será capaz de deixar de ser o meu grande e único amor.

Depois da tempestade. - MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora