capítulo XXVI

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When the darkness comes, you're my light, baby
My light, baby, my light when it's dark, yeah

Too Late - The Weeknd

Ana Drew

— Caralho, Adam!

O filho da boa mãe se recosta na cabeceira da cama quase chorando de rir, olho puta da vida pra ele que tem os olhos marejados de tanto rir.

Adam e eu estamos sentados na cama dele e já se passaram das oito da manhã, o filho da mãe estava me mordendo sabendo que mais tarde vou ter que usar um vestido que deixa minhas costas amostra. Sinto seus dentes novamente na minha coluna, dou um beliscão nele que caí pra trás rindo de novo, puta merda.

— Tá engraçadinho hoje né, Grey? - digo e jogo um travesseiro na cara dele.

— Se as mordidas fizerem você não usar um vestido que deixe sua pele tão amostra - ele diz dando ombros vindo pra cima de mim de novo.

Coloco a palma da mão na testa dele o empurrando para trás.

— Nem comece com isso o vestido nem me deixa tão amostra assim.

Ele cruza os braços fazendo biquinho feito uma criança aborrecida que só me faz achá-lo mais fofo, vou até ele e dou-lhe um beijo em seus lábios.

— Você fica tão fofo quando está emburrado - digo fazendo voz de quem está brincando com criança.

— Você não me chama de fofo quando eu estou te fodendo - ele diz ainda emburrado.

Olho para ele com cara de tédio vendo um sorriso idiota aparecer em seus lábios, seus braços me envolvem me fazendo deitar ao seu lado.

— Nunca vou me cansar da cara que você faz quando eu digo essas coisas - ele ri.

Reviro os olhos.

Depois de tomar um banho, visto uma calça cargo preta e uma camisa de gola alta bege, já que hoje está meio frio, vou até a cozinha e vejo Adam sentado na bancada tomando café e lendo algo no iPad.

Me sento ao seu lado e me sirvo um pouco de café, ele desliga o iPad e me encara tranquilo me entrega um croissant normal.

Acabo meu café da manhã e respondo alguns emails que estavam pendentes enviando alguns projetos prontos também, verifico umas coisas no meu celular e o desligo, me levanto indo até Adam que está sentado em seu escritório fazendo algo.

— Temos que comparecer ao baile de gala hoje - digo.

— Vai com acompanhante? - ele pergunta me olhando com um olhar tranquilo.

— Vou com Ray em nome da nossa empresa, e você tem acompanhante?

Esse evento está marcado a meses e nós nem nos conhecíamos quando os organizadores pediram a confirmação de acompanhantes.

— Não costumo ir acompanhado a eventos.

— Vou para meu apartamento mais tarde, tudo bem?

— Claro, sei que precisa de tempo para se arrumar, e sobre sermos vistos juntos você está bem com isso? - ele me pergunta.

— Acho que sim, as pessoas do nosso ciclo social já desconfiam, só é uma questão de tempo até a mídia saber.

E é verdade, Adam é uma figura pública e eu também, meu deus isso vai ser estressante.

— Vem cá.

Vou até ele que me puxa para eu poder me sentar em seu colo.

— Eu não me importo se a imprensa souber, todos irão saber que você é minha e não encostaram em você - ele diz sorrindo inocente.

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