capítulo VII

98 11 9
                                    

Adam Grey

Assim que chegamos a garagem do apartamento, estaciono o carro e ela me observa tranquila.

— Comprei um apartamento por aqui a umas 2 semanas atrás, já que preciso ficar aqui por mais uma semana -  digo.

— Vamos, e quando chegarmos talvez você possa dar uma nota já que é arquiteta, eu particularmente não entendo nada sobre isso.

Ela sorri, saio do carro e abro a porta para ela, o vestido preto abraça seu corpo de um jeito tão magnífico que me deixa aos pés dela.

— Eu adoraria.

Pego a mão dela e entramos no elevador. Sozinhos. Sua respiração desregulada, e sua mão suada me faz sorrir. Seus olhos me fuzilam e toda a tensão e desejo que temos entre nós aumenta cada vez mais, tenho vontade de agarra-la aqui mesmo, mas sei que não é lugar para isso aliás quero aproveitar cada maldito segundo com ela.

As portas do elevador se abrem revelando a porta do apartamento, entramos e eu jogo as chaves na mesinha guiando Ana pelo espaço com a mão em suas costas nuas.

Abro a porta para o corredor espaçoso que dá a uma sala de estar grande com janelas de vidro do chão ao teto, as paredes são claras e suaves, o apartamento todo  é assim já que a maioria dos designers fazem esse padrão, prefiro minha caverna em Nova York como diz Matteo.

— Aconchegante, e durante o dia deve ser muito bem iluminado, gostei das pinturas são lindas você tem bom gosto.

— Se gostou dessas é porque não viu as do meu apartamento em Nova York. Essas eu não escolhi quando cheguei elas já estavam aqui.

— Ah - diz concordando.

O apartamento em si é aconchegante, mas não tem cara de que uma pessoa mora aqui de tão organizado, em metáforas não moro aqui mas preciso de um lugar que não seja um hotel para trabalhar mais a vontade.

— Está com sede? Vinho, água ou suco? - pergunto e abro um botão da camisa, tendo ciência do seu olhar sob mim.

— Aceito um vinho tinto por favor.

— Ótima escolha - vou em direção a cozinha e abro a adega pegando o vinho tinto.

Pego duas taças e as colocando na ilha grande da cozinha, ela caminha até mim com elegância e se senta na baqueta apoiando o cotovelo na bancada apoiando o rosto na mão, enquanto eu nos sirvo.

— Aproveitando o show?

— Sim senhor - digo.

Coloco a taça diante dela que toma um pouco deixando a marca do gloss na taça, seus lábios me provocam cada maldita vez que ela os morde. Dou a volta na bancada ficando de frente para ela.

— Acho que você está fazendo isso de propósito.

— Não estou fazendo nada - diz dando de ombros bebendo mais um pouco do vinho.

— Não é? - digo.

A tensão de seu corpo aumenta cada vez que diminuo a distância entre nós, seu peito sobe e desce constantemente dando um efeito gostoso de se ver. Levo uma das minhas mãos a cintura dela a puxando para mais perto enquanto me apoio na bancada com a outra a deixando encurralada.

— Não ouse me desafiar Drew, não quero perder o controle com você - sussurro em tom de aviso.

— Por que não quer perder o controle comigo? Seria um desafio para você?

Sua postura é confiante mas seus olhos estão me dizendo outra coisa, ela está ofegante tão entregue a mim, céus, eu faria qualquer coisa que ela me pedisse.

A Drew Onde histórias criam vida. Descubra agora