But I won't stop until that boy is mine
Baby, you'll be famous, chase you down until you love me
Papa-paparazziPaparazzi - Lady Gaga
Ana Drew
Me estico na cadeira da biblioteca enquanto tento me concentrar no computador a minha frente e alguns livros que estão espalhados sobre a mesa, eu deveria trabalhar um pouco ainda hoje mas vai ficar complicado.
Pego o celular para tentar fazê-lo de espelho, já que não há espelhos em bibliotecas, ao encarar meu reflexo me deparo com minha imagem um tanto acabada, olhos com olheiras visíveis, cabelo um pouco oleoso segurado por um prendedor, suspiro meio alto, estou um caco.
Deixo os lamentos de lado e começo a ver minha agenda para semana que está monótona como sempre, esfrego os olhos vendo uma reunião com Adam Grey para amanhã.
Eu não deveria ter aceitado isso, deveria ter arranjado uma desculpa. Mas é tarde demais para pensar nisso, fecho as abas abertas no computador e digito o nome dele na barra de pesquisa, tenho a leve impressão de saber quem é mas algo me impede de lembrar quem é.
A pesquisa finalmente abre e vejo suas principais características na Wikipédia, à também algumas fotos dele com milionários e pessoas da elite como de costume, sua família também em algumas.
"Adam Lare Grey - Empresário e CEO da G&E.
Nascido no dia 5 de novembro 1997
Pais: Gregory Grey e Beatriz Lare Grey
Irmãos: Emilly Grey..."Há mais coisas mas meus olhos são atraídos para a foto no canto da tela, ele está vestido com um terno preto justo ao corpo, o cabelo escuro meio rebelde e os olhos cinzas que vão muito além de apenas um olhar, ele não deve ter menos de 1,85, meu deus que homem bonito.
Algo em mim se aquece, me sinto hipnotizada pela foto, parece que algo me atrai. Fecho o notebook e respiro fundo, o que caralhos eu estou pensando, ele é Adam Grey, ele nem faz ideia de quem eu sou.
Começo a recolher minhas coisas e saio da biblioteca da faculdade, ao sair pela porta vejo o temporal caindo lá fora, era só o que me faltava, pego o casaco dentro da bolsa e o coloco, saio correndo no meio do campus, chego a saida principal ensopada.
- Ana! - ouço me gritarem.
Olho para onde veio o grito e vejo Kate acenando para mim, corro até ela que está com a porta do Jeep aberta para mim, me molho mais ainda. Entro no carro como se estivesse acabado de ir à piscina, trouxe um casaco mais fino que uma peneira achando que não iria chover e dei sorte.
- Você precisa de um carro e um guarda-chuva - ela diz me entregando uma toalhinha.
- Eu sei, e obrigada, eu cozinho amanhã para pagar - suspiro.
Ela sorri dando de ombros.
- Por que não vende a moto e compra um carro? - Kate pergunta enquanto dirigi.
- Não venderia aquela moto nem que a minha vida dependesse disso.
Ela é o meu bebê, não comprei com meu dinheiro mas é minha, e o não ter um carro só é problemático em dias como esses.
- Por que não pega um com seu pai? Pelo menos por um tempo.
- Eu poderia mas não acho necessário, quero ter minhas coisas por conta própria e não ganhar tudo em uma bandeja de prata porque sou filha de um empresário. E alias, vou me formar em breve e provavelmente irei me mudar.
Ela suspira e sorri parando o carro no meio fio.
- Você está certa, e é insuportável ter que ficar nas sombras da família, mas vamos mudar de assunto, por que vai me pagar só amanhã?
- Tenho que ir a Portland.
- De novo? Você veio de lá hoje de manhã - diz confusa.
- Negócios são negócio, e infelizmente, eles não sabem esperar - digo saindo do carro.
Jogo beijos para ela e entro no apartamento indo direto para o meu quarto arrumar uma mochila para amanhã, pego um vestido cinza simples para reunião e tênis brancos, me recuso a usar algo além disso, meus pés estão horríveis preciso de um dia inteiro no salão para dar um up na minha autoestima.
Me jogo na cama de solteiro suspirando fundo pensando na última conversa que tive com meu pai, Desde que cheguei em Vancouver minha vida tem sido tão normal, e o que ele precisa vai me fazer sacrificar isso tudo que fiz aqui.
Parte de mim quer ir para Nova York e ser a CEO que sempre quis ser desde pequena e eu já consegui grande parte disso, porém a outra parte quer ficar em Vancouver longe dos holofotes, da agitação que é Nova York e só quer uma vida normal, pelos menos tentar ter uma.
Levanto-me tomo um banho rápido e volto para o meu quarto dando uma olhada no relógio, são pouco mais de 18:10, pego minhas peças de roupas pretas e as visto, coloco a jaqueta, os coturnos e por último as luvas.
Prendo meu cabelo em um pequeno rabo de cavalo baixo, pego minha mochila, capacete e chaves e saio trancando a porta já que Kate não chegou ainda, está começando a entardecer.
Na garagem subo na moto e a ligo escutando o som do motor sobre meus ouvidos dando uma sensação indescritível no meu peito, saio da garagem e acelero pelas ruas praticamente vazias de Vancouver.
Tenho a certeza que meu pai e os caras me encheriam de sermões sobre não andar de moto sozinha à noite, mas é tão libertador poder se sentir livre, sentir a adrenalina correr nas veias e dar pulsação ao coração.
Peso a mão sob o acelerador, tenho algumas horas de viagem pela frente e quero apreciar cada segundo possível, já que não sei quando vou poder fazer isso novamente devido a minha formatura da faculdade neste fim de semana, e amanhã o dia será cheio.
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Genteeee capítulo extra !!!!
Explicações sobre esses capítulos vão estar nas notas da autora, então leiam!!!
Espero que gostem e até o próximo capítulo...💗

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A Drew
Romance"todas as garotas boas vão para o inferno" Ana Drew é uma garota de 22 anos independente e cheia de si e com algumas feridas do passado; com a mente no futuro brilhante que a aguarda, em uma reunião Ana conhece o CEO mais cobiçado de Nova York. Ele...