"They say, "All good boys go to heaven"
But bad boys bring heaven to you"Julia Michaels
A
dam Grey
As coisas saíram do controle.
Enquanto estávamos na casa dos meus pais Gregory me abordou e me deixou pensativo pra caralho, ele me disse que eu parecia gostar mais da Ana do que deixo transparecer.
Eu disse a ele que também achava então ele me respondeu que eu deveria compreender meus sentimentos e dizê-los a ela mas não é tão fácil assim quanto parece.
Eu amo essa garota.
Sei com toda minha alma, mas não faço ideia de como dizer isso a ela, acabei perdendo a cabeça quando ela disse que pretendia ir ao Brasil, ela iria ficar longe de mim, eu não a quero longe preciso dela por perto o máximo possível.
Dou uma olhada nela que tem a mente na lua enquanto olha a chuva cair pela janela do R8, meus pais moram um pouco longe da cidade, de acordo com eles é melhor sem muita agitação.
Estamos passando por um lugar meio deserto, é bonito e tranquilo, mas não há muitas residências nesse trecho do caminho, estamos a uns oito ou cinco minutos de Nova York.
Não aguento mais, ela está me torturando mas sei que mereço, ela não me deixou pegar a mão dela desde que saímos de lá, ela não me olha e nem resmunga, nem um xingamento sequer.
Como eu fiz com ela, eu sou um babaca egocêntrico eu sei mas perdê-la não está nos meus planos, não hoje.
Encosto o carro e ela me olha com as sobrancelhas franzidas.
— Adam, me leva para casa, por favor - diz.
— Precisamos conversar - digo a ela.
— Conversar é isso que você quer? Converse sozinho então - diz com ódio em seus olhos.
Ana tenta abrir a porta mas está trancada, está chovendo, se ela acha mesmo que eu vou deixá-la sair com um temporal caindo lá fora, está muito enganada.
— Abre a porra da porta, Adam!
— Para com isso, estou tentando fazer a coisa certa porra.
— Vá fazer isso no inferno, se o diabo te aceitar.
Ela tenta abrir de novo e eu pego as mãos dela a prendendo, mulherzinha impossível, ela se debate tentando sair de perto de mim.
— Abra a porta Adam, me deixa ir - diz com voz rouca.
— Não.
— Por favor! Me deixa ir. - ela suplica.
— É isso que você quer? - pergunto.
Ela concorda.
Sinto meu coração quebrar, eu a solto e abro as portas deixando-a ir, ela sai do carro e corre, fico ali sentado sentindo meu coração e minha alma despedaçar, eu a amo.
Eu a amo porra.
Eu faria de tudo por aquela mulher, ela me tem, eu sou dela somente dela caralho. Preciso dela aqui tê-la poder segurá-la em meus braços, protegê-la, cuidar dela, e amá-la é essa minha obrigação.
Ligo o carro e acelero indo atrás dela, ando meio devagar procurando-a, maldito dia em que a deixei na academia.
Se eu não acha-la? Se ela não me quiser mais? Foda-se ela vai ter que me querer, nem que eu tenha que lembrá-la de todas as vezes em que ela gemeu meu nome, de todos nossos encontros, piadas e conversas sobre livros. Nem que eu a busque no inferno.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Drew
Romance"todas as garotas boas vão para o inferno" Ana Drew é uma garota de 22 anos independente e cheia de si e com algumas feridas do passado; com a mente no futuro brilhante que a aguarda, em uma reunião Ana conhece o CEO mais cobiçado de Nova York. Ele...