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Louis tinha planos para hoje, no entanto Harry queria ir ao baile somente, e como sempre acatava as coisas que eram pedidas por ele.

Havia terminado de se arrumar por volta das nove horas e deitou-se na cama, assistindo Bob Esponja enquanto Harry terminava de arrumar-se.

O que já havia pouco mais de uma hora. Ou seja, eram as dez e vinte da noite.

Enquanto Harry encarava a própria imagem no espelho do guarda-roupa, arrumando os cabelos e repensando se estava mesmo de acordo com usar aquela roupa para ir ao baile, Louis perdia a paciência.

Mais cedo havia levado Harry para casa, este tratou de pegar algumas coisas a mais, já que Louis havia pedido para que ele passasse mais uma noite em sua casa.

— Pô, amor, olha a hora — bufou, batendo o dedo no relógio de ouro em seu pulso esquerdo — tamo indo pro baile de hoje a noite, não é o do outro fim de semana não.

— Tem paciência — virou-se minimamente para lhe encarar — quer que eu vá descabelado, caralho?

— Por mim — deu de ombros — ao menos não tem risco de vagabundo dar em cima de você todo descabelado.

Louis fechou os olhos e pôs as mãos em frente ao rosto quando observou de canto Harry lhe jogando o tubo de creme que antes estava em sua mão.

— E precisa eu tá "todo descabelado" pra ninguém dar em cima de mim? — o perguntou — achei que fosse porque tu tinha moral ein.

— Hum — agora o olhou um pouco mais sério — eu tenho moral de sobra nesse caralho, fica pensando que eu não vou tá de olho em ti a noite todinha, só fica pensando mermo.

— Ai Louis, não me gasta não — resmungou, andando até ele para pegar novamente o tubo de creme — me dâ.

— Dou não — ele botou o objeto debaixo da camiseta branca que usava, logo cruzando os braços — vai ir com o cabelo desse jeito.

— Garoto, não resta minha paciência — respirou fundo ao colocar as mãos sobre o rosto — me dá esse creme.

— Vou te dar nada não — empinou o nariz, querendo passar seriedade — tamo em cima da hora, porra.

— Eu te dou três segundos — avisou — três segundos pra me devolver, ou eu pego uma faca na cozinha e corto o freio da tua moto agora.

Louis o olhou de cima a baixo, com uma expressão de deboche em seu rosto.

— Vai lá — riu.

— Tudo bem — deu de ombros, virando-se para andar até a porta. Mas Louis prontamente se levantou e alcançou Harry.

Harry revirou os olhos ao ter Louis lhe prendendo entre os braços e tentando lhe comprar com beijos em seu pescoço.

— Tá aqui, amor, precisa desgraçar minha moto não — disse, se separando para entregar o tubo de creme em suas mãos.

— Acho bom mesmo — bufou, voltando ao espelho.

— Mas aí, vai demorar muito ainda?

— Não, uns dez minutos no máximo — resmungou como resposta.

Louis olhou para o relógio, eram as dez e meia. Ele voltou a se deitar na cama. Dez minutos eram um cochilo pequeno.

Ouviu um baque de fundo e prontamente Louis abriu os olhos. Observou Harry se abaixando para pegar o pente que havia deixado cair.

Vagamente olhou o relógio que marcava onze e cinco. Dormiu por mais de meia hora.

COMPLEXO 18Onde histórias criam vida. Descubra agora