Após a sessão no cinema, Louis levou Harry a um bar que conhecia, próximo da praia.
O clima estava tranquilo, isso é, porque o celular de Louis estava descarregado desde a hora em que saiu do cinemas.
Mas ele não parecia lembrar que havia outras obrigações, não quando estava com Harry.
Por volta da meia noite e meia, eles chegaram ao apartamento.
Harry foi direto tomar um banho, mas Louis checou a casa toda e verificou se Meliante estava bem. Seu celular carregava sobre o móvel ao lado da cama.
Somente quando ele se sentou, para tirar o tênis, notou as dezenas de mensagens na tela.
E foi exatamente aquilo que levou Louis a perder o controle de seus pensamentos.
Quando Harry saiu do banheiro, enrolado em seu roupão, Louis estava revirando a mochila, como se sua vida dependesse disso. Discutia com alguém pelo celular.
— Amor, tá tudo bem? — se sentou na beira da cama.
Mas Louis parecia sequer ter ouvido o que Harry lhe perguntou.
Louis fechou a mochila e se ajoelhou ao lado da cama, esticando a mão para tirar uma pistola dali. Ele desligou o celular e colocou-o em seu bolso.
— Louis — tocou seu ombro e somente aí o homem lhe olhou diretamente — o que aconteceu?
— Tô descendo pro morro — disse.
Harry franziu o cenho, observando Louis jogar sua mochila sobre o ombro e andar em direção a saída do quarto.
— Me espera, eu vou organizar as coisas-
— Não, fica aí — Louis disse, seu tom era de ordem e não um simples pedido — fica, eu volto pra buscar você depois.
— A gente vai junto — Harry disse.
— Não vou discutir com você — deu de ombros, ao atravessar a sala.
Harry precisava de respostas, ele foi rápido quando passou Louis e se colocou em seu caminho, o olhando sério.
— Me conta o que tá acontecendo, Louis.
— Sai, Harry, não tô com tempo-
— Louis — o empurrou para trás.
O ambiente estava escuro, mas para ser sincero, ele pode ver perfeitamente quando a mochila deslizou pelo ombro de Louis e caiu ao chão.
O moreno respirou fundo, quase sufocado, como se lhe faltasse ar em seus pulmões e ele implorasse por algo mais. Se encostou na parede, desesperado ao puxar a camisa para cima e a jogar no chão.
— Amor — Harry o chamou baixo, observando este sentar-se no chão, pondo as mãos sobre o rosto.
— Não consigo respirar...caralho — murmurou, ao fechar os olhos na tentativa de situar-se em um lugar.
Harry ajoelhou ao seu lado, engolindo em seco.
— Ei, olha pra mim — pediu, sua voz sempre mansa e lhe repassando calma e tranquilidade, embora Harry não se sentisse realmente assim.
Louis sentiu seu queixo ser erguido com carinho e lentamente encontrar o olhar de Harry.
— Devagar, amor — o cacheado lhe pediu — não se preocupe, só se concentra em respirar devagar, ok?
Louis engoliu em seco, obedecendo. Embora o seu peito doesse e ele enfrentasse dificuldades para se acalmar, ele seguiu à risca o que Harry pediu.
Observou o namorado correr até a cozinha. O curto momento em que ficou só, seus sentidos distantes captaram o barulho ao longe.
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COMPLEXO 18
Fanfictionlouis é o temido líder do comando vermelho, enquanto harry é um simples morador do complexo 18, que sonha em ser advogado.