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Harry passou os dedos entre os cachos, olhando ao redor através do vidro do carro. Estavam subindo o complexo do Salgueiro e na entrada haviam vários homens armados guardando o local.

Deveriam confessar que atrasaram bastante. Tinham de chegar às dez e era meia noite e meia quase.

Louis havia chegado em um carro, juntamente com Harry e dois outros garotos do Comando Vermelho, que nessa noite atuavam como seus seguranças.

No carro de trás, estavam Calvin e Oli, seus pares e outros dois homens que também atuavam como seguranças.

O homem no banco do passageiro abaixou a janela do veículo para que fossem identificados pelos dois homens checando quem chegava, porque haviam muitas pessoas.

— É convidado de morador ou do dono?

— Dono — um dos homens respondeu — Luis fez o convite.

— Chefe de qual morro?

— Complexo do 18 e líder do Comando Vermelho.

— Tomlinson — o homem concluiu — pode passar.

— O carro atrás tá com a gente — o motorista disse.

— Convidados do chefe entraram por ali — apontou.

A janela voltou a ser fechada e o carro andou.

Louis relaxou no banco, uma fresta da janela aberta para escapar à fumaça do cigarro que ele fumava de modo que sentisse o corpo mais leve.

Harry parecia inquieto, ansioso pelo seu papel na noite.

Louis apagou o cigarro no cinzeiro que havia como apoio, deixando a bituca ali. Ele passou o braço pelo pescoço de seu namorado e deitou a cabeça deste em seu ombro.

— Relaxa — murmurou, virando seu rosto para beijar a testa deste. Deslizou o nariz ali — se tu não curtir o lugar, a gente vai embora na hora.

— Precisa atrapalhar seus planos por mim não, amor.

— Mas tu é prioridade, amor, se não rolar hoje, acho um jeito de falar com ele depois.

— Te amo — sorriu.

— A gente não demora não — avisou — vou chegar e trocar uma ideia enquanto tu fala com o noivo ou marido, sei lá.

— Ok.

Louis tirou a corrente em seu pescoço. Havia um LT em letras grandes pendurado e coberto com pequenos cristais.

— Vem cá — pediu para o namorado se aproximar — usa minha corrente, amor.

— Não vai dar falta, meu moreno? — perguntou.

— Não, meu amor, pode relaxar. Quero você usando minha corrente e que todo mundo veja que você tá comigo, hum?

— Ok — sorriu, se inclinando para beijar os lábios de seu namorado. Um beijo mais lento, onde sentia sua língua deslizando no lábio inferior de Louis.

Este colocou a mão entre as coxas de Harry fazendo pressão ao apertar entre as pernas do namorado e lhe ouvir suspirar em sua boca.

— Fica tranquilo que eu tô aqui pra te proteger — lhe disse vagamente — faz a sua parte, só precisa sair e ser perfeito, como sempre.

Harry acenou, roubando um selinho do namorado. O carro parou a poucos metros de onde teriam que descer para entrar no baile.

Louis esperou que Calvin e Oli estivessem por perto e desse modo desceram, acompanhados dos demais. Harry estava segurando a mão do namorado todo o tempo.

COMPLEXO 18Onde histórias criam vida. Descubra agora