CAPITULO 28

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ZANDVOORT, HOLANDA || AMÉLIE PETROVA

A Ferrari nunca teve resultados tão positivos quanto nos treinos da Holanda, nosso carro parecia feito especialmente para aquela pista. Tivemos ótimos tempos no primeiro e dominamos o segundo sem muitos problemas, no sábado, depois de entrevistas antes do treino os meninos se concentraram, o terceiro treino não foi dos melhores, a configuração do carro não era a correta e eu quis muito bater no Binotto por ter feito uma bobagem daquela!

O qualificatório nos deixa muito satisfeitos, largamos em P5 e P6, são ótimas posições, podemos lutar pela ponta ou nos proteger para ficarmos na zona de pontuação. Não tenho muito tempo com os meninos, a próxima corrida é Monza e como os pilotos sempre estão com agendas cheias nessa corrida em específico, nossa equipe sempre planeja a agenda do fim de semana com antecedência...porque ele já começa na terça-feira, em Milão.

—Está pronto? —questiono ao espanhol quando estamos na garagem, Carlos já usa o macacão e se prepara para entrar no cockpit—.

—Sempre. —sorrio, o ajudo com o capacete e deixo um beijo ali antes de ele se afastar—.

Arrumo os meus fones, me preparo e foco meus olhos nos monitores. O enorme bolo de largada não me assusta, mas quando Carlos parece ser ameaçado de perder sua posição eu preciso segurar meu grito de indignação dentro da garagem, fecho as mãos em punho e expresso meu nervosismo ali, a ponta das minhas unhas aperta a pele da palma, mas estou concentrada demais para ligar pra algo assim.

Os meninos não demoram passar Gasly e por ali ficam, não há brigas e nem defesas, estão simplesmente correndo sozinhos, os pit stops são rápidos e não há problemas, mas quando o fim da corrida se aproxima tanto Charles quando Carlos perdem suas posições para Pierre. Sendo assim, quando passam pela bandeira quadriculada, estão nas mesmas posições em que largaram... não é um resultado negativo, mas poderíamos ter feito mais.

E eu tenho uma leve vontade de vomitar quando vejo aquela fumaça laranja entrar na garagem. —não por desgosto ao Max, mas aquilo cheira a enxofre e faz meus olhos marejarem.

—Vamos sair daqui, Amélie... você tá muito mal. —um dos mecânicos me ajuda a sair da garagem, entro em uma pequena salinha e posso respirar um pouco, mas ainda tusso algumas vezes—.

—São diferentes das de Monza. —digo meio rouca e com um pouco de dificuldade, ele confirma com a cabeça—.

—Fica aqui um pouco, quando se sentir melhor podemos ir pro hospitality. —eu apenas confirmo enquanto me sento em uma maca de massagem, fecho os olhos e respiro fundo— Aqui... toma agua.

—Obrigada. —bebo um longo gole da garrafinha e respiro fundo me sentindo um pouco melhor, sorrio pequeno— Odeio a Holanda...

—Nós sabemos. —ele ri enquanto me encara, tenho que acompanha-lo no riso e nego com a cabeça— Vou sair, preciso ajudar os meninos com os carros... mas qualquer coisa grita alguém.

—Ok, obrigada mais uma vez. —ele apenas sorri e deixa a salinha, respiro fundo mais uma vez e jogo minha cabeça pra trás— Eu realmente odeio a Holanda.

MILÃO, ITÁLIA || TERÇA-FEIRA

Estamos na capital da moda... os meninos farão presença em um evento a noite e logo pela manhã partiremos para Monza. Quando chegamos, já no aeroporto, uma multidão de fãs tifosi esperavam pelos pilotos, tanto Carlos quando Charles ficaram mais de trinta minutos tirando fotos e dando autógrafos, e depois mais dez em frente ao hotel, onde mais um punhado de fãs os esperavam. Não estou reclamando da multidão, mas os meninos chegaram cansados e todo esse alvoroço logo no primeiro dia os deixa cansados física e psicologicamente.

Weakness || A Carlos Sainz FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora