10| Exposta

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ㅡ Oi...ㅡ minha voz saiu mais baixa do que eu esperava.

Lucas demorou de responder.

ㅡ Oi. ㅡdesgrudou os olhos de mim para a irmã.ㅡ Está bem?

ㅡ Estou. ㅡ ela respondeu. ㅡ Mor vai dormir aqui, já que ela estava ficando com Thalita.

Lucas me olhou novamente, mas dessa vez não parecia me julgar.

ㅡ Ah... Certo. ㅡ andou até onde estávamos, colocando as sacolas na mesa.ㅡ Pode ficar o tempo que quiser... Morgana, né?

Fiz que sim e agradeci a hospitalidade.

ㅡ Onde estava? ㅡ Bia perguntou, olhando o que tinha na sacola.

ㅡ Por aí.ㅡ respondeu vagamente, e logo saiu da nossa vista adentrando a casa.

Bia me olhou como se pedisse " desculpas " pela atitude do irmão.

ㅡ Tudo bem. Relaxa.ㅡ sorri fraco.

ㅡ Esse bagulho da Thalita deve ter mexido com ele.ㅡ se levantou.ㅡ Vamos terminar de comer no quarto, melhor do que encarar a carranca de Lucas.

Assenti e Bia me ajudou a pegar alguns pratos antes de ir até seu quarto.

ㅡ Vão aonde? ㅡ escutamos a voz de Lucas, o que nos fez parar de andar até a porta

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ㅡ Vão aonde? ㅡ escutamos a voz de Lucas, o que nos fez parar de andar até a porta.

ㅡ Vamos ali, relaxa.ㅡ Bianca bufou, abrindo a porta. ㅡ Não enche.

ㅡ Cuidado, Bianca.ㅡ semicerrou os olhos em aviso.

ㅡ Tá, tá! Beijão.ㅡ me puxou para o lado de fora, travando a porta.ㅡ Ele é meio paranoico com isso.

Fiquei quieta, a acompanhando até seu carro.

Ao chegar na casa de Hames, logo saí do carro observando se tinha alguma coisa de diferente.
Agora estava pela manhã, um horário que ele não costumava estar, devido a bebedeira. 

Entrei, abrindo a porta com minhas chaves. Ao abrir a mesma, me assustei com o estado que os móveis se encontravam.

Estava tudo revirado, coisas rasgadas e quebradas pelo chão. Hames não devia estar ali faz um bom tempo, poderia ter denunciado e fugido logo em seguida.

ㅡ Era previsto que ele fugiria. ㅡ escutei Bianca murmurar atrás de mim.

Engoli a bile que me subiu ao pensar em Hames solto por aí, e entrei indo direto ao meu quarto.

ㅡ Porra, será que ele achou o dinheiro... ㅡ entrei, recebendo uma onda de lembrança do meu passado.

Balancei a cabeça, indo até meu guarda roupa e vendo que tudo ali também estava revirado. Fui até o cantinho do quarto, levantando uma parte do piso que havia sido quebrado propositalmente por mim e encontrando o dinheiro.

Sorri e suspirei em alívio, pegando o mesmo e colocando no bolso da jaqueta.

Me virei, vendo Bia observar meu antigo quarto. Eu nunca havia trazido minha amigas aqui, tinha receio do que poderia ver em relação à Hames.

ㅡ Hum... Pensei que tivesse algo muito assustador aqui.ㅡ brincou.ㅡ Você sempre teve receio de nos trazer, imaginei algo pior que isso...ㅡ apontou o cartaz com uma banda antiga a qual eu gostava.

Acabei rindo, me lembrando da fase que eu era obcecada pelos integrantes.

ㅡ Isso porque eu tirei grande parte dos pôsters.

Ela riu pelo nariz.

ㅡ Vamos? ㅡ perguntei, já não aguentando mais ficar ali.

Bianca assentiu, mas antes de sair, eu fui até meu guarda roupa pegando algumas roupas e procurando pelo colar da minha mãe, o qual eu escondia de Hames.
Minha mãe, Célia, havia me dado de presente do último aniversário. Era um símbolo de um corvo preto, o qual ela acreditava ser significado de esperança, sabedoria e astúcia, ao contrário do que a sociedade dizia.

Mas eu não podia o usar na frente de Hames, Célia pediu para que eu não o deixasse por as mãos nisso, por ser um objeto de valor alto.

Claro, eu nunca fui atrás para saber o preço... Era uma joia com símbolo afetivo, eu nunca o venderia.
Sorri, apertando o colar contra meu peito e escutando Bianca me chamar já do lado de fora.

Fechei tudo e saí do quarto, indo embora daquela casa sem levar mais nada se não o acessório, o dinheiro e algumas roupas.

Fechei tudo e saí do quarto, indo embora daquela casa sem levar mais nada se não o acessório, o dinheiro e algumas roupas

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Lucas não estava quando chegamos. Ajudei Bianca a ajeitar a casa, e fazer o almoço. Comemos e eu resolvi sair para procurar logo uma casa a qual eu pudesse morar por um tempo. Logo após fui para o meu primeiro dia no emprego como babá.

Eu não tinha experiência com crianças, mas me virava do jeito que conseguia. Aqui era bem comum as mães pagarem por mão de obra barata e jovem, a ter que gastar com uma funcionária de carteira assinada.

Antes de ir embora, busquei saber sobre Thalita, o que havia saído sem nenhum sucesso.

Quando voltei para a casa de Bia, já estava de noite.

ㅡ E então?ㅡ Bia perguntou, se sentando na cama.

ㅡ Achei uma legal, até.ㅡ respondi, tirando meu casaco. ㅡ O problema é comprar os móveis, mas eu me arranjo.

ㅡ Posso te ajudar nisso.

ㅡ Tá de boa, Bia. Valeu, de verdade. Mas eu quero construir a minha vida do zero. ㅡ a olhei e sorri.ㅡ Cuidei de uma menininha muito fofa.

Bianca sorri e fechou o livro em suas mãos.

ㅡ Gostou?

ㅡ Até que sim. Não sabia que levava jeito para crianças.ㅡ andei até o banheiro.ㅡ Vou me banhar, depois a gente conversa.

ㅡ Beleza, vai lá!

Entrei e me obriguei a deixar os pesares escorrerem para o ralo junto com a água do banho.

Saí do quarto já de dente escovado e cabelo limpo. Bianca dormia em sua cama, e meu colchão já estava arrumado no chão.
Não me importei em pular a janta e ir direito dormir, devido o cansaço do dia.

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Meu Doce Vilão (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora