Morgana é uma adolescente esperta, teimosa e curiosa, que decide aproveitar o seu último ano do ensino médio intensamente, mas o que ela não esperava era que essa sua "aventura" a levaria para um caminho diferente do qual ela estava acostumada.
Casp...
Mais tarde, Simon não veio me visitar, para a minha medíocre sorte. Marie me deixou um jantar, e logo saiu, sem parar para conversar comigo.
No outro dia foi a mesma coisa, a diferença era que a casa estava mais agitada, indicando algo ter acontecido. Eu estava curiosa para realmente saber se Lucas havia sido morto, e quais consequências isso traria.
Quem o matou?
Acordo cedo, tomo uma ducha fria e rápida, e vou até a porta do quarto na tentativa de escutar algo. Se escutada algumas conversas lá em baixo, mas eram vozes diferentes e irreconhecíveis.
Me peguei imaginando quantas pessoas ali tinham? Simon havia reunido os cabeças da sua facção?
ㅡMas tem que ser assim, se não a gente vai morrer.ㅡ alguma voz abafada e masculina disse, enquanto passavam pela porta.
ㅡ Mas tirar todos os homens da base? É burrice...ㅡoutra voz mais distante disse.
Não consegui indentificar o que eles conversam devido a distância, mas os ânimos de todos estavam exaustados hoje.
Escuto passos apressados, e me afasto abruptamente, me sentando na cama depressa. Escuto a porta ser destrancada e Marie adentrar com uma bandeja com o café da manhã.
ㅡ Bom dia, Mor. O segurança me disse que ouviu você já acordada.
ㅡ Ele está aí na porta?ㅡ ela fez que não.ㅡ Ué... Estou sem vigias?
ㅡ Estão todos lá em baixo em um reunião. ㅡ deixou os alimentos sobre a mesinha e se virou para me encarar em advertência.ㅡ Mas não pense que não está sendo vigiada.
Fiz uma cara feia.
Eu havia acabado de sair do banho, tinha acordado mais cedo que o normal com a movimentação e a conversa lá embaixo.
Notei que Marie estava usando preto hoje, o que não era do seu feitio ou até mesmo de seu uniforme. Preto significava luto, ou algo ruim aqui dentro, uma vez ela disse.
ㅡ O que houve? ㅡ pergunto, entrando em alerta.
ㅡ O amigo de Simon foi mesmo morto.ㅡ respondeu baixo, quase inaudível.ㅡ Está a maior bagunça lá em baixo.
Ergo as sobrancelhas, perplexa com a notícia. Porém, mesmo que eu ainda estivesse digerindo tudo, minha cabeça trabalhava em outra coisa.
Um plano. Paranóias.
ㅡ O que está havendo? Pode me falar?ㅡ investi.
Ela hesita um pouco, mas após alguns segundos revela:
ㅡ Estão prevendo um ataque de forças inimigas logo depois de amanhã, então querem atacar antes que os inimigos venham. Dizem que é uma máfia muito grande. Não sabem de onde vem, são ágeis e muito inteligentes. ㅡ abro a minha boca, sentindo minha garganta secar conforme ela falava.ㅡ Provavelmente, Simon ataque amanhã.
ㅡ O que vale brigar?
ㅡ Brigas é o que mais acontece entre esse grupos poderosos, o que diferencia é a violência, ainda mais quando se têm richas mal resolvidas.ㅡ explica, pegando um morango do meu prato e me entregando.ㅡ Nesse caso, está indo pra uma coisa alarmante, já que andam assassinando os homens de Simon e vice versa.
Penso um pouco antes de falar.
ㅡ Se é algo grande, então deve custar quase todos os homens de Simon, desarmando a base.ㅡ repito o que escutei no corredor.
Ela mordeu o lábio inferior, pensando nisso.
ㅡ Talvez... Eu não sei muito bem.
Fixo meu olhar em um ponto aleatório.
ㅡ Preciso saber qual dos portões vai ficar desarmado.
ㅡ O quê?!
ㅡ Consigo me infiltrar no meio dos funcionários, e caso a barreira esteja debilitada, eu passo...
Conforme eu falava, os olhos de Marie aumentavam.
ㅡ Morgana...ㅡ me advertiu.
ㅡMarie.ㅡ levantei as sobrancelhas.ㅡ É a minha única chance.
Ela fica calada, fechando os olhos alguns segundos e depois os abrindo, demonstrando empatia ali.
ㅡ Laila andou conversando comigo sobre essas informações, ela deve saber mais. Vou perguntar e te dizer hoje à noite.
Fico ainda mais surpresa.
ㅡ Laila?
ㅡ É.ㅡ ela se levanta.ㅡ Aquela garota jovem e esperta...ㅡ ela riu sozinha.ㅡ Agora coma, ou vai cair de tão fraca.
Mal pude conter a ansiedade só de pensar em me livrar daqui, me livrar de Simon. Olho o anel que ele havia posto em meu dedo, após a noite em que conversei com o mesmo sobre.
Fiz uma careta, mas contive a vontade de arremessá-lo para longe. No final, quem sabe eu não o vendesse e ganhasse uma boa grana?
Acabei rindo ao pensar nisso, recebendo um olhar feio de Marie para que eu comesse e ficasse quieta.
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